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quinta-feira, 26 de abril de 2012
Fernão Capelo Gaivota - Parte 2 - Uma lição de amor pelo semelhante.
Meus amigos(as):
Este livro tem duas mensagens:
Uma que traz a mensagem de otimismo com base na superação de limites.
A outra, é mais impressionante, fala de questões espirituais:
A materialização dos Espíritos.
A evolução, de níveis evolutivos.
A comunicação espiritual, na mensagem mediúnica.
Leiam o livro.
Que cada um de nós tenha um Fernão Capelo dentro de si.
Fernão Capelo Gaivota - Parte 1 - Uma lição de amor pelo semelhante.
Fernão Capelo Gaivota é uma ave quem não se contenta em voar apenas para comer.
Ele tem prazer em voar e esforça-se em aprender tudo sobre vôo.
Por ser diferente do bando, é expulso.
Faz uma analogia entre o homem e a gaivota, no sentido de mostrar as dificuldades de superação dos limites, do encontro com a liberdade verdadeira, pautada no amor e na compreensão do outro.
domingo, 22 de abril de 2012
sábado, 21 de abril de 2012
MENINO ACREDITA SER REENCARNAÇÃO DE PILOTO DA 2ª GUERRA
Postado por Kamadon
Numa família do estado americano da Lousiana, a reencarnação não é uma possibilidade, mas uma certeza.
Os Leiningers acreditam que o filho do casal, James, hoje com 11 anos, é a reencarnação de um piloto de avião de combate que participou da II Guerra Mundial.
De acordo com a família, desde os 2 anos de idade James começou a vivenciar lembranças que seriam do tenente James McCready Houston, que tinha 21 anos na época do conflito. Ele foi abatido em 1945 na batalha de Iwo Jima.
Segundo o menino, que sempre teve um interesse extraordinário por aviões, ele começou a ter flashbacks depois de visitar o Museu de Aviões Kavanaugh, em Dallas, no Texas. Alguns meses depois da visita, James começou a ter pesadelos com a queda de um avião e fogo. E gritava que o piloto não conseguia deixar a aeronave.
Mais tarde, quando o pequeno James tinha apenas dois anos e meio de idade, ele e a mãe foram comprar um brinquedo. Um avião, claro. A mãe, Andrea, pegou um modelo e lhe disse que na parte inferiro havia uma bomba. Para surpresa da mãe, o menino então afirmou que não era uma bomba, mas um pequeno tanque. A família nunca teve militares entre os seus e, até então, nenhuma ligação com aviões.
Os pesadelos passaram, mas não as memórias. Numa outra ocasião, o menino estava com ar distante e a mãe perguntou o que tinha acontecido com o avião dele. James respondeu que tinha sido abatido. Onde, perguntou ela. Na água, respondeu. E ele disse que tinham sido os japoneses. Segundo a mãe, ele não poderia saber nada sobre a ação japonesa na guerra.
O menino seguiu dando indicações sobre uma vida anterior. Quando a mãe serviu bolo de carne, que ele nunca tinha visto ou comido, disse que não comia aquele prato desde Natoma. O menino ainda disse que se chamava James Houston e citou o nome de um colega de tropa.
O pai do garoto, Bruce, começou a pesquisar e descobriu o nome de uma embarcação chamada Natoma Bay, que lutou na batalha de Iwo Jima. Um de seus tripulantes era James Houston. Bruce também descobriu que o avião de Houston foi abatido pelos japoneses em 3 de março de 1945.
Os Leiningers encontraram uma parente e conhecidos de James McCready Houston. E passaram a não ter mais dúvidas de que o menino é a reencarnação do piloto James. Tanto que escreveram o livro “Soul Survivor: The Reincarnation of a World War II Fighter Pilot", algo como "A alma sobrevivente: A reencarnação de um piloto de combate da II Guerra Mundial".
O caso foi tema do programa Goodmorning America, do canal americano de TV ABC.
Numa família do estado americano da Lousiana, a reencarnação não é uma possibilidade, mas uma certeza.
Os Leiningers acreditam que o filho do casal, James, hoje com 11 anos, é a reencarnação de um piloto de avião de combate que participou da II Guerra Mundial.
De acordo com a família, desde os 2 anos de idade James começou a vivenciar lembranças que seriam do tenente James McCready Houston, que tinha 21 anos na época do conflito. Ele foi abatido em 1945 na batalha de Iwo Jima.
Segundo o menino, que sempre teve um interesse extraordinário por aviões, ele começou a ter flashbacks depois de visitar o Museu de Aviões Kavanaugh, em Dallas, no Texas. Alguns meses depois da visita, James começou a ter pesadelos com a queda de um avião e fogo. E gritava que o piloto não conseguia deixar a aeronave.
Mais tarde, quando o pequeno James tinha apenas dois anos e meio de idade, ele e a mãe foram comprar um brinquedo. Um avião, claro. A mãe, Andrea, pegou um modelo e lhe disse que na parte inferiro havia uma bomba. Para surpresa da mãe, o menino então afirmou que não era uma bomba, mas um pequeno tanque. A família nunca teve militares entre os seus e, até então, nenhuma ligação com aviões.
Os pesadelos passaram, mas não as memórias. Numa outra ocasião, o menino estava com ar distante e a mãe perguntou o que tinha acontecido com o avião dele. James respondeu que tinha sido abatido. Onde, perguntou ela. Na água, respondeu. E ele disse que tinham sido os japoneses. Segundo a mãe, ele não poderia saber nada sobre a ação japonesa na guerra.
O menino seguiu dando indicações sobre uma vida anterior. Quando a mãe serviu bolo de carne, que ele nunca tinha visto ou comido, disse que não comia aquele prato desde Natoma. O menino ainda disse que se chamava James Houston e citou o nome de um colega de tropa.
O pai do garoto, Bruce, começou a pesquisar e descobriu o nome de uma embarcação chamada Natoma Bay, que lutou na batalha de Iwo Jima. Um de seus tripulantes era James Houston. Bruce também descobriu que o avião de Houston foi abatido pelos japoneses em 3 de março de 1945.
Os Leiningers encontraram uma parente e conhecidos de James McCready Houston. E passaram a não ter mais dúvidas de que o menino é a reencarnação do piloto James. Tanto que escreveram o livro “Soul Survivor: The Reincarnation of a World War II Fighter Pilot", algo como "A alma sobrevivente: A reencarnação de um piloto de combate da II Guerra Mundial".
O caso foi tema do programa Goodmorning America, do canal americano de TV ABC.
terça-feira, 17 de abril de 2012
Crianças doentes
Acalentas nos braços o filhinho robusto
que o lar te trouxe e, com razão,
te orgulhas dessa pérola viva.
Os dedos lembram flores desabrochando,
os olhos trazem fulgurações dos outros,
os cabelos recordam fios de luz e a boca
assemelha-se a concha rosada, em que
os teus beijos de ternura desfalecem de amor.
Guarda-o, de encontro ao peito, por tesouro
celeste, mas estende compassivas mãos
aos pequeninos enfermos que chegam
à Terra como lírios contundidos pelo
granizo do sofrimento.
Para muito deles, o dia claro inda vem
muito longe... São aves cegas que não
conhecem o próprio ninho, pássaros
mutilados esmolando socorro em
recantos sombrios da floresta do mundo!...
As vezes, parecem anjos pregados na cruz
de um corpo paralítico ou mostram no
olhar a profunda tristeza da mente
anuviada de densas trevas.
Há quem diga que devem ser exterminados
para que os homens não se inquietem;
contudo, Deus, que é a bondade perfeita,
no-los confia hoje, para que a vida,
amanhã, se levante mais bela.
Diante, pois, do teu filhinho quinhoado
de reconforto, pensa neles!...são nossos
outros filhos do coração, mendigando
entendimento e carinho, a fim de que se
desfaçam dos débitos contraídos consigo
mesmo... Entretanto, não lhes aguardes
rogativas de compaixão, de vez que, por
agora, sabem tão somente padecer e chorar.
