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quinta-feira, 28 de março de 2013

PÁSCOA

Páscoa é dizer "SIM" ao amor e á vida: é investir na fraternidade, é ajudar mais pessoas a ser gente, é viver constante libertação, é crer na vida que vence a morte, é lutar por um mundo melhor e vivenciar a solidariedade.



quarta-feira, 27 de março de 2013

MILAGRE


Há pessoas que não acreditam em milagres.

 Outras, por experiência ou por fé, acreditam e o afirmam. 
O que é um milagre senão algo de excepcional que nos acontece, ou aos outros e que não achamos explicação em lugar nenhum?!
Para alguns, milagre é ver alguém curado de uma doença da qual estava condenado; para outros, um deficiente sair andando normalmente. 

E uma pessoa que sobreviveu a um acidente de avião? E então, segundo a fé que se tem, acredita-se ou não. E provavelmente quem não tem fé não acredita nunca.
Mas para muitos, felizmente, tudo é tão mais simples...
Não é um milagre ver um bebê que passou nove meses no ventre da mãe e que depois nasce com personalidade própria, características próprias? 

E quando a gente se esquece completamente da dor quando tem aquele ser pequenininho nos braços... 
Quem ainda não teve a bênção de viver essa experiência deveria experimentar e quem já teve... sabe bem do que estou dizendo!
Quem já plantou uma semente minúscula e viu dali brotar uma árvore teve certamente uma sensação parecida.
A vida está cheia de milagres, a gente é que não sabe ver. 

Uma bola de fogo pendurada em nada e que vem cada dia para iluminar nosso dia é um milagre cotidiano; sua companheira, a quem raramente encontra, que nos oferece belos espetáculos e faz sonhar os poetas, também é um milagre cotidiano;
Dois corações que se apaixonam sem nenhuma explicação não é também?!
É maravilhoso poder acreditar que existe algo além do que podemos sentir ou tocar. 

As pessoas que se extasiam diante dessas belezas que nos cercam diariamente são provavelmente mais felizes que outras.
E ter um coração que pode sentir felicidade em meio a tantas tribulações já não é um milagre?
Acredite na vida! Olhe em volta de você e verá que existe bem mais belezas inexplicáveis no mundo do que nosso coração em toda sua existência poderia sonhar. 
Sente-se um dia ao entardecer e aprecie o pôr-do-sol, ou acorde bem cedo para ver a aurora... 

São espetáculos únicos e que não têm preço. Olhe em sua volta, plante uma semente, dê um pouco de você mesmo a quem precisa, faça alguém sorrir...
Afinal, a gente nem sempre se dá conta... mas... cada um de nós já é um milagre da vida!

(Letícia Thompson )

terça-feira, 26 de março de 2013

ÊXITOS E INSUCESSOS




Em cada comunidade social, existem pessoas numerosas, demasiadamente preocupadas quanto aos sucessos particularistas, afirmando-se ansiosas pelo ensejo de evidência.
São justamente as que menos se fixam nas posições de destaque, quando convidadas aos postos mais altos do mundo, estragando desastradamente, as oportunidades de elevação que a vida lhes confere.
Quase sempre, os que aprenderam a suportar a pobreza é que sabem administrar, com mais propriedade os recursos materiais.
Por esta razão, um tesouro amontoado para quem não trabalhou em sua posse é, muitas vezes, causa de crime, separatividade e perturbação.
Pais trabalhadores e honestos formarão nos filhos a mentalidade do esforço próprio e da cooperação afetiva, ao passo que os progenitores egoístas e descuidados favorecerão nos descendentes a inutilidade e a preguiça.
Paulo de Tarso, na lição à igreja de Filipos refere-se ao precioso imperativo do caminho no que se reporta ao equilíbrio, demonstrando a necessidade do discípulo, quanto à valorização da pobreza e da fortuna, da escassez e da abundância.
O êxito e o insucesso são duas taças guardando elementos diversos que, contudo, se adaptam às mesmas finalidades sublimes.
A ignorância humana, entretanto, encontra no primeiro o licor da embriaguez e no segundo identifica o fel para a desesperação.
Nisto reside o erro profundo, porque o sábio extrairá da alegria e da dor, da fartura ou da escassez, o conteúdo divino.
Francisco Cândido Xavier/Emmanuel


segunda-feira, 25 de março de 2013

ESPÍRITOS MAIS EVOLUÍDOS ENTRE NÓS


Há um bom tempo que se fala nas reencarnações de espíritos mais avançados objetivando a consolidação da Terra como mundo de regeneração.

