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domingo, 27 de outubro de 2013

ALZHEIMER: UMA MOLÉSTIA ESPIRITUAL



Dr. Américo Marques Canhoto
Américo Marques Canhoto, médico especialista, casado, pai de quatro filhos, nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal.

Médico de família desde 1978. Atualmente, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto - Estado de São Paulo - Brasil.
Conheceu o Espiritismo em 1988.
Recebia pacientes que se diziam indicados por um médico: Dr. Eduardo Monteiro.
Procurando por este colega de profissão, descobriu que esse "médico" era um espírito, que lhe informou: "Alzheimer, acima de tudo, é uma moléstia que reflete o isolamento."
Queremos dividir com os leitores um pouco de algumas das observações pessoais a respeito dessa moléstia, fundamentadas em casos de consultório e na vida familiar - dois casos na família.
Além de trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas acontecem no momento atual.
Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje?
Serão confiáveis como sempre foram?
Se tudo está mais precoce, o que impede de doenças com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam, agora, pela casa dos 50 ou até menos?
Alerta
É incalculável o número de pessoas de todas as idades ( até crianças ) que já apresentam alterações de memória recente e de déficit de atenção ( primeira fase da doença de Alzheimer ). Lógico que os motivos são o estilo de vida atual, estresse crônico, distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros, etc.
Mas, quem garante que nosso estilo de vida vai mudar?
Então, quanto tempo o organismo suportará antes de começar a degenerar?
É possível que, em breve, tenhamos jovens com Alzheimer?
Alguns traços de personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer, que em nossa experiência temos observado, repetem algumas características :
  • Costumam ser muito focadas em si mesmas;
  • Vivem em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam um processo de co-dependência e até de simbiose. A partir do momento que a outra pessoa passa a não querer mais essa dependência ou simbiose, o portador da doença (que ainda pode não ter se manifestado), passa a não ter mais em quem se apoiar e, ao longo do tempo, desenvolve processos de dificuldade, em questões como orientação espacial e temporal;
  • Seus objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução);
  • São de poucos amigos; gostam de viver isoladas;
  • Não ousam mudar; conservadoras até o limite;
  • Sua dieta é sempre a mesma. (Os alimentos que fogem às suas preferências, fazem-lhes mal, portanto, são muito restritos em variedade);
  • Criam para si uma rotina de "ratinho de laboratório";
  • São muito metódicas. ( Sempre os mesmos horários e sempre as mesmas coisas, mesmos alimentos, mesmas roupas);
  • Costumam apresentar pensamentos circulares e idéias repetitivas bem antes da doença se caracterizar;
  • Cultivam manias e desenvolvem TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo);
  • Teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar;
  • A leitura os enfastia;
  • Não são chegadas em ajudar ao próximo;
  • Avessas á prática de atividades físicas;
  • Facilmente entram em depressão;
  • Agressividade contida;
  • Lidam mal com as frustrações que sempre, tentam camuflar;
  • Não se engajam em nada, sempre dando desculpas para não participar;
  • Apresentam distúrbios da sexualidade, como impotência precoce e frigidez;
  • Bloqueadas na afetividade e na sexualidade, algumas têm dificuldades em manifestar carinho.
  •  Para elas um abraço, um beijo, um afago requer um esforço sobre-humano; 
Gatilhos que costumam desencadear o processo
Na atualidade, a parcela da população que corre mais risco, é a dos que se aposentam - especialmente os que se aposentam cedo - e não criam objetivos de vida de troca interativa em seqüência. Isolam-se.
Adoram TV porque não os obriga a raciocinar, pois não gostam de pensar para não precisar fazer escolhas ou mudanças.
Avarentos de afeto e carentes de trocas afetivas, quando não podem vampirizar os familiares ou parentes, deprimem-se, escancarando as portas para a degeneração fisiológica e principalmente para os processos obsessivos. Nessa situação, degeneram com incrível rapidez, de uma hora para outra.
O que é possível aprender como cuidador?

Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de decidir por si e pelo outro.
A dieta influencia
Os portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação, centrada em carboidratos e alimentos industrializados.
Descuidam-se no uso de frutas, verduras e legumes frescos, além de alimentos ricos em ômega 3 e ômega 6;
Devem consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim).
Estudos recentes mostram que até os processos depressivos podem ser atenuados ou evitados pela mudança de dieta.
Doença silenciosa?