Enternece-te e auxilia-os, quanto possas!...
E, cada vez que lhes ofertes a hora de
assistência ou a migalha de serviço, o leito
agasalhante ou a lata de leite, a peça de
roupa ou a caricia do talco, perceberás
que o júbilo do Bem Eterno te envolve
a alma no perfume da gratidão e na
melodia da bênção.
que o lar te trouxe e, com razão,
te orgulhas dessa pérola viva.
Os dedos lembram flores desabrochando,
os olhos trazem fulgurações dos outros,
os cabelos recordam fios de luz e a boca
assemelha-se a concha rosada, em que
os teus beijos de ternura desfalecem de amor.
Guarda-o, de encontro ao peito, por tesouro
celeste, mas estende compassivas mãos
aos pequeninos enfermos que chegam
à Terra como lírios contundidos pelo
granizo do sofrimento.
Para muito deles, o dia claro inda vem
muito longe... São aves cegas que não
conhecem o próprio ninho, pássaros
mutilados esmolando socorro em
recantos sombrios da floresta do mundo!...
As vezes, parecem anjos pregados na cruz
de um corpo paralítico ou mostram no
olhar a profunda tristeza da mente
anuviada de densas trevas.
Há quem diga que devem ser exterminados
para que os homens não se inquietem;
contudo, Deus, que é a bondade perfeita,
no-los confia hoje, para que a vida,
amanhã, se levante mais bela.
Diante, pois, do teu filhinho quinhoado
de reconforto, pensa neles!...são nossos
outros filhos do coração, mendigando
entendimento e carinho, a fim de que se
desfaçam dos débitos contraídos consigo
mesmo... Entretanto, não lhes aguardes
rogativas de compaixão, de vez que, por
agora, sabem tão somente padecer e chorar.
Enternece-te e auxilia-os, quanto possas!...
E, cada vez que lhes ofertes a hora de
assistência ou a migalha de serviço, o leito
agasalhante ou a lata de leite, a peça de
roupa ou a caricia do talco, perceberás
que o júbilo do Bem Eterno te envolve
a alma no perfume da gratidão e na
melodia da bênção.
Meimei
sexta-feira, 13 de abril de 2012
Este relato abaixo é real, e para aqueles que apoiam o aborto de anencéfalo que fique este texto para reflexão...
Todos sem exceção tem o DIREITO DE NASCER não importa em que condições venham.
QUEM AMA NÃO MATA.
(Do Livro "O Perispírito e suas Modelações")ANENCÉFALO E O ABORTAMENTOSe constitui como uma das finalidades da reencarnação o refazimento do corpo perispiritual. É cediço que o espírito desregrado, preso aos vícios e às paixões que envilecem o homem, ao desencarnarem, podem chegar a perder sua forma perispirítica. Assim como o suicida, que do mesmo modo compromete gravemente o seu corpo fluídico, muitas vezes é dada a oportunidade de uma nova existência para o restabelecimento desse corpo...Inicialmente, lembramos que anencéfalo, embora seja considerado sem cérebro, na realidade é portador de um segmento cerebral estando faltante região do cérebro que impossibilitarão sua sobrevivência pós-parto.
A fim de colocarmos a visão espírita sobre este importante problema, exemplificaremos com um caso real.
Usaremos nomes fictícios. João e Maria eram casados há 2 anos. A felicidade havia batido à sua porta. Maria estava grávida. Exultantes procuraram o médico obstetra para as orientações iniciais. Planos mil ambos estabeleceram. Ao longo dos meses, no entanto, foram surpreendidos, através do estudo ultrassonográfico, da triste notícia de que seu bebê era anencéfalo. Ao serem informados, caíram em prantos ao ouvirem a proposta do obstetra lhes oferecendo o abortamento. Posicionaram-se contrários explicando sua visão espírita.
Trata-se de um ser humano que renasce precisando de muito amor e amparo. Nós estaremos com nosso filho (a) até quando nos for permitido.
Mas, esta criatura não vai viver além de alguns dias ou semanas na incubadora disse o obstetra.
-- Estamos cientes, mas até lá seremos seus pais.
Guardavam, também, secretamente, a esperança de que houvesse algum equívoco de diagnóstico que lhes proporcionasse um filho saudável.
Durante nove meses dialogaram com seu bebê, intra-útero. Disseram quanto o (a) amavam. Realizaram, semanalmente, a reunião do Evangelho no Lar, solicitando aos mentores a proteção e amparo ao ser que reencarnava.
Chegara o grande momento: Em trabalho de parto, Maria adentra a maternidade com um misto de esperança e angústia. A criança nasce; o pai ao ver o filho sofre profundo impacto emocional tendo uma crise de lipotímia. O bebê anencéfalo sobrevive na incubadora com oxigênio, 84 horas. Há um triste retorno ao lar.
Passam-se aproximadamente 2 anos do pranteado evento. João e Maria, trabalhadores do instituto de cultura espírita de sua cidade freqüentavam na mencionada instituição, reunião mediúnica quando uma médium em desdobramento consciente informa ao coordenador do grupo:
-- Há um espírito de uma criança que deseja se comunicar.
-- Que os médiuns facilitem o transe psicofônico para a atendermos - responde o dirigente.
Após alguns segundos, uma experiente médium dá a comunicação:
-- Boa noite, meu nome é Shirley venho abraçar papai e mamãe.
-- Quem é seu papai e sua mamãe?
-- São aqueles dois - disse apontando João e Maria.
-- Seja bem vinda Shirley, muita paz! Que tens a dizer?
-- Quero agradecer a papai e mamãe todo o amor que me dedicaram durante gravidez, sim, eu era aquele anencéfalo.
-- Mas você está linda agora.
-- Graças às energias de amor recebidas, graças ao Evangelho no Lar, que banharam meu corpo espiritual durante todo aquele tempo.
-- Como se operou esta mudança?
-- Tive permissão para esta mensagem pelo alcance que a mesma poderá ter a outras pessoas. Eu possuía meu corpo espiritual muito doente, deformado pelo meu passado cheio de equívocos. Fui durante nove meses envolvida em luz. Uma verdadeira cromoterapia mental que gradativamente passou a modificar meu corpo astral (perispírito). Os diálogos que meus pais tiveram comigo foram uma intensa educação pré-natal que muito contribuíram para meu tratamento. Eu expiei, no verdadeiro sentido da palavra. Expiar é como expirar, colocar para fora o que não é bom. Eu drenei as minhas deformidades perispirituais para meu corpo físico e fui me libertando das minhas deformidades. Como meus pais foram generosos. Meu amor por eles será eterno.
-- Por que estás na forma de uma criança, já que te expressas tão inteligentemente?
-- Por que estou em preparo para o retorno. Dizem meus instrutores que tenho permissão para informar. Meus pais têm o merecimento de saber. Devo renascer como filha deles, normal, talvez no próximo ano.Após dois anos renasceu Shirley, que hoje é uma linda menina de olhos verdes e cabelos castanhos, espírito suave e encantador.
Ricardo Di BernardiMédico homeopata geral e pediatra, Presidente da Associação Médico-Espírita de Santa Catarina.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
Opinião de um Jurista, ex ministro do STF sobre o Aborto de Anencéfalo s"
Pequena nota sobre o direito a viver
Eros Roberto Grau
Inventei uma história para celebrar a Vida. Ana, filha de família muito rica, apaixona-se por um homem sem bens materiais, Antonio. Casa-se com separação de bens. Ana engravida de um anencéfalo e o casal decide tê-lo. Ana morre de parto, o filho sobrevive alguns minutos, herda a fortuna de Ana. Antonio herda todos os bens do filho que sobreviveu alguns minutos além do tempo de vida de Ana. Nenhuma palavra será suficiente para negar a existência jurídica do filho que só foi por alguns instantes além de Ana.
