Total de visualizações de página

terça-feira, 30 de abril de 2013

O SERVO FELIZ



 
      Certo dia, chegaram ao Céu um Marechal, um Filósofo, um Político e um Lavrador.
      Um Emissário Divino recebeu-os, em elevada esfera, a fim de ouvi-los.
      O Marechal aproximou-se, reverente, e falou:
      — Mensageiro do Comando Supremo, venho da Terra distante. Conquistei muitas medalhas de mé­rito, venci numerosos inimigos, recebi várias home­nagens em monumentos que me honram o nome.
      — Que deseja em troca de seus grandes servi­ços? — indagou o Enviado.
      — Quero entrar no Céu.
      O Anjo respondeu sem vacilar:
      — Por enquanto, não pode receber a dádiva. Soldados e adversários, mulheres e crianças cha­mam-no insistentemente da Terra. Verifique o que alegam de sua passagem pelo mundo e volte mais tarde.
      O Filósofo acercou-se do preposto divino e
— Anjo do Criador Eterno, venho do acanha­do círculo dos homens. Dei às criaturas muita ma­téria de pensamento. Fui laureado por academias diversas. Meu retrato figura na galeria dos dicio­nários terrestres.
— Que pretende pelo que fez? — perguntou o Emissário.
— Quero entrar no Céu.
— Por agora, porém — respondeu o mensa­geiro sem titubear —, não lhe cabe a concessão. Muitas mentes estão trabalhando com as idéias que você deixou no mundo e reclamam-lhe a presença, de modo a saberem separar-lhe os caprichos pes­soais da inspiração sublime. Regresse ao velho posto, solucione seus problemas e torne oportuna-mente.
O  Político tomou a palavra e acentuou:
— Ministro do Todo-Poderoso, fui administra­dor dos interesses públicos. Assinei várias leis que influenciaram meu tempo. Meu nome figura em muitos documentos oficiais.
— Que pede em compensação? — perguntou o Missionário do Alto.
— Quero entrar no Céu.
O  Enviado, no entanto, respondeu, firme:
— Por enquanto, não pode ser atendido. O povo mantém opiniões divergentes a seu respeito. Inúmeras pessoas pronunciam-lhe o nome com amargura e esses clamores chegam até aqui. Retorne ao seu gabinete, atenda às questões que lhe interessam a paz Íntima e volte depois.
Aproximou-se, então, o Lavrador e falou, hu­milde:
— Mensageiro de Nosso Pai, fui cultivador da terra... plantei o milho, o arroz, a batata e o feijão. Ninguém me conhece, mas eu tive a glória de conhecer as bênçãos de Deus e recebê-las, nos raios do Sol, na chuva benfeitora, no chão abençoado, nas sementes, nas flores, nos frutos, no amor e na ter­nura de meus filhinhos...
O  Anjo sorriu e disse:
— Que prêmio deseja?
O  Lavrador pediu, chorando de emoção:
— Se Nosso Pai permitir, desejaria voltar ao campo e continuar trabalhando. 
Tenho saudades da contemplação dos milagres de cada dia... A luz surgindo no firmamento em horas certas, a flor desabrochando por si mesma, o pão a multiplicar-se!... Se puder, plantarei o solo novamente para ver a grandeza divina a revelar-se no grão, trans­formado em dadivosa espiga... Não aspiro a outra felicidade senão a de prosseguir aprendendo, se­meando, louvando e servindo!...
O  Mensageiro Espiritual abraçou-o e exclamou, chorando igualmente, de júbilo:
— Venha comigo! O Senhor deseja vê-lo e ou­vi-lo, porque diante do Trono Celestial apenas com­parece quem procura trabalhar e servir sem re­compensa.

(Fonte: Alvorada Cristã - Francisco Cândido Xavier - ditado pelo espírito Neio Lúcio)


domingo, 28 de abril de 2013

PROFESSOR E O ESTUDANTE


Professor: Você é Judeu não é filho?
Estudante: Sim senhor
Professor: Então, você acredita em Deus?
Estudante: Absolutamente senhor
Professor: Deus é bom?
Estudante: Claro que sim
Professor: Deus é o todo poderoso?
Estudante: Sim
Professor: Meu irmão morreu de câncer mesmo orando a Deus todos os dias para curá-lo. A maioria de nós tentaria ajudar os que estão doentes. Mas Deus não fez. Como pode Deus ser bom então?
(Estudante ficou em silencio)
Professor: Você não pode responder, pode? Vamos começar de novo meu jovem.
Deus é bom?
Estudante: Sim
Professor: Satanás é bom?
Estudante: Não
Professor: De onde Satanás se originou?
Estudante: De... Deus...
Professor: Você está correto. Me diga filho, existe maldade no mundo?
Estudante: Sim
Professor: Se Deus criou tudo, então quem criou a maldade?
(Estudante não respondeu)
Professor: Existem doenças? Imoralidade? Ódio? Feiura? Todas essa coisas terríveis existem no mundo, não existem?
Estudante: Sim senhor
Professor: Então quem as criou?
(Estudante não respondeu)
Professor: A ciência explica que temos cinco sentidos para identificar e observar o mundo a nossa volta.