Nem tanto, pois avisos é que não faltam, desde a infância.
Analisando e estudando as características da criança, é possível diagnosticar boa parte dos problemas que se apresentarão para serem resolvidos durante a atual existência, até o problema da doença de Alzheimer.
Dia após dia, fase após fase, o quadro do que nos espera no futuro vai ficando claro.
O mal de Alzheimer é hereditário? Pode ser transmitido?
Sim pode, mas não de forma passiva, inscrito no DNA, e sim, pelo aprendizado e pela cópia de modelos de comportamento.
Remédios resolvem?
Ajudar até que ajudam, mas resolver é impossível, ilógico e cruel, se possível fosse, pois nem todos têm acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.
Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir podem causar terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo, pois apenas abrandam os efeitos, sem, porém, mexer nas causas.
Remédios previnem?
Claro que não, apenas adiam o inexorável.
Quanto a isso, até os cientistas mais agnósticos concordam.
Um dos mais eficazes remédios já inventados foram os grupos de apoio à terceira idade.
A convivência saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo geram um fluxo de energia curativa.
A doença de Alzheimer, acima de tudo, é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito que se torna solitário por opção. O interesse pelos amigos é um bom remédio.
O ato de nos vacinarmos contra a doença de Alzheimer é o de estudar as características de personalidade, caráter e comportamento dos que a vivenciam, para que não as repitamos. A melhor e mais eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a prática da caridade.
Quer evitar tornar-se um Alzheimer?
Torne sua vida produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade, com muito esforço, determinação e inteligência.
Muito mais há para ser analisado e discutido sobre este problema evolutivo que promete nos visitar cada dia mais precocemente.
Além das dúvidas que levantamos, esperamos que os interessados não se furtem ao saudável debate.

"O desapego é necessário para o crescimento espiritual."
E aqui fica a célebre frase de todo doente de Alzheimer:
“Quero voltar para minha casa”
Que casa seria esta?

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A AUTO -ESTIMA E A CRIANÇA INTERIOR



CURANDO A CRIANÇA INTERIOR MAGOADA

Toda criatura pequena precisa de amor, carinho e estímulos. Qualquer cachorrinho constantemente escorraçado, chutado e maltratado se tornaria provavelmente uni cão esquivo e covarde - ou um animal feroz e traiçoeiro.

Sentimo-nos indignados perante essa situação, e pensamos que seu dono deveria merecer algum castigo, até mesmo ser eventualmente atacado pelo cachorro.

As pessoas sabem instintivamente que um filhote precisa de amor e estímulos positivos para se tornar um cão confiante, alerta e responsável.

Uma planta delicada precisa de cuidados e de um solo adequado. Precisa de irrigação, adubação e ser colocada no sol ou na sombra, de acordo com suas necessidades; alegramo-nos quando a muda reage aos cuidados, transformando-se numa planta saudável e florida.

Plantada em solo pobre, ou numa parte do jardim constantemente pisada, ela poderá morrer ou se tornar uma planta mirrada e desprovida de flores. Nunca ser possível saber como ela poderia ter se desenvolvido se tratada corretamente.

Acontece exatamente a mesma coisa com as crianças pequenas. Constantemente repreendidas, acusadas em relação a seus erros, ameaçadas, ridicularizadas, violentadas, exploradas e espancadas, o que podemos esperar delas?

Essa criança pode começar a evitar as pessoas. Não terá auto-confiança suficiente para acertar. Será um jovem tão confuso, timido e assustado, que evitará tentar qualquer coisa nova.

 Sentar-se-á no fundo da classe e nunca conseguirá aprender nada. Não ousará confiar nos outros, nem na própria vida. Desiste de tudo.


Poderá também se rebelar, como o cão que rosna, late e morde, tornando-se grosseiro, provocador e agressivo.

Provavelmente deverá reagir dessas duas formas ao mesmo tempo.
Quando seu filho está aprendendo a andar, é normal que você o desanime, ridicularize e lhe (liga como ele é imbecil quando tropeça?
Claro que não. Você abre seus braços para abraçá-lo.