A história que inventei é válida no contexto do meu discurso jurídico. Não sou pároco, não tenho afirmação de espiritualidade a nestas linhas postular. Aqui anoto apenas o que me cabe como artesão da compreensão das leis. Palavras bem arranjadas não bastam para ocultar, em quantos fazem praça do aborto de anencéfalos, inexorável desprezo pela vida de quem poderia escapar com resquícios de existência e produzindo consequências jurídicas marcantes do ventre que o abrigou.
Matar ou deixar morrer o pequeno ser que foi parido não é diferente da interrupção da sua gestação.Mata-se durante a gestação, atualmente, com recursos tecnológicos aprimorados, bisturis eletrônicos dos quais os fetos procuram desesperadamente escapar no interior de úteros que os recusam.Mais “digna” seria a crueldade da sua execução imediatamente após o parto,mesmo porque deixaria de existir risco para as mães. Um breve homicídio e tudo acabado.
Vou contudo diretamente ao direito, nosso direito positivo. No Brasil o nascituro não apenas é protegido pela ordem jurídica, sua dignidade humana preexistindo ao fato do nascimento, mas é também titular de direitos adquiridos. Transcrevo a lei, artigo 2o do Código Civil:
A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
No intervalo entre a concepção e o nascimento dizia Pontes de Miranda “os direitos, que se constituíram, têm sujeito, apenas não se sabe qual seja”. Não há, pois, espaço para distinções, como assinalou o ministro aposentado do STF, José Néri da Silveira, em parecer sobre o tema:
Em nosso ordenamento jurídico, não se concebe distinção também entre seres humanos em desenvolvimento na fase intrauterina, ainda que se comprovem anomalias ou malformações do feto; todos enquanto se desenvolvem no útero materno são protegidos, em sua vida e dignidade humana, pela Constituição e leis.
Trata-se de seres humanos que podem receber doações [art. 542 do Código Civil], figurar em disposições testamentárias [art.1.799 do Código Civil] e mesmo ser adotados [art. 1.621 do Código Civil]. É inconcebível, como afirmou Teixeira de Freitas ainda no século XIX, um de nossos mais renomados civilistas, que haja ente com suscetibilidade de adquirir direitos sem que haja pessoa. E, digo eu mesmo agora, nele inspirado, que se a doação feita ao nascituro valerá desde que aceita pelo seu representante legal tal como afirma o artigo 542 do Código Civil – é forçoso concluir que os nascituros já existem e são pessoas, pois “o nada não se representa”.
Queiram ou não os que fazem praça do aborto de anencéfalos, o fato é que a frustração da sua existência fora do útero materno, por ato do homem, é inadmissível [mais do que inadmissível, criminosa] no quadro do direito positivo brasileiro. É certo que, salvo os casos em que há, comprovadamente, morte intrauterina, o feto é um ser vivo.
Tanto é assim que nenhum, entre a hierarquia dos juízes de nossa terra, nenhum deles em tese negaria aplicação do disposto no artigo 123 do Código Penal,1 que tipifica o crime de infanticídio, à mulher que matasse, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho anencéfalo, durante o parto ou logo após, sujeitando a a pena de detenção, de dois a seis anos. Note-se bem que ao texto do tipo penal acrescentei unicamente o vocábulo anencéfalo!
Ora, se o filho anencéfalo morto pela mãe sob a influência do estado puerperal é ser vivo, por que não o seria o feto anencéfalo que repito pode receber doações, figurar em disposições testamentárias e mesmo ser adotado?
Que lógica é esta que toma como ser, que considera ser alguém – e não res – o anencéfalo vítima de infanticídio, mas atribuiao feto que lhe corresponde o caráter de coisa ou algo assim?
De mais a mais, a certeza do diagnóstico médico da anencefalia não é absoluta, de modo que a prevenção do erro, mesmo culposo, não será sempre possível. O que dizer, então, do erro doloso?
A quantas não chegaria, então, em seu dinamismo – se admitido o aborto – o “moinho satânico” de que falava Karl Polanyi?2 A mim causa espanto a ideia de que se esteja a postular abortos, e com tanto de ênfase, sem interesse econômico determinado. O que me permite cogitar da eventualidade de, embora se aludindo à defesa de apregoados direitos da mulher, estar-se a pretender a migração, da prática do aborto, do universo da ilicitude penal, para o campo da exploração da atividade econômica. Em termos diretos e incisivos, para o mercado. Escrevi esta pequena nota para gritar, tão alto quanto possa, o direito de viver.
1“Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena – detenção de dois a seis anos.”
2A grande transformação: as origens da nossa época. Tradução portuguesa de Fanny Wrobel. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
A história que inventei é válida no contexto do meu discurso jurídico. Não sou pároco, não tenho afirmação de espiritualidade a nestas linhas postular. Aqui anoto apenas o que me cabe como artesão da compreensão das leis. Palavras bem arranjadas não bastam para ocultar, em quantos fazem praça do aborto de anencéfalos, inexorável desprezo pela vida de quem poderia escapar com resquícios de existência e produzindo consequências jurídicas marcantes do ventre que o abrigou.
Matar ou deixar morrer o pequeno ser que foi parido não é diferente da interrupção da sua gestação.Mata-se durante a gestação, atualmente, com recursos tecnológicos aprimorados, bisturis eletrônicos dos quais os fetos procuram desesperadamente escapar no interior de úteros que os recusam.Mais “digna” seria a crueldade da sua execução imediatamente após o parto,mesmo porque deixaria de existir risco para as mães. Um breve homicídio e tudo acabado.
Vou contudo diretamente ao direito, nosso direito positivo. No Brasil o nascituro não apenas é protegido pela ordem jurídica, sua dignidade humana preexistindo ao fato do nascimento, mas é também titular de direitos adquiridos. Transcrevo a lei, artigo 2o do Código Civil:
A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
No intervalo entre a concepção e o nascimento dizia Pontes de Miranda “os direitos, que se constituíram, têm sujeito, apenas não se sabe qual seja”. Não há, pois, espaço para distinções, como assinalou o ministro aposentado do STF, José Néri da Silveira, em parecer sobre o tema:
Em nosso ordenamento jurídico, não se concebe distinção também entre seres humanos em desenvolvimento na fase intrauterina, ainda que se comprovem anomalias ou malformações do feto; todos enquanto se desenvolvem no útero materno são protegidos, em sua vida e dignidade humana, pela Constituição e leis.
Trata-se de seres humanos que podem receber doações [art. 542 do Código Civil], figurar em disposições testamentárias [art.1.799 do Código Civil] e mesmo ser adotados [art. 1.621 do Código Civil]. É inconcebível, como afirmou Teixeira de Freitas ainda no século XIX, um de nossos mais renomados civilistas, que haja ente com suscetibilidade de adquirir direitos sem que haja pessoa. E, digo eu mesmo agora, nele inspirado, que se a doação feita ao nascituro valerá desde que aceita pelo seu representante legal tal como afirma o artigo 542 do Código Civil – é forçoso concluir que os nascituros já existem e são pessoas, pois “o nada não se representa”.
Queiram ou não os que fazem praça do aborto de anencéfalos, o fato é que a frustração da sua existência fora do útero materno, por ato do homem, é inadmissível [mais do que inadmissível, criminosa] no quadro do direito positivo brasileiro. É certo que, salvo os casos em que há, comprovadamente, morte intrauterina, o feto é um ser vivo.
Tanto é assim que nenhum, entre a hierarquia dos juízes de nossa terra, nenhum deles em tese negaria aplicação do disposto no artigo 123 do Código Penal,1 que tipifica o crime de infanticídio, à mulher que matasse, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho anencéfalo, durante o parto ou logo após, sujeitando a a pena de detenção, de dois a seis anos. Note-se bem que ao texto do tipo penal acrescentei unicamente o vocábulo anencéfalo!
