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segunda-feira, 2 de maio de 2011
O PODER DO PERDÃO
O que é o Perdão?
A palavra grega traduzida como “perdoar“ significa literalmente cancelar ou remir. Significa a liberação ou cancelamento de uma obrigação e foi algumas vezes usada no sentido de perdoar um débito financeiro.
Para entendermos o significado desta palavra dentro do conceito bíblico de perdão, precisamos entender que o pecador é um devedor espiritual. Até Jesus usou esta linguagem figurativa quando ensinou aos discípulos como orar: “e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores“ (Mateus 6:12).
Uma pessoa se torna devedora quando transgride a lei de Deus (1 João 3:4).
Cada pessoa que peca precisa suportar a culpa de sua própria transgressão (Ezequiel 18:4, 20) e o justo castigo do pecado resultante (Romanos 6:23). Ele ocupa a posição de pecador aos olhos de Deus e perde sua comunhão com Deus (Isaías 59:1-2; 1 João 1:5-7).
Como ser perdoado? Se me arrepender agora, o Senhor me perdoa?
SIM! (Jeremias 31:34). Deus está sempre pronto a perdoar e fica feliz ao fazer isso, pois deu o seu Filho unigênito - Jesus Cristo, para isso. (João 3:16)
Leia em sua Bíblia: A parábola do filho pródigo em Lucas 15:11-32.
O que acontece quando recebo o perdão?
Começa a experimentar o amor de Deus (beijos e abraços), vida nova e santa (roupas), autoridade (anel), liberdade para viver (sandálias), muita comunhão (festa), certeza da vida eterna, etc.
O perdão precede cura e a maravilhosa vida de Cristo (João 10:10b).
Mas, é bom lembrar que o perdão não é a remoção das conseqüências temporais de nosso pecado. O homem que assassina outro pode arrepender-se e procurar o perdão, mas ainda assim sofrerá o castigo temporal da lei humana. Mesmo se perdoado, pode ter que passar o resto de sua vida na prisão. O perdão remove as conseqüências eternas do pecado.
O que acontece se recuso o perdão?
Continuo impuro, separado do amor de Deus, sem vida verdadeira, sem autoridade, sem liberdade, escravo do pecado, sem comunhão com Deus, sujeito a enfermidades, tormentos, em horrível expectação de juízo (Hebreus 10:26).
O que preciso fazer para ser perdoado?
1. Precisa reconhecer que é pecador e querer ser perdoado (Lucas 18:13-14). Como Deus vai perdoar alguém que não reconhece que é pecador e quer ser perdoado? É o arrependimento (Atos 2:38). A escritura diz que “sem arrependimento” não há remissão de pecados, pois o arrependimento é o desejo de mudança de vida (Lucas 3:8, Atos 26:20).
2. Confessar os pecados (Mateus 3:6). Quando reconhecemos a culpa e confessamos, recebemos o perdão como o Rei Davi recebeu (Salmos 32:5) e como João ensinou (1João 1:9).
3. Deixar os pecados (Provérbios 28:13). Se quisermos ser perdoados, além de confessar devemos ter o propósito de não mais pecar (João 8:11).
4. Um outro requisito muito importante é perdoar. A quem? A TODOS QUE NOS OFENDERAM, inclusive a nós mesmos. O perdão que recebemos só permanece se perdoarmos os que nos ofenderam (Mateus 6:14-15), lembrando que Cristo nos perdoou (Efésios 4:32). Leia também Mateus 18:21-35.
Finalmente devemos pedir perdão e perdoar em nome de Jesus. Porque? Porque o pecado é um débito que nós não podemos pagar, mas Jesus pagou na cruz por nós.
O crédito pertence a Ele e só Ele pode nos dar este crédito. N’Ele, Deus o Pai, pode nos perdoar completamente, mantendo sua justiça (Mateus 1:21; 1 João 2:12).
No passado, quando alguém pecava, levava um cordeiro sem defeito ao sacerdote, impunha as mãos sobre ele, confessava o pecado e o matava, derramando o sangue no altar. Saía feliz por haver pago o pecado através do derramamento de sangue justo. Mas isso era apenas uma figura, pois sangue de animais não pode remir o ser humano.
Mas Jesus, sendo Deus, se fez humano e como o cordeiro do passado derramou seu sangue justo e levou sobre si no madeiro, todos os nossos pecados (Isaías 53:4-5).
Que oportunidade maravilhosa Deus nos dá. Não é necessário tentar entender este grande mistério, mas crer que Deus fará o que prometeu àquele que receber pela fé o sacrifício de seu Filho Jesus.
“Então Pedro se aproximou dele e disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Respondeu Jesus: Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete”. ( Jesus- Mateus 18, 21 a 35)
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O Perdão, virtude exercitada com pouca freqüência, tanto beneficia quem perdoa quanto aquele que é perdoado.
Jesus Cristo, no contexto da sua imensa sabedoria, ensinou aos homens, através do perdão, o verdadeiro caminho para a paz e a serenidade que tanto almejam.
Usado no ambiente doméstico faz crescer e fortalecer os laços de afetividade entre os membros da família. Cultivado no meio social dá origem a uma ambiência de compreensão e tolerância junto aos integrantes de uma comunidade. Vivenciado no âmago das nações e povos evita o surgimento das guerras cruentas e nefastas, que tantos males proporcionam aos seres humanos.
A criatura que já consegue exercitá-lo, no quotidiano, dá evidentes demonstrações de que vem superando o orgulho e o egoísmo, essas deletérias chagas que tem feito correr rios de lágrimas e nascer montanhas de dor em tantos corações.
Quando somos ofendidos e guardamos mágoas ou ressentimentos é o mesmo que represarmos, na intimidade, poças de ácido e veneno que acabam por nos prejudicar imensamente, nos vinculando às zonas inferiores da vida. Já quando conseguimos perdoar, sublimamos os nossos sentimentos de tal forma que atraímos os recursos indispensáveis da saúde, nos ligando às forças superiores da existência.
Sabendo que a vida devolve a cada um o que a ela é oferecido, até por uma questão de inteligência é melhor perdoar.
Quem ousaria afirmar que nunca precisou do perdão de alguém? Como não perdoar se temos constantemente necessidade do perdão alheio?
A palavra divina, simbolicamente no texto de Jesus, que informa ser necessário perdoar “setenta vezes sete”, na verdade nos ensina que o exercício dessa oportuna virtude precisa ser feito sempre, quantas vezes forem necessárias. Quanto mais perdoamos os erros alheios mais nos aproximamos da claridade oferecida por Jesus e mais nos distanciamos dos ambientes trevosos que nos prendem aos círculos rasteiros da vida.
Perdoar é divino e significa entender que não somos melhores do que ninguém. Quem já aprendeu a perdoar carrega consigo um semblante descontraído e alegre e no peito ostenta um coração leve e despreocupado. Já quem retém rancor e ódio mostra, em geral, um rosto fechado e sisudo e um coração amargo e infeliz.
Obviamente, temos liberdade para escolher quais caminhos seguir, mas uma vez escolhidos, por certo, colheremos os reflexos decorrentes das deliberações tomadas.
Reflitamos...
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