 Me diga filho, alguma vez você viu Deus?
Estudante: Não senhor.
Professor: Alguma vez você sentiu o seu Deus? Sentiu o gosto? Cheirou? Alguma vez você já teve alguma sensação de Deus nesse sentido?
Estudante: não senhor, eu temo que não.
Professor: E ainda assim você continua acreditando nele?
Estudante: Sim
Professor: De acordo com perícia testável e Protocolo de demonstração, a ciência diz que seu Deus não existe. O que você diz a respeito rapaz?
Estudante: Nada. Só tenho fé.
Professor: Claro, a fé. Esse é o problema da ciência tem que enfrentar...
Estudante: Professor, existe no mundo o calor?
Professor: Sim
Estudante: E também existe frio?
Professor: Sim
Estudante: Não senhor, não existe.
(a classe ficou silenciosa com essa mudança dos eventos)
Estudante: Senhor, você pode ter muito calor, até mais calor, super calor, mega calor, calor branco, pouco calor e até calor nenhum. Mas não existe nada chamado frio. Podemos alcançar 458 graus abaixo de zero que seria a total ausência de calor, mas não podemos ir nada além disso. 

Não existe o Frio. Frio é apenas uma palavra que usamos para descrever a ausência total de calor.
 Não se pode medir o frio. Calor é energia. O frio não é o oposto do calor, apenas a ausência dele.
(Professor ficou em silêncio)
Estudante: E a escuridão professor? Existe a escuridão?
Professor: Sim. O que seria a noite se não existisse a escuridão?
Estudante: Você está errado de novo senhor. Escuridão é a ausência de algo. 

Você pode ter pouca luz, luz normal, luz brilhante, um flash. Mas se você não tiver luz constantemente você não tem nada e isso é chamado escuridão, não é?
 Na verdade escuridão não existe, se existisse você seria capaz de torná-la ainda mais escura, não poderia?
Professor: Mas o que você está tentando provar jovenzinho?
Estudante: Senhor, estou provando que sua filosofia é falsa.
Professor: Falsa? Pode me explicar como?
Estudante: O senhor está usando uma premissa de dualidade. Você discute que existe vida e existe morte, um bom Deus e um mau Deus. Você está vendo Deus com o conceito de uma coisa finita, algo que podemos medir.

 Senhor, a ciência não pode nem explicar o pensamento. Diz que usa eletricidade e electromagnetismo, mas nunca o viu e muito menos totalmente o entende.
 Para ver a morte como o oposto da vida tem que ser ignorante ao fato que a morte não pode existir como uma coisa substantiva.
A morte não é o oposto da vida e sim a ausência dela. 

Agora me diga professor, você ensina aos seus alunos que o homem evoluiu do macaco?
Professor: Se você está se referindo a teoria da evolução do homem, sim é claro que ensino.
Estudante: Alguma vez você teve a oportunidade de observar a evolução com seus próprios olhos?
(professor balança a cabeça e sorri quando percebe aonde o argumento vai leva-lo)
Estudante: Desde que ninguém nunca observou o processo da evolução e não pode nem provar que ela é um processo continuo.

 Você não está apenas ensinando a sua opinião senhor? E se ensina sua opinião você não é mais cientista do que um padre. Certo senhor?
Estudante: Existe alguém aqui que tenha alguma vez escutado o cérebro do professor? Sentido? Tocado ou sentido cheiro?

 Parece que ninguém nunca o fez certo? Então de acordo com as regras lógicas de protocolo de demonstração a ciência diz que o senhor não tem cérebro. Então, com todo o respeito senhor, como podemos confiar em suas palestras?
Professor: Imagino que você terá que aceita-las por fé meu jovem.
Estudante: É isso ai senhor!.. Exatamente!!! O link entre o homem e Deus é a mesma fé que mantém todas as coisas vivas e em movimento!!!
 Para aumentar o conhecimento sobre a fé.


A propósito esse estudante era 
Albert Einstein.

 Por Jewish College Night Parties
Tradução: Fred Litig




sexta-feira, 26 de abril de 2013

O QUE É A MEDIUNIDADE DE CURA?



É o tipo de mediunidade em que o médium pratica as chamadas curas espirituais ou cirurgias espirituais.
 Esses médiuns podem, com a ajuda direta ou indireta dos espíritos, abrir o caminho para aliviar e curar uma pessoa.
 Dizemos “abrir o caminho” por que ninguém pode curar alguém que não deseje ser curado ou que possua um forte carma que o obrigue a passar pelo estado de doença.

“Médiuns curadores – Os que têm o poder de curar ou de aliviar os males pela imposição das mãos ou pela prece.

 Esta faculdade não é essencialmente mediúnica, pois todos os verdadeiros crentes a possuem, quer sejam médiuns ou não. Freqüentemente não é mais do que a exaltação da potência magnética, fortalecida em caso de necessidade pelo concurso dos Espíritos bons” diz Allan Kardec em O Livro dos Médiuns.

Existem dois tipos principais de mediunidade de cura. A mediunidade de cura passiva e a ativa. Na mediunidade ativa os espíritos podem ser, eles mesmos, os agentes principais da cura, ou podem apenas auxiliar um processo que é conduzido ativamente pelo médium. Por exemplo, casos em que o médium doa seu magnetismo a uma pessoa e há espíritos auxiliando com uma doação extra de energia curativa tem a participação ativa do médium.

Mas o médium também pode participar passivamente, realizando aquilo que chamamos de mediunidade passiva de cura. Neste caso, ele apenas cede seu veículo físico ao espírito, que incorpora no médium, assumindo suas funções e movimentos, e o próprio espírito realiza a cura. Aqui o médium se encontra passivo e na maioria das vezes inconsciente, enquanto o espírito faz todo o trabalho.

A mediunidade de cura ativa e passiva pode ser ainda de dois tipos principais: com intervenções físicas e sem intervenções físicas. 