 Você elogia cada passo. Você lhe diz que ele é inteligente. Fornece-lhe estímulos o tempo todo. Quando ele fica mais firme, você fica a seu lado e o socorre quando ele cai. Você o consola e o estimula a tentar novamente. Logo ele se sente bastante seguro para levantar sozinho e andar de novo, cada vez mais confiante.

Ele sorri radiante com o sucesso, e quando cai levanta-se rapidamente.
Aprende que apesar de fracassar muitas vezes, será sempre amado e aceito. Percebe que não há problemas em tentar e fracassar repetidamente,  pode tentar de novo até conseguir.




Isto significa que aprendeu a confiar em si mesmo e nos outros. Ousa tentar coisas novas, sem temer fracassar. A vida é uma experiência de aprendizado. Para crescer, precisamos enfrentar o novo. Para evoluir, precisamos ousar e experimentar.

Costumamos ser muito severos em relação a nós mesmos. Não Percebemos que muitas vezes internalizamos o opressor e agimos como ele, e não sabemos até que ponto espancamos, punimos e agredimos nossa frágil e sensível criança interior.

Como você se trata? Maltrata e desestimula sua criança interior, desprezando-a e criticando-a? Remói suas fraquezas?

Ou você se elogia e auto-estimula? Costuma valorizar suas próprias qualidades? Confia em suas forças?

Quando nos desvalorizamos constantemente, estamos desestimulando nossa criança interior.

Suponhamos que você decida desistir de comer doces, ou de fumar cigarros, ou mudar algum hábito. Se fracassa, critica-se asperamente e se obriga a fazer melhor da próxima vez?

Sua criança interior pode estar se rebelando contra esta tirania - como o cachorro que se vira contra o dono, atacando-o. Ou então se sentir tão desestimulada e condenada ao fracasso que desiste de uma vez por todas.
De qualquer modo, a auto-severidade excessiva é inútil, pois torna a vida difícil e decepcionante.



Acalente sua criança interior. Ame a si próprio e aceite seus erros, encorajando-se para o futuro. Enalteça suas boas qualidades. Então você poderá crescer e se transformar numa linda pessoa.

Você poderá crescer e florescer da mesma maneira que a pequena planta bem cuidada, regada e adubada, ao invés de pisada.

Assim aconteceu com uma amiga minha, exímia jogadora de tênis. Normalmente ela jogava muito bem, mas quando fui vê-la jogar uma tarde, ela estava completamente fora de forma. Sua auto confiança estava muito abalada e ela não acertava na bola. Perdeu o primeiro set desastradamente.

Antes o início do segundo set, ela andou devagar até o fim da quadra e parou, como se estivesse profundamente concentrada. Descontraiu-se visivelmente, e seu desempenho no jogo foi melhorando progressivamente no decorrer da partida.

Depois do jogo, perguntei a eia como havia conseguido. Ela sorriu e disse: “apenas disse a mim mesma que continuaria sendo uma pessoa maravilhosa, mesmo perdendo a partida: lembrei a mim mesma que havia ganho inúmeras vezes, e que era uma excelente jogadora. Isto me ajudou a descontrair, e consegui jogar bem.  Costuma funcionar sempre.”

Quando realmente amamos, aceitamos e estimulamos nossa criança interior, nunca prejudicamos a nós mesmos ou a qualquer outra pessoa. Quem magoa os outros são pessoas magoadas consigo mesmas.

Entretanto, alguns dinâmicos homens de negócios costumam reagir com desconfiança, quando lhes falo sobre sua criança Interior. A auto-indulgência difere muito do controle rígido que frequentemente impõem a si mesmos.

Um desses homens, Douglas, manifestava insegurança em relação a seus chefes e clientes, o que transparecia numa hesitação verbal. Isto é muito comum.

Trabalhamos juntos em duas sessões, e ele começou a se sentir muito mais seguro. Achei que ele precisava entrar em contato com sua criança interior, a qual jamais tivera permissão de se expressar livremente.

Quando lhe pedi para se Imaginar como criança, tudo o que conseguiu ver foi uma névoa. Tentamos mais algumas vezes, sem que nada acontecesse. Achei que ele estava bloqueando seu tratamento.

