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quinta-feira, 9 de abril de 2015
MEIOS PARA ENCONTRAR A HARMONIA INTERIOR
O equilíbrio ecológico é apenas a fraternidade, a harmonia e a relação de causa e efeito unindo as diferentes formas de vida nos vários reinos da natureza.
Mas sou humano, tenho muito por aprender e é correto que me pergunte:
"Será possível viver de fato a fraternidade no dia-a-dia da sociedade que me rodeia hoje?
Como posso viver uma ecologia interior, harmonizando-me com a vida humana em geral, aqui e agora, por meu próprio mérito e esforço e sem impor condições prévias aos outros?
Algumas ideias básicas podem ser úteis na tentativa de viver a ecologia da mente e de ser igualmente fraterno para com todos.
1) Em primeiro lugar o erro alheio não deve fazer com que eu me sinta autorizado, nem remotamente, a errar da minha parte. Perceber um erro não justifica outro.
A verdadeira auto-estima não surge da comparação em que se atribui desvantagem aos outros.
A satisfação com o erro alheio é muitas vezes uma fuga de nossas próprias frustrações e deve ser vencida pela observação atenta do mecanismo da inveja e da competição.
2) O erro alheio não deve causar excessiva indignação.
Pode-se combater o erro alheio, especialmente quando ele tem consequências negativas sobre os inocentes. Mas a indignação excessiva nos cega e tira a serenidade.
É preciso combater o erro, não a pessoa que errou. E a indignação exagerada diante do erro pode ser um disfarce da inveja. Perde-se muita energia com indignação emocional diante dos erros alheios.
Em alguns casos, estes erros são inclusive imaginários, no todo ou em parte.
O excesso de indignação é uma energia que seria melhor empregada no nosso próprio auto-aperfeiçoamento. Esta última tarefa é algo que ninguém pode fazer por nós.
3) Saber ouvir a críticas aos nossos próprios erros.
Ouvir os outros, em geral, já é difícil. Ouvir uma crítica a nós é mais difícil ainda. Inconscientemente, gostamos de supor que somos infalíveis.
É preciso ouvir de fato as críticas dirigidas a nós. São verdadeiras? Então é preciso coragem para mudar.
São falsas? Depois de um exame honesto, neste caso, devemos deixar que a crítica injusta entre por um ouvido e saia pelo outro.
4) Não devo enxergar erros alheios onde eles não existem.
Muitos erros alheios são miragem e alucinação.
É cômodo transferir para fora pontos fracos nossos, ou exagerar as falhas dos outros para poder chegar à conclusão de que somos perfeitos, e apenas o mundo é que (injustamente) não nos compreende.
5) Devo fazer o bem. Não basta manter-me livre tanto do mal quanto do sentimento de raiva contra o mal.
É preciso também fazer coisas boas, duráveis, equilibradas.
E isto não só no aspecto pessoal, como também na dimensão familiar, social e política.
Porque não há muros dividindo um setor e outro da nossa vida.
Não é a crítica que elimina o mal, mas a prática firme e paciente do bem, por parte de quem procura ter o máximo de discernimento diante da vida.
6) Devo tornar acessível aos outros a prática do equilíbrio e da harmonia.
Em casa, no trabalho, na convivência com pessoas e animais, devo colocar ao alcance de todos alguns mecanismos simples, pelos quais a fraternidade humana possa manifestar-se. Isto será eficaz na medida da simplicidade pessoal com que for feito.
Deve ser algo natural. Se não estiver ocorrendo, todo o processo precisa ser repensado, porque está faltando algo importante.
7) Ter uma meta e um programa definidos para minha vida.
A vida de uma pessoa é algo demasiado importante para perder-se em meio aos problemas e ilusões diárias, lembranças de ontem e esperanças para a semana que vem.
Quais são os meus objetivos existenciais? De que forma pretendo fazer da minha vida algo realmente significativo e útil? O que desejo aprender e realizar até os 90 anos de idade? São perguntas importantes.
E não é por casualidade que, quando enfrentadas, acabam conduzindo aos outros seis pontos abordados anteriormente.
O sétimo ponto é, de certa forma, o primeiro.
Assim, a ecologia da mente está presente em nossos relacionamentos e vida diária, em nossos pensamentos e emoções. Antes de olharmos o ecossistema externo, é bom olharmos para o nosso conteúdo interior. Estaremos sendo ecologicamente corretos nos campos das relações humanas?
*Fonte: Luz da Alma.
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