No primeiro caso, o médium incorpora um espírito que, utilizando-se de objetos físicos como facas, tesouras, agulhas, pomadas, ervas, e outros tipos de materiais, trata o atendido. 
A cura sem intervenção física usa apenas a incorporação do espírito com a energia curativa emanando do espírito através do médium. Tanto a intervenção física quanto a não-física podem ser chamadas de cirurgia espiritual.
 Existem as cirurgias espirituais físicas, com cortes e as psíquicas, ou não-físicas, que são naturalmente sem cortes.

No caso de um curador utilizar apenas a imposição de mãos para tratar um doente, esse processo não pode ser considerado mediúnico, posto que não há aí uma ação direta de nenhuma entidade, e todo o processo ocorre pela atuação do médium.

 Isso não significa, contudo, que os espíritos de luz não estejam agindo a partir dos planos espirituais em benefícios do doente, mas não há, neste caso, a ideia da intervenção necessária entre o médium e o espírito. 
Neste caso, uma pessoa que aplica um passe magnético num centro espírita não está exercendo uma função mediúnica, mas está utilizando um fluido próprio, que integra o potencial curativo do seu organismo e do seu perispírito, e transmitindo a outros.

Da mesma forma ocorre no Reiki, No Johrey, na cura prânica, na polaridade, e em outras técnicas de cura por imposição de mãos.

 O Reiki possui uma ligeira diferença diante de outras abordagens do gênero: a energia irradia pelas mãos do curador não pertence ao mesmo, mas é proveniente de uma fonte cósmica, de onde jorra uma energia inesgotável e sutil, que é captada pelo reikiano pela simples intenção de se impostar as mãos e transmitir a energia cósmica.

A transmissão da energia magnética não passa de um indivíduo ao outro apenas pela imposição de mãos, ela também pode ser irradiada pelo olhar, por um gesto, pela simples presença e também a distância, não importa o quão longe esteja o curador do atendido.

Existem indivíduos que tem o dom da cura, e trazem as habilidades de cura de outras existências passadas.

 Outros curadores, no entanto, podem receber o treinamento adequado e se tornarem curadores.
 O Reiki é um bom exemplo de técnica de formação de curadores. Qualquer pessoa que passe pela iniciação do primeiro grau do sistema Usui de Cura Natural pode se tornar um curador. Outros, porém, podem não precisar de nenhuma preparação, e já terem sido treinados em vidas passadas, em escolas esotéricas e treinamentos em templos da antiguidade, onde se praticavam os ritos mistéricos.

Há um terceiro caso em que um espírito, antes de encarnar, aceita a missão de ser, na Terra, um médium de cura, e para isso ele precisa apenas ser um bom veículo de expressão para que os espíritos de luz trabalhem nele, a fim de levar a cura a milhares de indivíduos e expandir a espiritualidade.

 Os espíritos que escolhem essa missão na maioria das vezes possuem um débito kármico considerável. Por esse motivo, a providência divina os concede a oportunidade de se tornarem canais de cura dos espíritos superiores, para que assim possam reparar uma parte, ou até mesmo a totalidade do mal que fizeram em vidas passadas.

Dizem que a mediunidade é um karma, e isso está bastante correto. Os médiuns são, muitas vezes, os maiores devedores da espiritualidade.

 Mas Deus, em sua infinita bondade e sabedoria, concede o instrumento da mediunidade para o resgate destes espíritos no amor e na caridade, seguindo as leis divinas e se tornando um instrumento do plano divino aliviando a dor de milhares ou centenas de milhares de espíritos em estado de sofrimento.

Uma das grandes provações do médium de cura é não se deixar levar pelas tentações do orgulho e da vaidade.

 Quando o médium começa a ser solicitado, admirado, requisitado, começa a ser muito falado, fica famoso e muitos começam a adorá-lo como um ídolo, seu ego pode atrapalhar sua missão, e há uma grande chance dele cair, estragar tudo e perder uma valiosíssima oportunidade de redimir seu karma e, o mais importante, ajudar pessoas e participar ativamente da obra de Deus no mundo.
 Há muitos médiuns de cura que caíram por sua vaidade e perderam a oportunidade de expandir ainda mais seu trabalho. Quando isso ocorre, a plêiade de espíritos que o acompanhavam em sua missão deve procurar outro veículo disponível para o mesmo tipo de trabalho.


quarta-feira, 24 de abril de 2013

UM APELO DOS DESENCARNADOS



Muitos encarnados clamam desesperadamente pelos que partiram, vertendo lágrima de fel, quando não acalentando ideias de suicídio na enganosa ilusão de reencontrá-los.

Há muito desassossego na vida psíquica dos desencarnados, toda vez que os
familiares não aceitam a separação ou procuram vingança, nos casos de desencarnação por assassinato, alimentando os sentimentos inferiores muitas envolvidos nesse processo.

Inúmeros outros comunicantes falam da dificuldade de adaptação ao mundo
espiritual por causa da perturbação dos familiares. Esse desequilibrio, muitas vezes intenso, não lhes permite a própria renovação no plano em que se encontram.

Vamos destacar alguns trechos das cartas dos desencarnados nos quais solicitam a compreensão dos familiares diante da separação. São pontos muito úteis para o nosso próprio preparo diante da morte:

(1) “Vejo seu rosto sem parar, todo banhado em lágrimas sobre o meu e sua voz me alcança de maneira tão clara que pareço carregar ouvidos no coração.
Ah, Mamãe! Eu não tenho o direito de pedir ao seu carinho mais que sempre recebi, mas se seu filho pode pedir mais alguma coisa à sua dedicação, não chore mais.”
(Alberto Teixeira através de Chico Xavier )

(2) “As lágrimas com que me recordam, caem no meu coração por chuva de fogo, o pensamento é uma ligação, que ainda não sabemos compreender.
Quando estiverem com as nossas lembranças mais vivas, comemorando acontecimentos, não se prendam à tristeza.