Esse fato vem sendo comprovado através de informações advindas por intermédio de médiuns responsáveis em várias partes do planeta, além da simples observação do comportamento diferenciado de muitas crianças e jovens na atualidade.

Como Kardec escrevera na sua obra A Gênese, a troca de uma geração mais atrasada moralmente por outra mais desenvolvida se daria paulatinamente. Verificamos esta ocorrência na atualidade.

Boriska, na Rússia, vem impressionando os jornalistas com seus conceitos filosóficos morais, apesar de ser uma criança ainda. No México, um garoto vem impactando os médicos com os seus conhecimentos científicos e dizendo que uma de suas tarefas no mundo é conseguir a cura para diversos tipos de câncer. Vários outros estão deixando perplexos os que lhe ouvem ou com eles partilham a convivência, pelos tesouros morais que apresentam.

Gostaria, no entanto, de me referir, especificamente, a uma menina chamada Akiane. Desde os quatro anos que desenha de maneira encantadora, inclusive, seu primeiro desenho foi o rosto lindo que ela afirmou ser a de um anjo que a levou para um mundo muito belo de cores e luzes deslumbrantes. A partir daí, Akiane começou a retratar espíritos e paisagens maravilhosas. Ela afirma, ainda, que tem uma tarefa especial nesta vida. Escreve poemas extraordinários, de uma pureza deslumbrante.

Muito doce, hoje Akiane está com doze anos Mora em Idaho, EUA.

A garota seria o que alguns estudiosos definem como uma criança cristal, ou seja, uma alma evoluída, que veio contribuir para a mudança de nível espiritual do nosso mundo. Divaldo diz que Akiane pintou o que seria o rosto mais próximo do que tinha Jesus. Assisti um vídeo e fiquei realmente impressionado com os seus quadros e, particularmente, o de Jesus. No YouTube há vários vídeos sobre ela. Recomendamos.

Como se vê, eles já estão entre nós para fazer a diferença. Façamos a nossa parte.

Por Frederico Menezes

sábado, 23 de março de 2013

AS DIFERENÇAS ENTRE RELIGIÃO E ESPIRITUALIDADE




A religião não é apenas uma, são centenas.
A espiritualidade é apenas uma.
A religião é para os que dormem.
A espiritualidade é para os que estão despertos.
A religião é para aqueles que necessitam que alguém lhes diga o que fazer e querem ser guiados.
A espiritualidade é para os que prestam atenção à sua Voz Interior.
A religião tem um conjunto de regras dogmáticas.
A espiritualidade te convida a raciocinar sobre tudo, a questionar tudo.
A religião ameaça e amedronta.
A espiritualidade lhe dá Paz Interior.
A religião fala de pecado e de culpa.
A espiritualidade lhe diz: "aprenda com o erro".
A religião reprime tudo, te faz falso.
A espiritualidade transcende tudo, te faz verdadeiro!
A religião não é Deus.
A espiritualidade é Tudo e, portanto é Deus.
A religião inventa.
A espiritualidade descobre.
A religião não indaga nem questiona.
A espiritualidade questiona tudo.
A religião é humana, é uma organização com regras.
A espiritualidade é Divina, sem regras.
A religião é causa de divisões.
A espiritualidade é causa de União.
A religião lhe busca para que acredite.
A espiritualidade você tem que buscá-la.
A religião segue os preceitos de um livro sagrado.
A espiritualidade busca o sagrado em todos os livros.

