Os nossos maus pensamentos, maus desejos, vícios, desanimo, pessimismo, vão nos ligar vibratoriamente aos espíritos inferiores, perturbadores e obsessores do plano astral.
Somente pela nossa depuração moral, força de vontade, determinação, pensamentos elevados e firmes no bem é que vamos repelir os maus espíritos.
Essas pessoas de vontade fraca, com maus pensamentos, vícios, bobonas, sem personalidade, são um alvo fácil para os espíritos obsessores.
O ponto central é ter uma Vontade forte e pensamentos disciplinados no bem, como explica o Racionalismo Cristão e o Espiritismo.
Os fracos sempre serão controlados, seja forte em seus pensamentos, estude, busque o conhecimento espiritual, procure se melhorar moralmente, procure fazer cursos, trabalhar, pratique esportes.
Cuidado com o vício da Ociosidade, procure ocupar seu tempo com coisas positivas e nobres.
Se afaste desses centros de macumbas e magia, cuidado com esses espíritos que pedem coisas matérias como velas, despachos, cigarros, charutos, bebidas alcoólicas e sacrifícios de pobres animais, somente espíritos inferiores ainda apegados a matéria é que pedem essas coisas.
Os espíritos de luz não pedem coisas matérias como bebidas alcoólicas, cigarros, charutos e nem sacrifícios de pobres animais.
Vejamos algumas observações de Kardec sobre esses assuntos.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque limpais o que está por fora do corpo e do prato, e por dentro estais cheios e rapina e de imundícias. Fariseu cego, purifica primeiro o interior do corpo, e do prato, para que também o exterior fique limpo.
Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros branqueados, que parecem por fora formosos aos homens, e por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda asquerosidade. Assim também vós outros, por fora vos mostrais na verdade justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e iniqüidade. (Mateus, XXIII: 25-28).
Os maus Espíritos só estão aonde podem satisfazer a sua perversidade.
Para afastá-los, não basta pedir, nem mesmo ordenar que se retirem: é necessário eliminar em nós aquilo que os atrai.
Os Espíritos maus descobrem as chagas da alma, como as moscas descobrem as do corpo.
Assim, pois, como limpais o corpo para evitar as bicheiras, limpai também a alma das suas impurezas, para evitar as obsessões.
Como vivemos num mundo em que os maus Espíritos pululam, as boas qualidades do coração nem sempre nos livram das suas tentativas, mas nos dão a força necessária para resistir-lhes.
As imperfeições morais dão acesso aos Espíritos obsessores, e de que o meio mais seguro de livrar-se deles é atrair os bons pela prática do bem.
Os Espíritos bons são naturalmente mais poderosos que os maus e basta a sua vontade para os afastar, mas assistem apenas aqueles que os ajudam, por meio dos esforços que fazem para melhorarem.
Do contrário se afastam e deixam o campo livre para os maus Espíritos, que se transformam assim em instrumentos de punição, pois os bons os deixam agir com esse fim.
Nenhum objeto, medalha ou talismã tem a propriedade de atrair ou de repelir os Espíritos.
As coisas materiais não tem nenhum poder sobre eles. Jamais um bom Espírito aconselha essas práticas absurdas. A virtude dos talismãs nunca existiu, a não ser na imaginação das pessoas crédulas. (O Livro dos Médiuns, cap. XXV.)
Só pela superioridade moral se exerce ascendência sobre os Espíritos inferiores.
Os Espíritos perversos reconhecem a superioridade dos homens de bem. Entretanto alguém que lhes oponha a vontade enérgica, espécie de força bruta, reagem e muitas vezes são os mais fortes.
Alguém tentava dominar assim um Espírito rebelde, aplicando a vontade ,e este lhe respondeu: Deixa-me em paz com esses ares de mata-mouros, que não vales mais do que eu.
Que se diria de um ladrão pregando moral a outro ladrão?
Estranha-se que o nome de Deus, invocado contra eles, quase sempre não produza efeito.
São Luís explicou a razão na resposta seguinte:
“O nome de Deus só tem influência sobre os Espíritos imperfeitos na boca de quem pode usá-lo com a autoridade das suas próprias virtudes.
Na boca de um homem que não tenha nenhuma superioridade moral sobre o Espírito é uma palavra como qualquer outra. Dá-se o mesmo com os objetos sagrados que lhes opõem.
A arma terrível é inofensiva em mãos inábeis ou incapazes de usá-la”.
Nota de Herculano Pires.
Palavras, amuletos, medalhas, imagens e outros instrumentos do culto religioso ou de práticas mágicas nada influem sobre os Espíritos perversos, se aquele que os emprega não possuir virtudes morais e não agir com amor, humildade e compreensão.
Agindo assim, todos os instrumentos e artifícios são dispensáveis. (N. do T.)
*Allan Kardec.
O Evangelho segundo o Espiritismo.
O Livro dos Médiuns.
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