 Posso, porém, dizer-lhes que estou com vocês dois, assim como alguém que carregasse no ouvido um telefone obrigatório.
 Não estou em casa, mas ouço e vejo quanto se passa.
Nosso amigos daqui me esclarecem que isso passará quando a saudade for mais limpa entre nós. Saudade limpa!.

 Nunca pensei nisso! Mas dizem que a saudade que se faz esperança no coração, é assim como um céu claro, mas a saudade sem paciência e sem fé no futuro é semelhante a uma nuvem que se
prende com a sombra e tristeza aqueles que dão alimento na própria alma.”
(Marilda Menezes através de Chico Xavier)

(3) “Estou presente, rogando à senhora que me ajude com a sua paciência.
Tenho sofrido mais com as suas lágrimas do que mesmo com a libertação do corpo.

 Isso porque a sua dor me prende à recordação de tudo o que sucedeu.
 E quando a senhora começa a perguntar como teria sido o desastre, no silêncio do seu desespero, sinto-me de novo na asfixia”.
(William José Guagliardi através de Chico Xavier )

“Evidentemente que não vamos cultivar falsa tranquilidade, considerando natural que alguém muito amado parta para o plano espiritual. Por maior que seja a nossa compreensão, com certeza sofreremos muito.

 No entanto, devemos manter a serenidade, a confiança em Deus, não por nós mesmos, mas sobretudo em benefício daquele que partiu. 
Mais do que nunca ele precisa de nossa ajuda, e principalmente de nossas orações.”


segunda-feira, 22 de abril de 2013

A IMPORTÂNCIA DE GOSTAR DA VIDA NA TERRA



 
  No Caminho Espiritual, há muitos trabalhadores da luz cujo único propósito é fugir da vida na Terra. Eles mal conseguem esperar pela libertação, pela ascensão e pelo momento de partir. 
Há outros que consideram a Terra uma espécie de prisão. Tudo isso não passa de pensamentos equivocados. 

   Na verdade, como já disse muitas vezes nos meus livros, o universo Material e a Terra são um dos “Sete Céus” de DEUS. O propósito da vida e do Plano Divino é fazer com que o Universo Material e a Terra reflitam a consciência pentadimensional e além dela.

   A Terra quando se tem dela uma visão correta, é uma escola de evolução espiritual, uma escola que nos faz praticar a Presença de DEUS e o serviço Espiritual.

   Para ser realista, às vezes ela é uma escola muito dura, o que é agravado pelo fato de a consciência de massa não ser muito avançada. Isso vai começar a mudar na medida que entramos na Sétima Idade de Ouro.

   Nos Caminhos Espirituais do Oriente e na Tradição Budista, o gosto pela vida na Terra não é devidamente tratado. O Oriente tende a rejeitar a matéria e o Ocidente tende a se identificar demais com ela. As duas abordagens são desequilibradas.

   Para se tornar um Mestre Ascensionado pleno e integrar a Deusa, é essencial gostar da vida na Terra e ter prazer em estar aqui. Há muitos trabalhadores da luz que são workaholics e, no outro lado da moeda, há os que são hedonistas. O Senhor Buda demonstrou, em sua vida, como são falsas as duas abordagens e, é claro, ensinou a moderação em todas as coisas.

   Não encarnamos neste mundo só para buscar a libertação e a ascensão, passar por níveis elevados de iniciação e depois partir. Mas essa é a atitude de muitos trabalhadores da luz. Com a chegada da Sétima Idade de Ouro, é hora de trazer DEUS à Terra, de trazer a consciência de DEUS a todos os aspectos da vida na Terra. Para isso temos que mergulhar na vida terrena. Nosso envolvimento com a vida na Terra tem que ser total, mas não podemos nos identificar demais com ela. DEUS e os Mestres Ascensionados do plano interior estão pedindo que todos os Mestres e iniciados de alto nível permaneçam na Terra, mesmo que já tenham atingido a libertação e passado pelas iniciações de ascensão. O objetivo é reunir “Um Novo Grupo de Servidores Mundiais”para transformar o mundo e a civilização terrena. Deus e os Mestres querem que discípulos, iniciados e Mestres se integrem a todas as instituições terrenas, a todos os aspectos da sociedade terrena, para transformá-los de dentro para fora. O mundo precisa de Mestres e iniciados de alto nível na política, nas escolas, nas instituições econômicas, como líderes religiosos, médicos, advogados, cientistas, arquitetos, servidores sociais, terapeutas, artistas, homens e mulheres de negócios, só para dar alguns exemplos. Para isso, os trabalhadores da luz têm que se envolver com a vida terrena e aceitá-la plenamente como uma “Face de DEUS”.

   Quem aceita e ama a Terra e a vida na Terra, aceita também a Deusa e a Mãe Divina, pois elas integram a essência da fisicalidade. Não é possível integrar a Deusa sem aceitar e amar plenamente a Terra e a vida na Terra.

    É muito importante viver uma vida equilibrada. É importante realizar o serviço espiritual e as práticas espirituais, manter o controle sobre os próprios negócios e as próprias finanças e dominar todos os detalhes da existência terrena. Isso exige muito trabalho e uma atitude realista. No entanto, é essencial ter tempo para aproveitar este Sétimo Céu de DEUS!