De repente a névoa se dissipou, e ele conseguiu se ver como criança - vulnerável, magoada e desprezada. Ele atraiu instintivamente o pequeno Douglas para seus braços, proporcionando-lhe consolo, estímulo e carinho, que tanto havia necessitado aos quatro anos de idade.

 Prometeu tomar conta da criança, dizendo-lhe que tentaria entender como ela se sentia e que poderia confiar nele. Permitiu que a criança falasse e se expressasse livremente.



Ao abrir os olhos, estava deslumbrado. Sentiu que pela primeira vez na vida havia entrado em contato consigo mesmo.

Percebeu que na infância tinha sido tantas vezes admoestado para ficar quieto, que havia desistido do direito de expressar-se livremente. Sua criança reivindicou este direito durante o encontro.

Contou-me mais tarde que, ao se encontrar consigo mesmo, sentiu que acontecera uma incrível transformação em sua vida, ficando em paz desde então.

Muitas pessoas relatam terem sido muito amadas por seus pais numa infância maravilhosa (como sem dúvida aconteceu). Como adultos, não conseguem entender porquê se sentem doentes ou infelizes, ou magoadas e ressentidas com as mínimas coisas.

Frida era uma pessoa assim; uma viúva, que vinha de uma grande família com muitos irmãos e irmãs. Tinha vários filhos e netos, mas era desesperadamente possessiva.

 Sentia ciúmes e raiva em relação a todos. Sentia-se abandonada, ignorada e desprezada. Costumava reclamar que ninguém se importava com ela.

Seu corpo protestava, criando todos os tipos de sintomas físicos. Havia me garantido ter sido amada por seus pais e por seus irmãos. Sessão após sessão, fomos removendo velhas camadas. Quando lhe pedi para imaginar- se uma criança, que havia perdido seu senso de identidade, de seu próprio valor e sua auto-confiança.

Viu-se aos cinco anos de idade: estava resmungando num canto. Perguntei a ela o que a garotinha queria, e ela balbuciou “eu não acredito nisso”. Fez-se uma longa pausa. Por fim ela suspirou. “Ela disse que queria ser amada. Sempre achei que tinha sido”.

Ao satisfazer as necessidades de amor da criança interior, Frida abriu os olhos e nó conversamos.

Frida era a filha mais velha. Quando completou cinco anos, sua mãe teve gêmeos. Como a garota “responsável”, Frida teve que tomar conta de seus vários irmãos, que a provocavam impiedosamente.

Ninguém a valorizava ou elogiava. Ela cresceu com a firme e profunda crença de que a única justificativa para sua existência era tomar conta dos outros. Não era de admirar que tinha tido tantos filhos, e que era tão possessiva com eles. Não era de admirar que ela se deixara abater. A independência de seus filhos destruía sua razão de viver...

Ela reproduzia constantemente o mesmo sentimento que experimentara aos cinco anos de idade. Precisava dar amor àquela criança interior, devolvendo-lhe a auto- estima e o respeito próprio.

Alguns anos atrás, conheci uma pessoa que realmente me irritava. Participávamos de um mesmo grupo de reuniões semanais, e eu não podia entender por que me sentia tão desconfortável na presença dela.

Então meditei sobre o problema. Consegui vê-la como criança, esperneando e gritando por ajuda, e conseguindo assim muita atenção dos outros.

Também como criança, eu parava e observava. Também desejava atenção desesperadamente. Entretanto, eu havia aprendido na infância que espernear e gritar faria com que eu fosse rejeitada, abafando assim esses meus sentimentos.

 Eu estava sendo ignorada, mas não sabia como conseguir a atenção que desejava. Sentia-me então cheia de raiva e frustração interiores.

Percebi que era exatamente isso o que acontecia quando eu a encontrava no grupo. Do seu mesmo modo, ela gritava por atenção. e obtinha o que desejava.

Eu também queria gritar por atenção, mas devido a meu aprendizado na infância, controlava meus sentimentos, Eu havia sentido  a mesma raiva e frustração de minha criança interior.

Fiquei assim consciente de que precisava fazer um trabalho intenso junto a minha criança interior: ela precisava de ajuda, para se sentir tão auto-confiante que e não precisasse exigir tanta atenção.

 Minha criança interior também deveria aprender a solicitar a atenção de que precisava de um modo mais apropriado. Quando aceitei a lição recebida, aquela pessoa saiu de minha vida.