Ora, se o filho anencéfalo morto pela mãe sob a influência do estado puerperal é ser vivo, por que não o seria o feto anencéfalo que repito pode receber doações, figurar em disposições testamentárias e mesmo ser adotado?
Que lógica é esta que toma como ser, que considera ser alguém – e não res – o anencéfalo vítima de infanticídio, mas atribuiao feto que lhe corresponde o caráter de coisa ou algo assim?
De mais a mais, a certeza do diagnóstico médico da anencefalia não é absoluta, de modo que a prevenção do erro, mesmo culposo, não será sempre possível. O que dizer, então, do erro doloso?
A quantas não chegaria, então, em seu dinamismo – se admitido o aborto – o “moinho satânico” de que falava Karl Polanyi?2 A mim causa espanto a ideia de que se esteja a postular abortos, e com tanto de ênfase, sem interesse econômico determinado. O que me permite cogitar da eventualidade de, embora se aludindo à defesa de apregoados direitos da mulher, estar-se a pretender a migração, da prática do aborto, do universo da ilicitude penal, para o campo da exploração da atividade econômica. Em termos diretos e incisivos, para o mercado. Escrevi esta pequena nota para gritar, tão alto quanto possa, o direito de viver.
1“Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena – detenção de dois a seis anos.”
2A grande transformação: as origens da nossa época. Tradução portuguesa de Fanny Wrobel. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
(fonte: O REFORMADOR)
quarta-feira, 11 de abril de 2012
domingo, 8 de abril de 2012
"Teu irmão há de ressuscitar" - asseverou o Mestre.
Reflexão acerca da morte.
Recordemos sempre a preciosa lição divina: Lázaro também ressuscitou...
Recordemos sempre a preciosa lição divina: Lázaro também ressuscitou...
RESSUSCITARÁEmmanuel
"Disse-lhe Jesus: Teu irmão há de ressuscitar." - (João, 11:23.)
Há muitos séculos, as escolas religiosas do Cristianismo revestiram o fenômeno da morte de paisagens deprimentes.Padres que assumem atitudes hieráticas, ministros que comentam as flagelações do inferno, catafalcos negros e panos de luto...Que poderia criar tudo isso senão o pavor instintivo e o constrangimento obrigatório? Ninguém nega o sofrimento da separação, espírito algum se furtará ao plantio da saudade no jardim interior.O próprio Cristo emocionou-se junto ao sepulcro de Lázaro.
Entretanto, a comoção do Celeste Amigo edificava-se na esperança, acordando a fé viva nos companheiros que o ouviam.A promessa dEle, ao carinho fraternal de Marta, é bastante significativa."Teu irmão há de ressuscitar" - asseverou o Mestre.Daí a instantes, Lázaro era restituído à experiência terrestre, surpreendendo os observadores do inesperado acontecimento.Gesto que se transformou em vigoroso símbolo, sabemos hoje que o Senhor nos reergue, em toda parte, nas esferas variadas da vida.
Há ressurreição vitoriosa e sublime nas zonas carnais e nos círculos diferentes que se dilatam ao infinito.O espírito mais ensombrado no sepulcro do mal e o coração mais duro são arrancados das trevas psíquicas para a luz da vida eterna.
O Senhor não se sensibilizou tão-somente por Lázaro.Amigo Divino, a sua mão carinhosa se estende a nós todos.
Reponheis a morte em seu lugar de processo renovador e enchei-vos de confiança no futuro, multiplicando as sementeiras de afeições e serviços santificantes.
Quando perderdes temporariamente a companhia direta de um ente amado, recordai as palavras do Cristo; aquela reduzida família de Betânia é a miniatura da imensa família da Humanidade.
Do livro "Vinha de Luz", Emmanuel (Espírito), Francisco C. Xavier (psicografia)
sábado, 7 de abril de 2012
Significado da Páscoa
Condenaram este homem e crucificaram-no ignorando todos os seus propósitos de um mundo melhor.
Houve dor, angústia e escuridão.
Por três dias o sol se recusou a brilhar, a lua se negou a iluminar a Terra, até que o terceiro dia a vida acontecia.
Ressurreição dos sonhos, das lembranças.
E de uma verdade que está acima dos ovos de chocolates ou até dos coelhinhos da páscoa.
Cristo morreu, mas ressuscitou.
E fez isso somente para nos ensinar a matar os nossos piores defeitos e ressuscitar as maiores virtudes sepultadas no íntimo de nossos corações.
Que este seja o verdadeiro da minha, da sua, da nossa Páscoa, que possamos encontrar amor, carinho, paz, fraternidade, companheirismo, porque isso sim é o verdadeiro sentido da Páscoa.
Feliz Páscoa para todos VOCÊS!
CARINHOSAMENTE KATIA MATTOSO E NOELI NONAU.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
quinta-feira, 5 de abril de 2012
O Espiritismo e a Páscoa
O Espiritismo não celebra a Páscoa, mas respeita as manifestações de religiosidade das diversas igrejas cristãs, e também não proíbe que seus adeptos manifestem sua religiosidade.
Páscoa, ou Passagem, simboliza a libertação do povo hebreu da escravidão sofrida durante séculos no Egito, mas o Cristianismo comemora a ressurreição do Cristo, que se deu na Páscoa judaica do ano 33 da nossa era, e celebra a continuidade da vida.
O Espiritismo, embora sendo uma Doutrina Cristã, entende de forma diferente alguns dos ensinamentos das Igrejas Cristãs. Na questão da ressurreição, para nós, espíritas, Jesus apareceu à Maria de Magdala e aos discípulos, com seu corpo espiritual, que chamamos de perispírito. Entendemos que não houve uma ressurreição corporal, física. Jesus de Nazaré não precisou derrogar as leis naturais do nosso mundo para firmar o seu conceito de missionário. A sua doutrina de amor e perdão é muito maior que qualquer milagre, até mesmo a ressurreição.
Isto não invalida a Festa da Páscoa se a encararmos no seu simbolismo. A Páscoa Judaica pode ser interpretada como a nossa libertação da ignorância, das mazelas humanas, para o conhecimento, o comportamento ético-moral. A travessia do Mar Vermelho representa as dificuldades para a transformação. A Páscoa Cristã representa a vitória da vida sobre a morte, do sacrifício pela verdade e pelo amor. Jesus de Nazaré demonstrou que pode-se executar homens, mas não se consegue matar as grandes idéias renovadoras, os grandes exemplos de amor ao próximo e de valorização da vida.
Como a Páscoa Cristã representa a vitória da vida sobre a morte, queremos deixar firmado o conceito que aprendemos no Espiritismo, que a vida só pode ser definida pelo amor, e o amor pela vida. Foi por isso que Jesus de Nazaré afirmou que veio ao mundo para que tivéssemos vida em abundância, isto é, plena de amor.
Amílcar Del Chiaro Filho
Este artigo foi publicado na íntegra pela Revista Católica 'Missões' - da Ordem Consolata.
Este artigo foi publicado na íntegra pela Revista Católica 'Missões' - da Ordem Consolata.
terça-feira, 3 de abril de 2012
Mensagem de Chico Xavier
Chico Xavier
Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,
mesmo sabendo que as rosas não falam...
Que eu não perca o OTIMISMO, mesmo sabendo que o futuro
que nos espera pode não ser tão ALEGRE...
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é,
em muitos momentos, dolorosa...
Que eu não perca a vontade de TER GRANDES AMIGOS,
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo,
eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,
Mesmo sabendo que muitas delas são incapazes
de ver, reconhecer e retribuir, esta ajuda...
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo
que inúmeras forças querem que eu caia...
Que eu não perca A VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que
eu mais amo pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas
que verei no mundo escurecerão os meus olhos...
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda
São dois adversários extremamente perigosos...