   Gostaria de falar um pouco sobre algumas coisas maravilhosas que há na Terra, que nós todos conhecemos mas nem sempre lembramos de aproveitar. A beleza da natureza é a primeira coisa que me ocorre. As estrelas no céu da noite. O gosto de uma refeição bem preparada. Fazer amor com quem amamos. Um banho quente. Ir ao cinema. Ver nossos programas prediletos na tv. Assistir a um bom evento esportivo. Ir para a cama quando estamos cansados. Trabalhar no jardim. Brincar com os animais. Admirar a beleza de nossa própria casa depois de arrumá-la. Uma boa massagem. Sair de férias. Encontrar os amigos só para se divertir e conversar. Ver o pôr-do-sol. Visitar os Centros de Poder Espiritual do planeta. Fazer caminhadas no campo. Sentir as cores e os cheiros da vida na Terra. Parar para cheirar as rosas. Comer as verduras que plantamos no nosso jardim. Ler um bom livro. Ir ao teatro, a um concerto ou a uma exposição de arte. Ouvir boa música no conforto da nossa casa. Ajudar quem precisa e ver o amor, a alegria e a gratidão de quem recebe a ajuda. A lista é interminável.

   A verdade é que muitas das coisas que mencionei não existem nas dimensões mais altas da realidade. Depois de atingir a libertação, talvez nunca mais tenhamos a experiência de viver num corpo terreno. Por isso, é melhor aproveitar esta experiência única e as lentes que ela nos fornece. Muitos seres que vivem em dimensões mais altas gostariam muito de ter a oportunidade de encarnar num corpo físico e experimentar a vida através dos sentidos e do aparato que o corpo nos oferece. Há uma lista de espera para entrar na escola terrena e o corpo físico é um privilégio muito cobiçado.

   Dos últimos 3.1 bilhões de anos da História da Terra, esta é uma das épocas mais extraordinárias para encarnar. É extremamente importante saber disso. É agora que começa o novo milênio, que termina a Era de Peixes e começa a Era de Aquário. Vivemos na época do fim do Calendário Maia e do início da Sétima Idade de Ouro do planeta. No período que vai de 1980 a 2025, haverá mais crescimento espiritual, neste planeta, do que nos últimos 3.1 bilhões de anos de evolução. Você quer deixar a Terra agora e perder a oportunidade de ouro de fazer parte desse extraordinário salto quântico na evolução da Terra? Está próximo o momento de os Extraterrestres entrarem abertamente em contato com o governo e com os povos do nosso planeta. Vivemos numa época em que a Deusa começa a retornar ao seu lugar de direito no destino da Terra. Vivemos numa época de externalização da Hierarquia e de restabelecimento das Escolas de Mistérios do Senhor Buda, do Senhor Maytrea e da Hierarquia Planetária. Vivemos em uma época m que os Arcanjos e Anjos estão se deixando conhecer na Terra. Vivemos numa época em que é possível passar pelas iniciações em alguns anos quando, antes, isso levava várias vidas. Vivemos numa época em que o sistema solar, a galáxia e até mesmo o Universo voltam a atenção para a Terra por causa do período singular e da aceleração espiritual que nosso planeta está atravessando.

   Meu amado Leitor, não é para ficar entusiasmado com tudo isso? Na história da Terra, pela primeira vez há livros, celebrações, workshops, seminários e recursos espirituais em abundância, que lhe fornecem tudo o que você precisa saber para dominar a vida no nível Espiritual, psicológico e terreno.

   Não esqueça que a felicidade e a paz interior são estados mentais, pontos de vista e atitudes que temos com relação à vida. Todos nós sabemos que os pensamentos criam a realidade. O mundo é uma tela de projeção de nossas atitudes, nossos pensamentos e de nossos sistemas de crenças. Só não somos felizes quando deixamos que algum pensamento equivocado do ego negativo nos invada a mente e o coração. Não estou julgando ninguém, mas tentando animá-lo a mudar rapidamente de atitude e de ponto de vista, para que seus sentimentos e emoções se modifiquem. A chave para o sucesso é ver a vida do ponto de vista de Melquisedeque, Cristo e Buda. Como você percebe ao ler este capítulo, há muita coisa para deixá-lo entusiasmado por estar vivendo, no Universo Material e na Terra, nesta época. Aproveite plenamente essa oportunidade. Comparado ao quadro maior da evolução espiritual, nosso tempo aqui é muito curto. A vida na Terra nos oferece oportunidades de aprendizado e crescimento espiritual que os planos interiores de outros planetas não oferecem. Tire proveito não apenas desta oportunidade de ouro mas, também desta oportunidade de platina, de viver a sua própria entrada, e a da Terra inteira, na Sétima Idade de Ouro!

Dr. Joshua David Stone
do livro “COMO SE LIVRAR DE PENSAMENTOS E SENTIMENTOS DECORRENTES DO MEDO – Um Estudo Profundo de Psicologia Espiritual – Volume 2 "
2001 – Editora Pensamento-Cultrix Ltda. 11ª. Edição – ano 2011.