A religião se alimenta do medo.
A espiritualidade se alimenta na Confiança e na Fé.
A religião faz viver no pensamento.
A espiritualidade faz Viver na Consciência.
A religião se ocupa com fazer.
A espiritualidade se ocupa com Ser.
A religião alimenta o ego.
A espiritualidade nos faz Transcender.
A religião nos faz renunciar ao mundo.
A espiritualidade nos faz viver em Deus, não renunciar a Ele.
A religião é adoração.
A espiritualidade é Meditação.
A religião sonha com a glória e com o paraíso.
A espiritualidade nos faz viver a glória e o paraíso aqui e agora.
A religião vive no passado e no futuro.
A espiritualidade vive no presente.
A religião enclausura nossa memória.
A espiritualidade liberta nossa Consciência.
A religião crê na vida eterna.
A espiritualidade nos faz consciente da vida eterna.
A religião promete para depois da morte.
A espiritualidade é encontrar "Deus em Nosso Interior durante a vida."
AUTOR DESCONHECIDO.

quinta-feira, 21 de março de 2013

O AMIGUINHO IMAGINÁRIO



É comum crianças até os sete anos perceberem a presença de seres, situações e fatos que ocorrem em outra dimensão, e que os olhos humanos não conseguem ver.
Os primeiros sete anos de vida é uma adaptação do espírito que até então vivia no astral e precisa acostumar-se à nova reencarnação.

Nos primeiros dias o bebê dorme muito porque vive mais na outra dimensão do que aqui.Você sabe que quando dormimos nosso espírito vai para o astral para se refazer.
Nesse período, alguns conseguem até ficar conscientes durante o sono, assumindo a vida adulta que tinham antes de nascer.Quando acordam, esquecem e retomam a nova experiência.Casos assim são raros, dependem do grau de lucidez do espírito e por certo do seu nível de evolução.

A maioria das pessoas não tem consciência da vida astral depois do reencarne, mas algumas trazem a sensibilidade aberta nos primeiros anos e permanecem ainda muito ligadas à dimensão de onde vieram; por esse motivo têm facilidade de perceber espíritos desencarnados.
Para elas isso é natural e ficam surpresas ao perceber que ninguém mais está vendo o que vêem.
Essa percepção, à medida que o espírito vai se adaptando à nova encarnação, vai se apagando e ao chegar aos nove ou dez anos se apaga completamente.

Nos casos em que a criança tem mediunidade, essa sensibilidade pode reaparecer depois dos doze ou treze anos, ou até um pouco mais tarde.Então, será bom estudar as leis naturais de influências e energias a fim de compreender como orientar-se dentro do processo.
A mediunidade precisa ser estudada por quem a possui.Quando você capta as energias das pessoas ao redor e das outras dimensões fica confuso e perturbado.Sente coisas inexplicáveis, tais como mal-estar, dores de cabeça, enjôo, irritabilidade, depressão e tantas outras manifestações, sem que haja uma causa que justifique e nãoprecebe que essas sensações não são suas.

Assim procuramos médicos que não encontram nenhuma doença e acabam diagnosticando como um desequilíbrio nervoso e receitando calmantes.O curioso é que quando o problema é de captação energética os medicamentos não curam, ao contrário, podem aumentar o mal-estar.
Sem conhecer o processo,você pode ficar anos atormentado, estabelecendo um círculo vicioso que com o decorrer dos anos pode transformar-se em doença física.
Se sua sensibilidade se abriu e você está indo da euforia à depressão sem causa aparente,saiba que única forma de libertar-se dessas influências é esclarecer-se, trabalhar seu emocional para elevar seu padrão de pensamento e modificar suas atitude para melhor.

Procurar médiuns para "fechar o corpo", como alguns acreditam, é uma perigosa ilusão que poderá levar à obssessão.
O que você faz quando está ouvindo em seu rádio um programa que não é do seu agrado?Muda de sintonia.É isso aíi.Faça o mesmo.
Quando se sentir mal, preste atenção que tipo de pensamento está tendo e verá que é negativo.É que ele está atraindo as energias ruins.Reconhecendo isso, procure criar pensamentos positivos.Se persistir com firmeza, mudará de sintonia e logo vai se sentir melhor.

Há muitas ilusões e crendices em torno da mediunidade. Não se deixe iludir.Procure você mesmo estudar, conhecer o assunto.Não tenha medo de experimentar.Com bom senso e alegria,encontrará o caminho do equilíbrio.


do livro:Eles Continuam Entre Nós.
Autora:Zibia Gasparetto

terça-feira, 19 de março de 2013

CORRENTE DE ORAÇÃO


 

Peço que oreis pela saúde de todos os nossos irmãos que se encontram hospitalizados.