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo
que as tentações da vida são inúmeras E deliciosas...
Que eu não perca o sentimento de JUSTIÇA, mesmo
sabendo que o prejudicado possa ser eu...
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo
que um dia os meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VIVER, mesmo sabendo
que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela
muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia...
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo
sabendo que o mundo é pequeno...
E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente!
Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um
é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois,,,
A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS
E CONCRETIZADA NO AMOR!
Chico Xavier
Que Deus não permita que eu perca o ROMANTISMO,
mesmo sabendo que as rosas não falam...
Que eu não perca a VONTADE DE VIVER, mesmo sabendo que a vida é,
em muitos momentos, dolorosa...
mesmo sabendo que, com as voltas do mundo,
eles acabam indo embora de nossas vidas...
Que eu não perca a vontade de AJUDAR AS PESSOAS,
Mesmo sabendo que muitas delas são incapazes
de ver, reconhecer e retribuir, esta ajuda...
Que eu não perca o EQUILÍBRIO, mesmo sabendo
que inúmeras forças querem que eu caia...
Que eu não perca A VONTADE DE AMAR, mesmo sabendo que a pessoa que
eu mais amo pode não sentir o mesmo sentimento por mim...
Que eu não perca a LUZ E O BRILHO NO OLHAR, mesmo sabendo que muitas coisas
que verei no mundo escurecerão os meus olhos...
Que eu não perca a GARRA, mesmo sabendo que a derrota e a perda
São dois adversários extremamente perigosos...
Que eu não perca a RAZÃO, mesmo sabendo
sabendo que o prejudicado possa ser eu...
Que eu não perca o meu FORTE ABRAÇO, mesmo sabendo
que um dia os meus braços estarão fracos...
Que eu não perca a BELEZA E A ALEGRIA DE VIVER, mesmo sabendo
que muitas lágrimas brotarão dos meus olhos e escorrerão por minha alma...
Que eu não perca o AMOR POR MINHA FAMÍLIA, mesmo sabendo que ela
muitas vezes me exigiria esforços incríveis para manter a sua harmonia...
Que eu não perca a vontade de DOAR ESTE ENORME AMOR que existe em meu coração,
mesmo sabendo que muitas vezes ele será submetido e até rejeitado...
Que eu não perca a vontade de SER GRANDE, mesmo
sabendo que o mundo é pequeno...
E acima de tudo...
Que eu jamais me esqueça que Deus me ama infinitamente!
Que um pequeno grão de alegria e esperança dentro de cada um
é capaz de mudar e transformar qualquer coisa, pois,,,
A VIDA É CONSTRUÍDA NOS SONHOS
E CONCRETIZADA NO AMOR!
domingo, 1 de abril de 2012
As cartas de Chico Xavier
Carta de Laurinho Basile: "Libertação"
Mamãe querida.
Seu filho pede a bênção.
Saudades condensadas dão isso. Uma vontade imensa de mostrar amor.
Entretanto, ausência para nós já era. Estamos naquela da união para sempre. Morte mais se parece a um espantalho na lavoura.
Enquanto a Maturidade não chegar para o coletivo das criaturas, é preciso pintar essa abertura com sinais que metam medo. Isso é lei de Deus. Instinto de conservação. Defesa comum.
Se todas as pessoas, de uma só vez, pudessem compreender a chamada Libertação, é muita gente que desejaria pirandelar.
E fuga não é flor que se cheire. Pos aí, somos obrigados, para a nossa felicidade, a enfrentar a pedreira e rebater a picareta sem picaretagem. Trabalhar e aprender.
O corpo não é farda de que se possa desertar por bagatela. A morte precisa dessas pompas de cores estranhas e rituais encharcados de lágrimas. Semelhante indução ao receio é necessária, porque são muitos os cultivadores do capim mimoso querendo arrear o fardo educativo antes da hora.
Mas retomemos o fio. Mamãe agradeço.
Estou quase feliz, não fosse o muro. O muro vibratório que aparentemente nos segrega em faixas diferentes da força.
Reencarnação do espírito, a meu ver, se não estou dando alguma de curioso frustrado, é o mesmo que a pessoa se colocar numa espécie de voltagem diversa daquela que conhecemos por aqui.
Tudo é posicionamento elétrico, ou quase tudo, no campo de nossas vidas. O cérebro de alguém, no carro físico, está em circuito diferente para nós tanto quanto nós temos a cabeça instalada em outras dimensões da energia.
No meio dessas ramificações todas, com transformadores e conexões adequadas por toda parte, o coração é o amor e amor independe de quaisquer implementos para expressar-se.
Em razão disso, estamos nós na reciprocidade.
Eu penso e você pensa, você pensa e eu penso, isto é, conjugamos os mesmos sentimentos em cuja equação as idéias somam igualmente. Sei. Não precisaria escrever para que o seu carinho me reconhecesse na sobrevivência em que antecedi a vivencia de tantos.
A empatia é o nosso clima, tanto quanto a comunhão intima é o nosso lar.
Continuo e continuamos, você e eu, agradecendo. Temos sido muito felizes, dialogando com tantos amigos de varias faixas etárias. Creia. Temos falado juntos.
Peço a sua paciência e prossigamos em marcha. É muita juventude perguntando, muita infância a desesperar-se, muita madureza a desfazer-se em pranto e aflição.
A hora é mesmo de permuta.
Comunicação inadiável. E o importante é que essa comunicação é de fio pessoal.
Fácil observar para nós dois que, criatura a criatura, a mensagem pede adequação. A verdade é uma só, no entanto, a interpretação é serviço indispensável no domínio de cada um.
Estou agradecido ao seu esforço. Mãe querida, isso tudo é um campo novo para nós.
Você me percebe e me ouve sem que os tímpanos do corpo registrem minha voz. Isso me alegra, porque afinizados um com o outro, quais as cordas de um violino, em mãos de artistas do Mais Alto, formamos uma dupla e estamos construindo um futuro iluminado de bênçãos.
A prece é a tomada. Os pensamentos são fios que nos interligam. E a nossa palavra reflete de improviso os esclarecimentos que me alcançam, procedentes de amigos que me antecederam por aqui.
E centralizados em Deus, por Jesus Cristo, seguiremos empregando o melhor que pudermos, na formação de caminhos para os que se perderam da estrada real, às vezes marginalizados na revolta e no sofrimento.
Você e eu, juntos, responderemos ao conteúdo da Gaveta da Esperança.
Tantas bênçãos, tantos recados de carinho! Gratidão para todos os corações queridos.
Minha emoção é tamanha que, freqüentemente, a lágrima de enternecimento é a resposta que se nos fez possível. A bendita lágrima do amor, síntese de saudade e ternura, convivência e devotamento constante.
De meu lado, querida Mãezinha, informo que estou vivo. Se me perguntarem como, formularei a contra pergunta: de que modo morre a água na Terra a fim de pairar no Espaço, em estado positivamente oposto ao sólido em que a vemos no mundo?
Pois é. A água também morre e sobrevive e igualmente retorna ao campo dos homens, na incapacidade de demonstrar às balanças terrestres de que maneira se gazificou esse rematerializou na chuva benéfica, nas ocasiões em que não se volatiza, de todo, para integrar-se em outras substancias da vida cósmica.
A realidade é que eu mesmo, continuando a agir e aprendendo a servir para ser aproveitado com mais eficiência na maquina do bem de todos.
Sigo o nosso querido pescador em suas preces que são também minhas, rogando aos Mensageiros de Jesus para que meu pai esteja sob as bênçãos de Deus.
Em casa, rejubilo-me com a tranqüilidade que se vai refazendo...
Ra e Shell com a querida Menesta e com o Josetinho e os outros corações amados me proporcionam imensa alegria.