sábado, 20 de abril de 2013

O OTIMISMO É FORÇA CRIADORA





Há algum tempo, lendo o jornal, algumas frases nos chamaram a atenção. 
Eram idéias de um escritor afirmando que, quanto mais pessimistas haja, melhor, já que estes é que mudarão o mundo, uma vez que para os otimistas o mundo está ótimo.
De duas, uma: ou o escritor não sabe o significado dos termos pessimismo e otimismo, ou está tentando sofismar.
Pessimismo, segundo os dicionários, é "opinião ou sistema dos que acham tudo péssimo ou de tudo esperam o pior."
Otimismo é o "sistema de julgar tudo o melhor possível; tendência para achar tudo bem."
Ora, em nenhum momento se pode deduzir que o otimista seja um ser passivo, inerte, que nada move para melhorar a situação. O otimista é aquele que percebe que as coisas não estão bem, mas sabe que poderão melhorar, e faz a sua parte.
Já o pessimista, que de tudo espera o pior, não vê à sua frente senão abismos e trevas. Tudo para ele está péssimo e não há nada que se possa fazer para que fique melhor.
Há um desenho animado que retrata muito bem esse tipo. 
Trata-se de uma hiena, personagem Hardy, da dupla Lippy e Hardy. Ela sempre aparece dizendo: "Oh vida! Oh dia! Oh azar!"
Quando Lippy, o seu companheiro leão, a convida para fazer alguma coisa, Hardy, imediatamente expressa sua posição de derrota dizendo: "isso não vai dar certo!"
O otimista, por sua vez, se percebe que o mar está revolto, que o barco pode naufragar, sempre encontra motivos para continuar lutando, e, geralmente, logra êxito.
Dessa forma, é fácil deduzir que, se alguém pode modificar o mundo para melhor, deve primeiro acreditar que o mundo pode ser melhorado, e esse alguém só pode ser um otimista, jamais um pessimista, que considera o mundo péssimo, caminhando para pior.
Assim sendo, não nos deixemos levar por sofismas que, sem uma análise mais detida, podem parecer verdadeiros.
O otimismo gera entusiasmo, e o entusiasmo é gerador de confiança em si mesmo.
Enquanto o pessimista vê, na semente enterrada no solo, apenas a podridão, o otimista percebe a vida prestes a eclodir.
Enquanto o pessimista senta e observa as sombras que o circundam, o otimista abre as janelas da esperança e vislumbra, adiante, a claridade que logo mais o envolverá.
Enquanto o pessimista entra, em cada crepúsculo, no mesmo cemitério para lastimar a morte, o otimista escala, em cada amanhecer, a cerca de um jardim para aspirar o perfume de novas flores.
"O otimismo é estímulo para o trabalho, vigor para a luta, saúde para a doença das paisagens espirituais e luz para as densas trevas que se demoram em vitória momentânea."

"Podemos ir longe, se começarmos de muito perto. 
Em geral começamos pelo mais distante, 
o "supremo princípio", "o maior ideal", 
e ficamos perdidos em algum sonho vago do pensamento imaginativo.
Mas quando partimos de muito perto, 
do mais perto, que é nós, 
então o mundo inteiro está aberto 
- pois nós somos o mundo.
Temos de começar pelo que é real, 
pelo que está a acontecer agora, 
e o agora é sem tempo."
Krishnamurti


quinta-feira, 18 de abril de 2013

A FELICIDADE



Um dia, perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes, qual foi a
sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual.
Ele respondeu-me:
— A minha maior felicidade, meu filho, foi quando
Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou
do leito em que eu ainda estava dormindo, e, tocando-
me, falou, suavemente:
— Bezerra, acorde, Bezerra!
Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.
— Minha filha, é você, Celina?!
— Sim, sou eu, meu amigo. A Mãe de Jesus pediu-me
que lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior,
havendo atravessado a porta da imortalidade. Agora,
Bezerra, desperte feliz.
Chegaram os meus familiares, os companheiros que­
ridos das hostes espíritas que me vinham saudar. Mas,
eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora.
Então, Celina, me disse:
— Venha ver, Bezerra.
Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até
uma sacada, e eu vi, meu filho, uma multidão que me
acenava, com ternura e lágrimas nos olhos.
— Quem são, Celina? — perguntei-lhe — não conheço a
ninguém. Quem são?
— São aqueles a quem você consolou, sem nunca
perguntar-lhes o nome. São aqueles Espíritos
atormentados, que chegaram às sessões mediúnicas e a
sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa
ferida em chaga viva; são os esquecidos da terra, os
destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou.
São eles, que o vêm saudar no pórtico da eternidade…
E o Dr. Bezerra concluiu:
— A felicidade sem lindes existe, meu filho, como
decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que
enxugamos, das palavras que semeamos no caminho,
para atapetar a senda que um dia percorreremos.



('Lindos casos de Bezerra de Menezes - Ramiro Gama'')

terça-feira, 16 de abril de 2013

COMPAIXÃO...




O pai e a mãe da pequena criança a beijam antes de se despedir
ela não mais resistirá à doença.
E porque os médicos estão todos se reclinando diante dela?
Porque alguns minutos depois de sua morte, seus rins salvarão
a vida de outras duas crianças que estão no mesmo hospital.

A solidariedade e a compaixão são dois dos mais belos sentimentos humanos, que merecem nossa admiração sempre.