Oração a Bezerra de Menezes


Nós Te rogamos, Pai de Infinita Bondade e Justiça, as graças de Jesus Cristo, através de Bezerra de Menezes e suas legiões de companheiros.
 Que eles nos assistam, Senhor, consolando os aflitos, curando aqueles que se tornem merecedores, confortando aqueles que tiverem suas provas e expiações a passar, esclarecendo aos que desejarem conhecer a Verdade e assistindo a todos quantos apelam ao Teu Infinito Amor.


Jesus, Divino Portador da Graça e da Verdade, estende Tuas mãos dadivosas em socorro daqueles que Te reconhecem o Despenseiro Fiel e Prudente; faze-o, Divino Modelo, através de Tuas legiões consoladoras, de Teus Santos Espíritos, a fim de que a Fé se eleve, a Esperança aumente, a Bondade se expanda e o Amor triunfe sobre todas as coisas.

Bezerra de Menezes, Apóstolo do Bem e da Paz, amigo dos humildes e dos enfermos, movimenta as tuas falanges amigas em benefício daqueles que sofrem, sejam males físicos ou espirituais.
 Santos Espíritos, dignos obreiros do Senhor, derramai as graças e as curas sobre a humanidade sofredora, a fim de que as criaturas se tornem amigas da Paz e do Conhecimento, da Harmonia e do Perdão, semeando pelo mundo os Divinos Exemplos de Jesus Cristo. Amém.


domingo, 17 de março de 2013

DEPOIMENTO DA ATRIZ ANA ROSA SOBRE A DOR DA PERDA DE UMA FILHA


Algumas vezes eu representei cenas de perdas de entes queridos em novelas.
 No dia 17 de novembro de 1995, no velório de minha filha Ana Luisa, nascida em São Paulo no dia 10 de dezembro de 1976, eu não queria acreditar que estivesse vivendo aquilo de verdade.
No dia seguinte, saí para comprar alguns presentes de Natal. Afinal, meus outros seis filhos ainda estavam ali e precisavam da mãe. Mas eu parecia um zumbi. Numa loja, me senti mal. Tontura, fraqueza, parecia que meu peito iria explodir, que eu não iria aguentar tanta dor.

 Pedi à vendedora que me deixasse sentar um pouco. Eu estava quase sufocando, as lágrimas queriam saltar de meus olhos. Mas eu não queria chorar. Queria esconder minha dor, fazer de conta que aquilo não havia acontecido comigo. Bebi água, respirei fundo e saí ainda zonza.
Eu sempre acreditei que iria terminar de criar minha filha, como todos os outros. Que iria vê-la formar-se em veterinária. Vê-la casada, com filhos. Achava que teria sempre a Aninha ao meu lado. Um dia, ela me contou que quando era pequena e eu saía pra trabalhar, ela sentia medo de que eu não voltasse. Por isso ficava sempre na porta de casa me olhando até eu sumir de sua vista. Por isso vivia grudada em mim.
Imagino que ela já pressentia ainda criança, que iríamos nos separar cedo. Só que foi ela a ir embora. Foi ela que saiu e não voltou mais. Foi ela que me deixou com a sua saudade.

 Para amenizar a falta, o vazio que ela deixou, eu ficava horas revendo os vídeos mais recentes com suas imagens. Nossas viagens, festas de aniversários, a formatura da irmã, seu jeitinho lindo tão meu conhecido de sentir vergonha.
Ela com o primeiro e único namorado. O gesto característico de arrumar os cabelos. A sua primeira apresentação de piano. Nesse vídeo então, eu ficava namorando suas mãos de dedos longos e finos.

 Até hoje eu me lembro de cada detalhe das mãos da Aninha. Assim como me lembro de cada detalhe de seus pés, do seu rosto...
Dali pra frente, o que mais me chocava e surpreendia era que todo o resto do mundo continuava igual. Como se nada tivesse acontecido: o sol nascia e se punha todos os dias, as pessoas andavam pelas ruas.

 O mesmo movimento, barulho. O mundo continuava a girar. Tudo, tudo igual. Só na minha casa, na minha família, dentro de mim, é que nada mais voltaria a ser como antes. Faltava minha filha, Ana Luisa!
Eu passava, quase diariamente, nos lugares comuns: o colégio Imaculada Conceição, em Botafogo. Cinema, lanchonete, restaurante, o metrô, onde tantas e tantas vezes viajamos juntas.