Yo e Petar com Gus e Guil e mais o pessoal entrante ou aspirante à entrada na família, são maravilhosos companheiros. Mirta e Lu são as estrelas novas em explosões de esperança e de alegria. Todo o amor para ambas.
Peço a Lu compreensão para a Pupy.
Aquele coração de carinho, pulsando sobre as patinhas não sabia ler. Por mais se lhe dissesse o que, por enquanto se lhe diga a linguagem filosófica dos que se separaram entre lágrimas e inquietações, nas fronteiras da morte e da existência, nada lhe atingiria a sensibilidade e nem lhe abordará, por agora, o entendimento simples.
A querida companheirinha não tem ainda forças para entender que não há Vazio.
E carência, Mamãe, quando não aceita sob a luz da fé em nossos mais elevados destinos, é anemia da alma. “Pingo d’água mole em pedra dura...”
De cá, entretanto, teremos recursos para auxiliá-la, mas isso, por enquanto, é uma oura historia. Se muitos não entendem os assuntos de Laurinho sobrevivente, como assimilarão certas realidades sobe os animais, especialmente aqueles que se nos fazem mais íntimos e mais queridos?
Muitas flores de carinho para a Vó Lourdes e Vó Genoveva extensivamente do avô inesquecível.
O vovô de residência em meus ranchos de agora, está comigo. Companheiro e benfeitor, com quem meus débitos vão subindo.
A proposta do Toninho é quase uma cascata.
Imagine se eu pudesse complementar um computador em nossa querida paisagem, seria um clandestino nas instituições de ciência no mundo.
Depois de uma palavra no domínio das probabilidades, porque, em verdade, sou, até agora, um Laurinho tão experimentador quanto antes, na hipótese de acertar, levantaria horrores de indagações.
Naturalmente, companheiros de pesquisa me mobilizaram para resolver problemas da Humanidade, com tal impacto de confiança que eu mesmo terminaria a aventura no caso do peão que caiu de modo sesquipedal, depois de ouvir aqueles que lhe superestimavam os méritos.
Não posso colocar o carro antes do combustível.
Devagar. A viagem de um país para outro não dá pedal para milagres. Toninho que trabalha aí que continuo a esforçar-me daqui.
Entretanto, se ele quer uma dica, procure o Sergio Pistelli, a e a Maria Beatriz que conhecemos no Eletrotécnico de Mococa e vá em frente. Se as invenções ficassem na conta de um cérebro mágico, a ciência não progrediria. E todos precisam de vez.
Presentemente mantenho a voz em outros trombones, mas o teste do Toninho está bem bolado.
Ainda assim, outra pala valiosa para o amigo é o serviço de apoio à Santa Casa.
Estou na atualidade computando outras jogadas e não posso perde a bola.
Disciplina. Essa misteriosa deusa é por demasiado exigente.
Sigamos no “Very slowly”.
Que ele me desculpe essa pretensão. É só para inglês ver.
Mãezinha, recebo os pensamentos da Selma e da Lu, de coração amolecido.
Afinal, creio hoje que nasci num ninho de estrelas e você Mamãe, com um pai, é a dona dessa prodigiosa constelação.
Meu carinho a todos. Evaldo e Tadeu, por força dos laços que nos reúnem hoje com mais peso de solidariedade, estão presentes e se fazem lembrados aos familiares queridos.
Abraços ao Pantera e a todos os Bichos admiráveis que moram no Zoológico de meu coração.
Amor pra todas as amizades, incluindo as companheiras dedicadas, meninas iluminadas de esperança às quais me sinto o irmão de sempre.
Mamãe, agora, é o fim da carta.
Quantas laudas neste processo de saudade e carinho? Ainda não sei. Conte-as a querida Barata sempre minha inspiração e luz, Vida e mestra.
Se me esqueci de nomes de nossa intimidade, isso é milonga de papo amigo, porque tenho o meu listão na memória, mas não posso estirá-lo aqui no papel.
Você Mamãe, dirá a todos, os meus amigos, que enviamos lembranças e um abração de fraternidade. Lembro o papai em minha gratidão e ternura de filho e entrego pra Você o meu coração.
Amor infalível e devoção total de seu filho
Laurinho.
Uberaba, 19 de junho de 1978
IDENTIFICAÇÕES
Nesta carta, Laurinho se refere à chamada “Libertação”, esclarecendo que, se a pudéssemos compreender muita gente haveria de querer partir.
Mas essa partida não pode ser por nossa vontade, porém pelos desígnios de Deus. Do contrario, seriamos suicidas, e estes, para cumprirem o tempo que deveriam permanecer na Terra, vão para um lugar nada agradável chamado “Umbral”.
*
Adiante, afirma Laurinho: “É centralizados em Deus por Jesus Cristo, seguiremos empregando o melhor que pudermos na formação de caminhos para os que se perderam...”
Mães, mães desesperadas, desanimadas, confiem no Cristo! Ele estenderá sempre as mãos para todos aqueles que as solicitarem.
Ter saudade, muita saudade, é um direito de todas nós, e a saudade tende sempre a aumentar. Costumo afirmar que a saudade é a nossa maior prova neste Planeta de expiações.
Mas é preciso ganhar compreensão, equilíbrio e trabalhar para o bem comum, sem esperar retribuições. É preciso estudar muito, se aprofundar nos ensinamentos do Cristo, à luz da Doutrina Espírita, para que a razão aceite estas verdades.
Nossos filhos estão vivos, trabalhando por nós e por eles, na maquina do bem de todos.
Realmente, Laurinho reafirma: “De meu lado, Mãezinha, informo que estou vivo.”
Se pararmos para pensar, temos que agradecer a Deus por tudo isso, pois, apesar de o nosso coração continuar sangrando, o sofrimento nos abre oportunidades de renovação e aprendizado.
Mães e irmãs! Pensem em nossos filhos trabalhando em outro “continente”, pela nossa melhoria e que isso só acontece com a permissão do Mais Alto.
*
É interessante notar como Laurinho explica a reencarnação em termos eletrônicos e compara a morte com a água.
Laurinho refere-se a Pupy, a cachorrinha que, a seu ver, sendo seu melhor amigo, foi se definhando, acometida de tristeza, e partiu seis meses após sua “viagem”.
Antes de partirmos para Uberaba, em nossa casa, às sete horas e trinta minutos, Pupy encerrou sua vida.
Nessa mesma noite, vem Laurinho com esta fabulosa mensagem e confirma o diagnostico dos veterinários: tristeza. Só que ele define como sendo “anemia na alma”.
Com tudo isto vem nos reafirmar que não há Vazio. E a Doutrina Espírita, com Jesus, vem nos conscientizar que, realmente, não existe o Vazio.
*
Também a proposta de Toninho, um jovem até aquela data materialista, foi colocada, por ele mesmo, na Gaveta da Esperança.
Com esse teste, tentou desafiar – é a palavra exata – nosso Laurinho em suas comunicações de um outro plano e recebeu ao pé da letra.
De tudo o que Laurinho escreve, dou ciência aos seus amigos, que estudam os mínimos detalhes, e não nego que tudo isso vem causando um “terremoto”, principalmente na juventude de Mococa e cidades circunvizinhas.
Não se esquecendo dos amigos, envia-lhes sempre o seu “alô” tão positivo, inspirando, cada vez mais, certeza numa Vida Maior, repleta de Fé e Amor ao próximo.
Mães e irmãs, quisera que soubessem quanta coisa Laurinho vem modificando!
A juventude é boa; falta-lhe motivação, alguém que a ouça e compreenda, que esteja disposto a falar a sua mesma língua.
Em geral, os moços nem sempre estão preocupados com o próximo; mas por aqui está acontecendo o contrario: estamos recebendo toda a cooperação em tudo o que fazemos, e com a melhor boa-vontade.
Tudo isto devemos às mensagens e aos inumeráveis livros de Chico Xavier, que rodam de mão em mão.