domingo, 14 de abril de 2013

A RELIGÃO CÓSMICA DO AMOR


Toda crença religiosa que se firma no amor é digna de respeito e carinho. 
O objetivo essencial da fé religiosa é dignificar a criatura humana, tornando-a melhor moralmente e preparando-a para desenvolver os valores espirituais que lhe dormem no íntimo.
Em razão do mergulho na matéria, o Espírito aturde-se, e quase sempre olvida os compromissos assumidos na Espiritualidade, deixando-se comandar pelas manifestações do instinto que o ajudaram nos períodos remotos da evolução, mas que foram suplantados pelo discernimento e pela consciência, permanecendo somente aqueles que preservam a vida e dão sentido existencial.
Na neblina carnal, no entanto, a predominância da matéria, como é compreensível, dificulta o discernimento a respeito da finalidade da reencarnação, facultando que os sentidos físicos se direcionem para o prazer, para o gozo, para a satisfação das necessidades biológicas.
A consciência, no entanto, trabalha pela eleição do significado existencial, do equilíbrio emocional, do bem-estar espiritual, alargando os horizontes da percepção para as conquistas relevantes e significativas que acompanharão o ser após o seu inevitável decesso tumular.
Por esses motivos, entre outros, a necessidade de uma religião que se expresse em lógica e praticidade, destituída dos aparatos e das fantasias, dos interesses sórdidos do comportamento material, faz-se imprescindível para enriquecer os seres humanos de beleza e harmonia. Isto porque a conquista da lógica, no longo roteiro evolutivo, impõe a necessidade de compreender-se tudo quanto se deseja vivenciar, a fim de constatar-se a sua resistência frente à razão em quaisquer circunstâncias.
Assim sendo, não há mais lugar para qualquer tipo de crença religiosa que se apresente com manifestações totalitárias, eliminando a capacidade do crente de pesquisar, de aceitar ou não os seus postulados, sendo-lhe exigido crer sem entender. É certo que ainda surgem segmentos religiosos fundamentados no fanatismo, geradores de lutas e de intolerância, tentando impor-se pela força dos seus dirigentes políticos ou de outra espécie, mas não pela sua estrutura racional e profunda.
Naturalmente, ante o impacto do progresso, aqueles que lhes aderem ao comportamento, logo desenvolvem o senso da razão e os abandonam, isso quando não lhes permanecem vinculados por frutos apodrecidos dos interesses materiais que lhes rendem prestígio, poder e recursos econômicos...
Nesse caso, destituídos do sentimento de amor, de compreensão e de bondade, estando ausentes o respeito pelo próximo e pelo seu direito de acreditar naquilo que mais lhe convém e felicita, essas estranhas doutrinas mais atormentam do que consolam, seduzindo grande fatia da sociedade que ainda permanece vitimada pelos atavismos, quando se fizeram poderosas e esmagaram aqueles que eram considerados adversários de comportamento enfermiço.
Foram essas religiões, trabalhadas pela força política e pelos impositivos da ignorância, que se encarregaram de afastar os fiéis das diretrizes do amor que conduz a Deus, abrindo espaço para os comportamentos agressivos e a revolta constante, facultando o desenvolvimento do materialismo e no niilismo, que lhes bloquearam a capacidade de crer e, por efeito, de abraçar os ideais de religação com a Divindade.
Nesse báratro, a misericórdia divina proporcionou à Humanidade uma crença religiosa que atende perfeitamente ao mandamento maior e, ao mesmo tempo, conforta e tolera tantos quantos não lhe dão guarida.
Trata-se do Espiritismo, que se faz resposta eloquente do amor de Deus às criaturas ansiosas que lhe suplicavam diretrizes e oportunidade de crescimento, assim como de recursos para a conquista da felicidade.
O Espiritismo, ademais de fundamentar-se no amor através da ação da caridade, é Doutrina profundamente racional, que esclarece o aprendiz a respeito das razões da crença e da sua legitimidade, por estruturar-se na linguagem iniludível dos fatos.
Jesus, quando esteve na Terra, elegeu o amor como sendo fonte de sabedoria e de iluminação mais poderosa que se pode conhecer.
Estabelecendo como essencial o amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, não renegou as crenças que predominavam na cultura de então, lamentando que as mesmas não possuíssem essa especial conduta, perdidas em aparência e cerimoniais que mataram o conteúdo essencial de que Moisés se fizera portador ao apresentar os Dez Mandamentos.
Neles estão inscritos, sem dúvida, os códigos éticos de alta magnitude, responsáveis pela ordem social e moral da Humanidade, numa síntese que facultaria ao direito civil em muitos países fundamentar os seus postulados naquelas seguras regras de comportamento.
Jesus, complementando, porém, a propositura do amor, de que a sua doutrina se faz o reservatório inexaurível, transformou-o em código superior de socorro aos infelizes de todos os matizes, utilizando-se da ação da caridade como sendo a sua expressão mais elevada.
Todas as suas palavras fizeram-se revestir pelos sublimes exemplos, pelas ações, pelos fatos extraordinários que passaram à Humanidade, confirmando-lhe o messianato, demonstrando ser Ele o Embaixador de Deus, aquele que todos esperavam, mas preferiram não aceitar, porque Ele feria de morte as paixões inferiores, os interesses mórbidos dos religiosos equivocados, que se compraziam em manter os crentes na ignorância, a fim de melhor explorá-los.
Por sua vez, Ele sempre elucidava todos os enigmas que atormentavam as pessoas, explicando a necessidade do amor em todas as expressões: ao trabalho, ao dever, à família, ao próximo de toda procedência, mas acima de tudo ao Pai Criador.
Submeteu-se às arbitrariedades do poder temporal para demonstrar a sua fragilidade na sucessão dos tempos, especialmente diante da morte que a todos arrebata, modificando as estruturas do mundo e das próprias criaturas.
Jamais se permitiu ceder aos caprichos dos adversários da verdade, divulgando-a e vivendo-a nas situações mais ásperas e agressivas.
Com a sua visão superior, conhecia a fragilidade daqueles que se candidatavam ao ministério de sua palavra, tolerando-lhes a fraqueza moral, mas não anuindo com ela, de modo que anunciou O Consolador, que Ele rogaria ao Pai enviar, a fim de que o rebanho não ficasse esparramado, sem diretrizes de segurança, nos momentos difíceis do futuro que se apresentariam para a conquista da real felicidade...E cumpriu a promessa, por ocasião do advento do Espiritismo.
O amor realmente deverá ser um dia a mais bela conduta, a mais significativa, a psicoterapêutica preventiva e curadora, tornando-se uma forma de religiosidade que fascinará a todas as criaturas.
Ao Espiritismo compete, portanto, o dever, através dos espíritas sinceros, de propagar os seus postulados, de divulgar imorreduras lições do Evangelho, de demonstrar a excelência de seus paradigmas, o alto significado de se que fazem instrumento as comunicações espirituais, a magnitude da reencarnação, a convivência com o bem e a sintonia com o inefável amor de nosso Pai.
A religião cósmica do amor, desse modo, no Espiritismo encontra o solo abençoado e fértil para apresentar-se e enflorecer-se, produzindo os frutos da felicidade que todos aspiram, sem nenhuma desconsideração pelas demais que se fundamentem no mandamento maior, vivendo a tolerância e a caridade indiscriminada.