Se você sente depressão ou irritação em reuniões onde outras pessoas estão sempre chamando a atenção, procure examinar as necessidades de sua própria criança  interior.

Sentimentos como frustração, irritação e depressão em relação a certas pessoas e em certas ocasiões estão tentando nos dizer que há algo dentro de nós que precisa ser analisado.

 Essas pessoas e situações são nossos professores, que nos proporcionam boa oportunidade para que possamos aprender. O Universo sempre fornecerá professores para as matérias sobre as quais já estamos trabalhando ou precisamos começar a trabalhar interiormente.

Na época em que eu estava me divorciando, meu relacionamento com meus pais estava muito ruim. Sentia-me irada, magoada e desconfiada. Para mim, divórcio significava fracasso. Sentia ter falhado como mulher e como mãe. Sentia-me incompetente, rejeitada e mal amada.

Meus pais reavivavam todas as minhas feridas. Como eu não suportava a dor que sentia, afastei-me deles, deixando de visitá-los. Dizia a mim mesma que só iria vê-los quando me sentisse mais forte.

Encontrei então numa reunião de trabalho, uma pessoa parecidíssima com minha mãe. Representei a situação de minha vida e coloquei-a no papel de minha mãe. Senti dores atrozes no peito. Fui para casa sentindo-me muito mal. Durante a noite, senti que meu coração era revolvido com facas. Não dormi.

Na manhã seguinte uma amiga me telefonou, e contei a ela o que havia acontecido. Ela disse imediatamente:
“examine o que está acontecendo dentro dc você”. Eu tão fechei os olhos, concentrando-me sobre a dor no peito.

Vi em meu peito um alvo negro, atravessado por flechas pontiagudas. Comecei a removê-las uma por uma, mas era um processo lento e doloroso. Então agarrei um punhado de flechas. Ao puxar com violência, o alvo se abriu como se fosse uma dobradiça, e pude ver passos desaparecendo na escuridão.

Fui subindo cada vez mais, até chegar uniu corredor escuro. Novamente andei, meio perdida, durante muitos quilômetros, mas como havia uma luz no fim do túnel, eu sabia que estava seguindo na direção certa.

Num quartinho no fim do corredor encontrei uma pequena criança apavorada, que reconheci como minha mãe. Ela estava tão aterrorizada que atirava flechas ao seu redor, tentando afastar as pessoas.

Eu a chamei carinhosamente, até que ela parou. Dirigi-me a ela, abraçando-a e consolando-a. “Quando ela parou de chorar, eu a envolvi com uma luz rosada.
Nesse momento, tudo ficou negro. Então, vi o alvo tio céu, com luzes saindo dos buracos que eu fizera ao arrancar as flechas.

Ao abrir os olhos, a dor em meu peito havia passado, e eu tinha uma nova percepção sobre o que estava acontecendo no mundo Interior da minha mãe.

Estresse, tensão, ansiedade e todas as formas de medo, bem como raiva, ciúmes e mágoa resultam de sentimentos baseados no medo, sentido por nossa criança interior.

Quando você sentir mágoa ou raiva, visualize sua pequena criança interior e pesquise a base subjacente ao medo. Seria medo do fracasso, medo de rejeição ou medo de não corresponder às expectativas?

 Seria medo de nunca conseguir satisfazer suas necessidades, ou de nunca ser ouvido? Fale com sua criança interior. Ouça- a. O que ela tem a dizer? Do que ela precisa?

 Quando ela se sentir suficientemente segura para ser honesta, você irá se surpreender com o que eia vai lhe dizer a seu próprio respeito.

Tranquilize sua criança. Console-a e ame-a. Comecem a trabalhar juntas. É muito mais agradável e fácil percorrer o caminho da vida com uma criança feliz e cooperativa do que carregar alguém esperneando, gritando, protestando ou semi-morto: torna-se um peso a ser carregado ao longo da vida.

Ao dar ouvidos e respeitar sua criança interior, você estará respeitando a si mesmo, e o mundo também respeitará você.

Todas as suas características estarão trabalhando juntas, e você não se descuidará do respeito próprio, transmitindo ao mundo sua harmonia interior.

Pesquisado por dharmadhannyael