Louvado seja Deus! Com sua permissão, tudo continuará melhorando, se aperfeiçoando.
IDENTIFICAÇÕES:
Pupy - Cachorrinha da família, que merecia muito cuidado e carinho por parte de Laurinho. Desencarnou em junho de 1978.
Toninho - Sebastião Antonio cunha, residente à Rua Lucio Leonel n. 5, em Casa Branca. Trabalhava com Laurinho no campo das invenções. Laurinho deixou com ele o desenho de um computador, que se achava incompleto e pediu-me para obter de Laurinho a formula final. O pedido foi depositado na Gaveta de Esperança e respondido por Laurinho.
Sergio Pistelli - Grande amigo de Laurinho, exercendo o cargo de Secretario no Colégio Técnico João Baptista de Lima Figueiredo, em Mococa, SP, onde diplomou-se Laurinho. Sergio e família residem nesta cidade, à rua Ipiranga.
Maria Beatriz - Maria Beatriz L. de Oliveira – orientadora educacional do Colégio Técnico Industrial João Baptista de Lima Figueiredo, de Mococa, SP. Foi grande amiga de Laurinho.
Pantera - Antonio Borzani, residente em Casa Branca. Amigo de Laurinho, seria seu companheiro em São Carlos quando fossem cursar a Engenharia, morando juntos.
FONTE
XAVIER, F. C. Gaveta de esperança [espírito Laurinho Basile]. Araras (SP): IDE, 1980.
Seu filho pede a bênção.
Saudades condensadas dão isso. Uma vontade imensa de mostrar amor.
Entretanto, ausência para nós já era. Estamos naquela da união para sempre. Morte mais se parece a um espantalho na lavoura.
Enquanto a Maturidade não chegar para o coletivo das criaturas, é preciso pintar essa abertura com sinais que metam medo. Isso é lei de Deus. Instinto de conservação. Defesa comum.
Se todas as pessoas, de uma só vez, pudessem compreender a chamada Libertação, é muita gente que desejaria pirandelar.
E fuga não é flor que se cheire. Pos aí, somos obrigados, para a nossa felicidade, a enfrentar a pedreira e rebater a picareta sem picaretagem. Trabalhar e aprender.
O corpo não é farda de que se possa desertar por bagatela. A morte precisa dessas pompas de cores estranhas e rituais encharcados de lágrimas. Semelhante indução ao receio é necessária, porque são muitos os cultivadores do capim mimoso querendo arrear o fardo educativo antes da hora.
Mas retomemos o fio. Mamãe agradeço.
Estou quase feliz, não fosse o muro. O muro vibratório que aparentemente nos segrega em faixas diferentes da força.
Reencarnação do espírito, a meu ver, se não estou dando alguma de curioso frustrado, é o mesmo que a pessoa se colocar numa espécie de voltagem diversa daquela que conhecemos por aqui.
Tudo é posicionamento elétrico, ou quase tudo, no campo de nossas vidas. O cérebro de alguém, no carro físico, está em circuito diferente para nós tanto quanto nós temos a cabeça instalada em outras dimensões da energia.
No meio dessas ramificações todas, com transformadores e conexões adequadas por toda parte, o coração é o amor e amor independe de quaisquer implementos para expressar-se.
Em razão disso, estamos nós na reciprocidade.
Eu penso e você pensa, você pensa e eu penso, isto é, conjugamos os mesmos sentimentos em cuja equação as idéias somam igualmente. Sei. Não precisaria escrever para que o seu carinho me reconhecesse na sobrevivência em que antecedi a vivencia de tantos.
A empatia é o nosso clima, tanto quanto a comunhão intima é o nosso lar.
Continuo e continuamos, você e eu, agradecendo. Temos sido muito felizes, dialogando com tantos amigos de varias faixas etárias. Creia. Temos falado juntos.
Peço a sua paciência e prossigamos em marcha. É muita juventude perguntando, muita infância a desesperar-se, muita madureza a desfazer-se em pranto e aflição.
A hora é mesmo de permuta.
Comunicação inadiável. E o importante é que essa comunicação é de fio pessoal.
Fácil observar para nós dois que, criatura a criatura, a mensagem pede adequação. A verdade é uma só, no entanto, a interpretação é serviço indispensável no domínio de cada um.
Estou agradecido ao seu esforço. Mãe querida, isso tudo é um campo novo para nós.
Você me percebe e me ouve sem que os tímpanos do corpo registrem minha voz. Isso me alegra, porque afinizados um com o outro, quais as cordas de um violino, em mãos de artistas do Mais Alto, formamos uma dupla e estamos construindo um futuro iluminado de bênçãos.
A prece é a tomada. Os pensamentos são fios que nos interligam. E a nossa palavra reflete de improviso os esclarecimentos que me alcançam, procedentes de amigos que me antecederam por aqui.
E centralizados em Deus, por Jesus Cristo, seguiremos empregando o melhor que pudermos, na formação de caminhos para os que se perderam da estrada real, às vezes marginalizados na revolta e no sofrimento.
Você e eu, juntos, responderemos ao conteúdo da Gaveta da Esperança.
Tantas bênçãos, tantos recados de carinho! Gratidão para todos os corações queridos.
Minha emoção é tamanha que, freqüentemente, a lágrima de enternecimento é a resposta que se nos fez possível. A bendita lágrima do amor, síntese de saudade e ternura, convivência e devotamento constante.
De meu lado, querida Mãezinha, informo que estou vivo. Se me perguntarem como, formularei a contra pergunta: de que modo morre a água na Terra a fim de pairar no Espaço, em estado positivamente oposto ao sólido em que a vemos no mundo?
Pois é. A água também morre e sobrevive e igualmente retorna ao campo dos homens, na incapacidade de demonstrar às balanças terrestres de que maneira se gazificou esse rematerializou na chuva benéfica, nas ocasiões em que não se volatiza, de todo, para integrar-se em outras substancias da vida cósmica.
A realidade é que eu mesmo, continuando a agir e aprendendo a servir para ser aproveitado com mais eficiência na maquina do bem de todos.
Sigo o nosso querido pescador em suas preces que são também minhas, rogando aos Mensageiros de Jesus para que meu pai esteja sob as bênçãos de Deus.
Em casa, rejubilo-me com a tranqüilidade que se vai refazendo...
Ra e Shell com a querida Menesta e com o Josetinho e os outros corações amados me proporcionam imensa alegria.
Yo e Petar com Gus e Guil e mais o pessoal entrante ou aspirante à entrada na família, são maravilhosos companheiros. Mirta e Lu são as estrelas novas em explosões de esperança e de alegria. Todo o amor para ambas.
Peço a Lu compreensão para a Pupy.
Aquele coração de carinho, pulsando sobre as patinhas não sabia ler. Por mais se lhe dissesse o que, por enquanto se lhe diga a linguagem filosófica dos que se separaram entre lágrimas e inquietações, nas fronteiras da morte e da existência, nada lhe atingiria a sensibilidade e nem lhe abordará, por agora, o entendimento simples.
A querida companheirinha não tem ainda forças para entender que não há Vazio.
E carência, Mamãe, quando não aceita sob a luz da fé em nossos mais elevados destinos, é anemia da alma. “Pingo d’água mole em pedra dura...”
De cá, entretanto, teremos recursos para auxiliá-la, mas isso, por enquanto, é uma oura historia. Se muitos não entendem os assuntos de Laurinho sobrevivente, como assimilarão certas realidades sobe os animais, especialmente aqueles que se nos fazem mais íntimos e mais queridos?
Muitas flores de carinho para a Vó Lourdes e Vó Genoveva extensivamente do avô inesquecível.
O vovô de residência em meus ranchos de agora, está comigo. Companheiro e benfeitor, com quem meus débitos vão subindo.
A proposta do Toninho é quase uma cascata.
Imagine se eu pudesse complementar um computador em nossa querida paisagem, seria um clandestino nas instituições de ciência no mundo.