Psicografia de Divaldo Franco - Joanna de Ângelis (espírito) Livro: Entrega-te a DEUS.




sexta-feira, 12 de abril de 2013

A GALINHA AFETUOSA




Gentil galinha, cheia de instintos maternais, encontrou um ovo de regular tamanho e espal­mou as asas sobre ele, aquecendo-o carinhosa­mente. 
De quando em quando, beijava-o, enter­necida. Se saia a buscar alimento, voltava apressada, para que lhe não faltasse calor vitalizante. E pensava, garbosa: - "Será meu pintainho! será meu filho!"
Em formosa manhã de céu claro, notou que o filhotinho nascia, robusto.
Criou-o, com todos os cuidados. No entanto, em dourado crepúsculo de verão, viu-o fugir pelas águas de um lago, sobre as quais deslizava contente. Chamou-o, como louca, mas não obteve resposta. O bichinho era um pato arisco e fujão.
A galinha, desalentada por haver chocado um ovo que lhe não pertencia à família, voltou muito triste, ao velho poleiro; todavia, decorrido algum tempo e encontrando outro ovo, repetiu a experiência.
Nova criaturinha frágil veio à luz. Protegeu-a, com ternura, dedicou-se ao filho com todas as forças, mas, em breve, reparou que não era um pintainho qual fora, ela mesma, na infância. Tratava-se dum corvo esperto que a deixou em doloroso abatimento, voando a pleno céu, para juntar-se aos escuros bandos de aves iguais a ele.
A desventurada mãe sofreu muitíssimo. Entretanto, embora resolvida a viver só, foi surpreendida, certo dia, por outro ovo, de delicada feição. Recapítulou as esperanças maternas e chocou-o. Dentro em pouco, o filhote surgia. A galinha afagou-o, feliz, mas, com o transcurso de algumas semanas, observou que o filho já crescido perseguia ratos à sombra. Durante o dia, dava mostras de perturbado e cego; no entanto, em se fazendo a treva, exibia olhos coruscantes que a amedrontavam. Em noite mais escura, fugiu para uma torre muito alta e não mais voltou. Era uma coruja nova, sedenta de aventuras.
A abnegada mãe chorou amargamente. Porém, encontrando outro ovo, buscou ampará-lo. Aninhou-se, aqueceu-o e, findos trinta dias, veio à luz corpulento filhote. A galinha ajudou-o como pôde, mas, em breve, o filho revelou crescimento descomunal. Passou a mirá-la de alto a baixo. Fez-se superior e desconheceu-a. Era um pavãozinho orgulhoso que chegou mesmo a maltratá-la.
A carinhosa ave, dessa vez, desesperou em definitivo. Saiu do galinheiro gritando e dispunha-se a cair nas águas de rio próximo, em sinal de protesto contra o destino, quando grande galinha mais velha a abordou, curiosa, a indagar dos motivos que a segregavam em tamanha dor.
A mísera respondeu, historiando o próprio caso.
A irmã experiente estampou no olhar linda expressão de complacência e considerou, cacarejando:
- Que é isto, amiga? não desespere. A obra do mundo é de Deus, nosso Pai. Há ovos de gansos, perus, marrecos, andorinhas e até de sapos e serpentes, tanto quanto existem nossos próprios ovos. Continue chocando e ajudando em nome do Poder Criador; entretanto, não se prenda aos resultados do serviço que pertencem a Ele e não a nós, mesmo porque a escada para o Céu é infinita e os degraus são diferentes. Não podemos obrigar os outros a serem iguais a nós, mas é possível auxiliar a todos, de acordo com as nossas possibilidades. Entendeu?
A galinha sofredora aceitou o argumento, resignou-se e voltou, mais calma, ao grande parque avícola a que se filiava.
O caminho humano estende-se, repleto de dramas iguais a este. Temos filhos, irmãos e parentes diversos que de modo algum se afinam com as nossas tendências e sentimentos. Trazem consigo inibições e particularidades de outras vidas que não podemos eliminar de pronto. Estimaríamos que nos dessem compreensão e carinho, mas permanecem imantados a outras pessoas e situações, com as quais assumiram inadiáveis compromissos. De outras vezes, respiram noutros climas evolutivos.
Não nos aflijamos, porém.
A cada criatura pertence a claridade ou a sombra, a alegria ou a tristeza do degrau em que se colocou.
Amemos sem o egoísmo da posse e sem qual­quer propósito de recompensa, convencidos de que Deus fará o resto.
XAVIER, Francisco Cândido. Alvorada Cristã. Pelo Espírito Neio Lúcio.