 A loja das comprinhas, o shopping, o parquinho, o clube onde fazia natação. A praia de Botafogo onde ela foi atropelada, o hospital Miguel Couto, onde passamos as horas mais angustiosas de nossas vidas.
O cemitério São João Batista, onde repousam seus restos mortais. Até hoje cada um desses lugares me lembra alguma coisa de minha filha. Até hoje guardo as lembranças de seus abraços, seus chamegos, o cheirinho da sua pele, o calor, seu carinho e aconchego. Ana vivia literalmente pendurada em mim. Já grandona, maior que eu, mas sempre como se fosse meu nenê pedindo colo.
Saudade. Saudade. Saudade, minha Aninha.
Não fosse a minha fé e a convicção de que a vida não termina com a morte, não fossem os outros filhos que ainda precisavam de mim, acho que teria pirado. 

Além da família, o trabalho, a terapia e o estudo da doutrina espírita me deram forças para superar a separação e a falta da Ana Luisa.
Sou e serei eternamente grata ao meu Pai do Céu, porque fui agraciada com muitos sinais de que a separação é apenas temporária. Alguns dias após sua passagem entrei em seu quartinho que ficou inundado pelo cheiro de rosas.

 Instintivamente fui olhar pela janela. Naturalmente o cheiro não vinha de fora. O perfume intenso era só ali dentro.
Um mês depois, no grupo que eu frequentava no Centro Seara Fraterna, minha filha se manifestou.

 Ainda meio confusa pela mudança abrupta e repentina, mas já consciente de sua passagem. Naquela noite, o buraco no meu peito que parecia uma ferida sangrando, mudou de aspecto.
 Continuava a doer, mas a certeza de que minha filha continuava e continua viva em alguma outra dimensão me trouxe uma nova perspectiva. A de que eu poderia chorar pela sua ausência, nunca pelo seu fim.
Dalí pra frente, algumas vezes vi, em outras pressenti, sua essência ao meu lado.

 No decorrer desses doze anos, recebi, por acréscimo de misericórdia, um bom número de mensagens dela. 
Uma das últimas foi através de um médium reconhecido, que foi fazer uma palestra num evento que eu apresentava.
 Sem que eu esperasse ou solicitasse, ele disse que via uma jovem ao meu lado – me descreveu exatamente minha filha - e que ela me apontava para ele dizendo: é esta aqui, ó.
Esta é que é a minha mãe. Quando me sentei, ele disse que ela sentou-se no meu colo. Entre as várias coisas no recado que me mandou, encerrou dizendo que as violetas (enceno a peça “Violetas na janela” há 11 anos) que ela cultiva onde se encontra, não serão colocadas na janela, e sim, serão usadas para fazer um tapete de flores para eu pisar quando chegar lá.

sexta-feira, 15 de março de 2013

VER, FALAR E EVOLUIR




Ver, Falar e Evoluir

Por Saul Brandalise Jr.


Interessante este trinômio: Ver, Falar e Evoluir. 
São palavras de altíssimo teor de Energia.
Ora, se Energia é Vida, precisamos prestar atenção de forma adequada a elas. 

Existem algumas maneiras de podermos ver e assim interpretarmos o que se descortina em nossa volta: certamente com os olhos. Obviamente com o Sexto Chakra.
 Fatalmente com ambos, olhos e chakra, agregados de nossos sentimentos, valores e emoções. Portanto, VER é complexo. E os sábios afirmam que cada um vê o que tem capacidade de assimilar dentro de seus conhecimentos desta e também de vidas passadas.

Lembre-se deste ditado: pior cego é aquele que não quer ver.

Já é diferente com o falar: algumas pessoas falam simplesmente porque escutaram ou leram. Repetem sem a mínima avaliação sobre as consequências de suas palavras. Meu papagaio também o faz. 
Quando me vê ele diz: Ôi... porque eu o ensinei. Se não lhe dou imediata atenção ele acrescenta: Pega, pega, pega, pegaaaaaaaaaa... 

Muitas pessoas se parecem com este animal.
Repetem o que escutam sem fazer qualquer tipo de análise em cima do reflexo de suas palavras.

Poucos sabem da força de uma palavra e que cada uma possui energia própria. 
Nalgumas, confesso, a energia é neutra, mas em sua maioria elas manifestam os dois campos: Negativo e Positivo.

