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terça-feira, 8 de setembro de 2015
PARA VIVER MELHOR
A importância do perdão, de modo geral, ainda não foi claramente compreendida pelos companheiros domiciliados no Plano Físico.
O espírito, em estágio na Terra, é um inquilino do corpo em que reside transitoriamente.
Imaginemos o usufrutuário da moradia a martelar estruturas da sua própria casa, em momentos de revolta e azedume.
Quanto mais repetidos os acessos de amargura e ressentimento, mais ampla a depredação em prejuízo próprio.
Esse é o quadro exato da criatura, habituada às reações negativas, nos instantes de prova ou desagrado.
Daí nascem muitas das moléstias obscuras, diagnosticáveis ou não, agravando as condições do veículo físico, já de si mesmo frágil e vulnerável, embora maravilhosamente constituído.
Se tens mágoa contra alguém, observa que esse alguém não terá agido com os teus conceitos e pensamentos.
O amor nos vinculará sempre a determinado grupo de pessoas, entretanto, em nosso próprio benefício, amemo-las, tais são, sem exigir que nos amem, sob pena de cairmos frequentemente em desequilíbrio e abatimento.
Doemos alma e coração aos seres queridos, sem escravizá-los a nós e sem nos escravizarmos a eles.
Por muito se nos enlacem no mundo físico, sob as teias da consanguinidade, saibamos deixá-los libertos de nós, a fim de serem o que desejam, na certeza de que a escola da experiência não funciona inutilmente.
A criança é responsabilidade nossa e responderemos, ante as leis da vida, pela proteção ou pelo abandono que estejamos devotando aos pequeninos confiados à nossa tutela temporária.
Os adultos, porém, são donos dos próprios atos e, não será justo chamar a nós, a consequências das empresas a que se adaptem ou dos caminhos que escolham, tanto quanto não seria razoável, atribuir a eles os resultados de nossas próprias ações.
Perdão e tolerância são alavancas de sustentação da nossa paz íntima.
Desculpar faltas e agravos será libertar-nos de choques e golpes que vibraríamos sobre nós mesmos, criando em nós e para nós, dilapidações e doenças de resultados imprevisíveis.
Ensinou-nos o Cristo: - "Perdoa não sete vezes, mas setenta vezes sete vezes".
Isso, na essência, quer dizer que não somente nos cabe esquecer as ofensas recebidas em proveito próprio, mas também significa que seria ilógico disputar atenção e carinho daqueles que porventura nos agridam, já compromissados, por eles mesmos, nas equações infelizes das atitudes a que se afeiçoem.
Em suma, para quem quiser na Terra trabalhar e progredir com mais saúde e paz, alegria e segurança, vale a pena perdoar constantemente para viver sempre melhor.
* Livro: Amigo - Psicografia: Francisco C. Xavier - pelo Espírito de Emmanuel.
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