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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

EXTERIORIZANDO A PAZ




A paz se exterioriza nos olhos de quem aprendeu a arte de ser sincero consigo mesmo. 
A meta mais fácil do mundo para se alcançar é ser como somos. 
A mais difícil é ser como as outras pessoas gostariam que fôssemos. 
A serenidade interior é conquista de quem possui auto lealdade.

A artemísia é uma planta balsâmica, de gosto amargo e utilizada como remédio. 

O sândalo é uma árvore de madeira resistente, de qual se extrai um óleo empregado em farmácia e perfumaria. Ambos são aromáticos e originários da Ásia, possuem algo em comum, mas tem utilidades completamente diferentes.

A natureza refuta a igualdade. Jamais foram encontradas duas flores idênticas; as semelhantes se modificam com o passar do tempo. Até as folhas de uma mesma árvore são desiguais, assim como variável é cada amanhecer.

Para desfrutarmos a paz verdadeira, precisamos entender que somos um núcleo de vida distinto; vivemos em comunidade, mas sobretudo com nós mesmos. 

Somente empregando de maneira responsável nossa capacidade de sentir, de raciocinar e de realizar, livre das interferências dos cegos instintos e dos laços de dependência, é que podemos nos apaziguar de modo essencial.

Não nos reportamos a isso para nos envaidecer ou diminuir os outros, e sim para que tenhamos mais consideração pelo nosso universo pessoal.

É preciso que nos perguntemos: quem escolhe o que penso e o que sinto? Quem determina como vou agir? Cabe-nos, portanto, o domínio de nossa vida, pois falsas identidades podem estar controlando-nos a ponto de desperdiçarmos energias imprescindíveis à nossa harmonia e segurança.

Dente-de-leão, no folclore da flora silvestre, significa vontade firme e lealdade aos próprios objetivos, por ser capaz de crescer em abundância em todos os períodos do ano, ou em qualquer campo ou terreno. 

Seu nome vem do francês, “dent-de-lion”. Essa flor amarelo-ouro apresenta como semente um talo de pelos brancos e sedosos que o vento dissemina com facilidade; por isso se reproduzem rapidamente.

Se você procura serenidade, assimile a linguagem de auto-fidelidade que lhe inspiram os dentes-de-leão e, ao mesmo tempo, liberte-se dessa reação exagerada aos desejos dos outros.

Visualize a tranquilidade dos ambientes campestres. 

O vislumbre de uma tarde em lindo campo florido fala de paz a seu coração e o alivia prolongadamente.

Sua memória está repleta dessas associações, que seu dia-a-dia inquieto e intranquilo deixa muitas vezes escondido em sua mente.

Paz é, acima de tudo, harmonia consigo mesmo; em seguida, com os outros. 

É harmonia com Deus e com a natureza. Paradoxo é almejar a paz e viver em discordância íntima.

A Excelsa Criação deu-lhe habilidade de realização através da natureza, assim como outorgou às plantas a capacidade de florescer. 

Nenhuma árvore de sândalo necessita que um botânico lhe diga como produzir a essência aromatizante. Se você quiser transluzir a paz, seja fiel ao que é, dando ao Planeta os frutos de sua própria natureza.

A verdade é que, por mais que você se esforce para ser justo e consciente, sempre haverá alguém que interpretará mal seus atos e atitudes. Ninguém consegue agradar a todos.

Confie em si mesmo, confie em Deus. Apenas Ele maneja os fios invisíveis e infinitos de toda existência humana.

Você encontrará a paz conscientizando-se de que cada um é uma ferramenta exclusiva e específica da natureza, circunstancialmente trabalhando na Terra sob o Comando Divino.



*Lourdes Catherine, do livro Conviver e Melhorar, de Francisco do Espírito Santo Neto, pelos Espíritos Lourdes Catherine e Batuíra.


                                               

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