Depois de uma palavra no domínio das probabilidades, porque, em verdade, sou, até agora, um Laurinho tão experimentador quanto antes, na hipótese de acertar, levantaria horrores de indagações.
Naturalmente, companheiros de pesquisa me mobilizaram para resolver problemas da Humanidade, com tal impacto de confiança que eu mesmo terminaria a aventura no caso do peão que caiu de modo sesquipedal, depois de ouvir aqueles que lhe superestimavam os méritos.
Não posso colocar o carro antes do combustível.
Devagar. A viagem de um país para outro não dá pedal para milagres. Toninho que trabalha aí que continuo a esforçar-me daqui.
Entretanto, se ele quer uma dica, procure o Sergio Pistelli, a e a Maria Beatriz que conhecemos no Eletrotécnico de Mococa e vá em frente. Se as invenções ficassem na conta de um cérebro mágico, a ciência não progrediria. E todos precisam de vez.
Presentemente mantenho a voz em outros trombones, mas o teste do Toninho está bem bolado.
Ainda assim, outra pala valiosa para o amigo é o serviço de apoio à Santa Casa.
Estou na atualidade computando outras jogadas e não posso perde a bola.
Disciplina. Essa misteriosa deusa é por demasiado exigente.
Sigamos no “Very slowly”.
Que ele me desculpe essa pretensão. É só para inglês ver.
Mãezinha, recebo os pensamentos da Selma e da Lu, de coração amolecido.
Afinal, creio hoje que nasci num ninho de estrelas e você Mamãe, com um pai, é a dona dessa prodigiosa constelação.
Meu carinho a todos. Evaldo e Tadeu, por força dos laços que nos reúnem hoje com mais peso de solidariedade, estão presentes e se fazem lembrados aos familiares queridos.
Abraços ao Pantera e a todos os Bichos admiráveis que moram no Zoológico de meu coração.
Amor pra todas as amizades, incluindo as companheiras dedicadas, meninas iluminadas de esperança às quais me sinto o irmão de sempre.
Mamãe, agora, é o fim da carta.
Quantas laudas neste processo de saudade e carinho? Ainda não sei. Conte-as a querida Barata sempre minha inspiração e luz, Vida e mestra.
Se me esqueci de nomes de nossa intimidade, isso é milonga de papo amigo, porque tenho o meu listão na memória, mas não posso estirá-lo aqui no papel.
Você Mamãe, dirá a todos, os meus amigos, que enviamos lembranças e um abração de fraternidade. Lembro o papai em minha gratidão e ternura de filho e entrego pra Você o meu coração.
Amor infalível e devoção total de seu filho
Laurinho.
Uberaba, 19 de junho de 1978
IDENTIFICAÇÕES
Nesta carta, Laurinho se refere à chamada “Libertação”, esclarecendo que, se a pudéssemos compreender muita gente haveria de querer partir.
Mas essa partida não pode ser por nossa vontade, porém pelos desígnios de Deus. Do contrario, seriamos suicidas, e estes, para cumprirem o tempo que deveriam permanecer na Terra, vão para um lugar nada agradável chamado “Umbral”.
*
Adiante, afirma Laurinho: “É centralizados em Deus por Jesus Cristo, seguiremos empregando o melhor que pudermos na formação de caminhos para os que se perderam...”
Mães, mães desesperadas, desanimadas, confiem no Cristo! Ele estenderá sempre as mãos para todos aqueles que as solicitarem.
Ter saudade, muita saudade, é um direito de todas nós, e a saudade tende sempre a aumentar. Costumo afirmar que a saudade é a nossa maior prova neste Planeta de expiações.
Mas é preciso ganhar compreensão, equilíbrio e trabalhar para o bem comum, sem esperar retribuições. É preciso estudar muito, se aprofundar nos ensinamentos do Cristo, à luz da Doutrina Espírita, para que a razão aceite estas verdades.
Nossos filhos estão vivos, trabalhando por nós e por eles, na maquina do bem de todos.
Realmente, Laurinho reafirma: “De meu lado, Mãezinha, informo que estou vivo.”
Se pararmos para pensar, temos que agradecer a Deus por tudo isso, pois, apesar de o nosso coração continuar sangrando, o sofrimento nos abre oportunidades de renovação e aprendizado.
Mães e irmãs! Pensem em nossos filhos trabalhando em outro “continente”, pela nossa melhoria e que isso só acontece com a permissão do Mais Alto.
*
É interessante notar como Laurinho explica a reencarnação em termos eletrônicos e compara a morte com a água.
Laurinho refere-se a Pupy, a cachorrinha que, a seu ver, sendo seu melhor amigo, foi se definhando, acometida de tristeza, e partiu seis meses após sua “viagem”.
Antes de partirmos para Uberaba, em nossa casa, às sete horas e trinta minutos, Pupy encerrou sua vida.
Nessa mesma noite, vem Laurinho com esta fabulosa mensagem e confirma o diagnostico dos veterinários: tristeza. Só que ele define como sendo “anemia na alma”.
Com tudo isto vem nos reafirmar que não há Vazio. E a Doutrina Espírita, com Jesus, vem nos conscientizar que, realmente, não existe o Vazio.
*
Também a proposta de Toninho, um jovem até aquela data materialista, foi colocada, por ele mesmo, na Gaveta da Esperança.
Com esse teste, tentou desafiar – é a palavra exata – nosso Laurinho em suas comunicações de um outro plano e recebeu ao pé da letra.
De tudo o que Laurinho escreve, dou ciência aos seus amigos, que estudam os mínimos detalhes, e não nego que tudo isso vem causando um “terremoto”, principalmente na juventude de Mococa e cidades circunvizinhas.
Não se esquecendo dos amigos, envia-lhes sempre o seu “alô” tão positivo, inspirando, cada vez mais, certeza numa Vida Maior, repleta de Fé e Amor ao próximo.
Mães e irmãs, quisera que soubessem quanta coisa Laurinho vem modificando!
A juventude é boa; falta-lhe motivação, alguém que a ouça e compreenda, que esteja disposto a falar a sua mesma língua.
Em geral, os moços nem sempre estão preocupados com o próximo; mas por aqui está acontecendo o contrario: estamos recebendo toda a cooperação em tudo o que fazemos, e com a melhor boa-vontade.
Tudo isto devemos às mensagens e aos inumeráveis livros de Chico Xavier, que rodam de mão em mão.
Louvado seja Deus! Com sua permissão, tudo continuará melhorando, se aperfeiçoando.
IDENTIFICAÇÕES:
Pupy - Cachorrinha da família, que merecia muito cuidado e carinho por parte de Laurinho. Desencarnou em junho de 1978.
Toninho - Sebastião Antonio cunha, residente à Rua Lucio Leonel n. 5, em Casa Branca. Trabalhava com Laurinho no campo das invenções. Laurinho deixou com ele o desenho de um computador, que se achava incompleto e pediu-me para obter de Laurinho a formula final. O pedido foi depositado na Gaveta de Esperança e respondido por Laurinho.
Sergio Pistelli - Grande amigo de Laurinho, exercendo o cargo de Secretario no Colégio Técnico João Baptista de Lima Figueiredo, em Mococa, SP, onde diplomou-se Laurinho. Sergio e família residem nesta cidade, à rua Ipiranga.
Maria Beatriz - Maria Beatriz L. de Oliveira – orientadora educacional do Colégio Técnico Industrial João Baptista de Lima Figueiredo, de Mococa, SP. Foi grande amiga de Laurinho.
Pantera - Antonio Borzani, residente em Casa Branca. Amigo de Laurinho, seria seu companheiro em São Carlos quando fossem cursar a Engenharia, morando juntos.
FONTE
XAVIER, F. C. Gaveta de esperança [espírito Laurinho Basile]. Araras (SP): IDE, 1980.
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