Precisamos ficar atentos para este ponto, porque faz muita diferença em nossas vidas o que faço com o meu quinto chakra, o da comunicação. Se o maltrato, estrago a glândula tireóide e depois as consequências levarão meu corpo físico a engordar.

Evoluir. Este é o ponto.
Prestar atenção no que e como vejo.
Prestar atenção no quê, quando e como falo.

Tenho um texto pronto, ainda não publicado, em que meu Mestre ND me alertou sobre o que escrevi. Como sempre ele foi sábio. Pediu para que eu relesse o que havia acabado de escrever. Isso para mim é sinal suficiente de que existem mais coisas no ar do que simplesmente aviões da TAM... depois de estudar o texto, reler várias vezes e analisar o conteúdo eu lhe disse: acho que sei sobre o que o senhor está me alertando. Tem uma afirmação que faço, mas que ainda não estou pronto para assumir... Ele fez que sim com a cabeça. 

O texto está hibernando...
Quando eu me sentir seguro de que já domino este ponto em minha personalidade, publicarei.Portanto é preciso zelo, cuidado e consciência dos reflexos em nossas vidas sobre o que causamos em nossas colheitas com as nossas atitudes, com a correta interpretação e assimilação do que vemos e depois o que fazemos com as nossas palavras.

Conheci uma pessoa tida como muito boa. Daquelas que tudo fazem para ajudar os outros e se intrometem em suas vidas de maneira gratuita. Vêem os problemas e ajudam os outros. Fiquei perplexo em ver que ela estava com Alzheimer... 

Controlar a vida dos outros, interferir em seu aprendizado causa sérias consequências para nós. Não importa se estamos bem ou mal-intencionados. O Universo não entende isso. Para ele o ato de ajudar o outro, sem ser convidado, é demagogia.

Portanto, é preciso muita cautela no que fazemos com o que vemos, com o que falamos, pois estas atitudes podem interferir diretamente em nossos valores e nos dos outros com os quais convivemos.

As pessoas precisam ser assistidas somente se pedirem.
Caso contrário, teremos que observar e aprender com o que estamos vendo. 
Isso é saber ver.

Não custa lembrar que valores são todos os conceitos que cremos como verdadeiros e os aplicamos em nossas vidas.

Ruben Alves escreveu: As crianças não têm idéias religiosas, mas têm experiências místicas. Experiência mística não é ver seres de um outro mundo. É ver este mundo iluminado pela beleza. Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança, jamais será sábio.

Não esqueça de considerar que o "criança" do Ruben é em sentido figurado e que na realidade a palavra tem o sentido de pureza.

Na realidade Ver, Falar e Evoluir passam por um caminho muito estreito, que é a nossa interpretação em cima do cenário que se descortina em nossa volta. Não é simples como parece, porque o conhecimento, dizem, não ocupa lugar. 

Ocupa sim. Ele pode nos deixar alheios ao que está acontecendo ao nosso redor. 
Podemos enaltecer o Ego e com isso perdermos a auto-estima e mergulharmos na vaidade, colocando-nos em uma situação de exclusão do meio em que vivemos e assim estagnarmos a nossa evolução.

É muito ruim interferir na vida dos outros, mas é igualmente péssimo saber e não aplicar o conhecimento em todas as nossas atitudes do dia-a-dia.

A evolução passa balizada pelo saber ver e também controlar a fala.
A evolução é individual e o caminho é solitário.
Não precisamos levar ninguém que não queira ir.

A decisão de estar junto deve ser respeitada como sendo de foro íntimo, exclusivo e ainda sem falsas promessas. Ninguém é metade de ninguém e ninguém é filho de um pai que adestra.

Siga sua alma e o seu coração.

Precisamos, todos, aprender a ver corretamente e a falar de forma adequada para assim ficarmos conscientes de que estamos evoluindo.

Sei que nos veremos
Beijo na alma 

Saul Brandalise Jr. é autor do livro: "O Despertar da Consciência" da editora Theus, onde mostra através das narrativas de suas experiências como extrair lições de vida e entusiasmo de cada obstáculo que se encontra ao longo de uma vida. 

quarta-feira, 13 de março de 2013

É NECESSÁRIO PRUDÊNCIA PARA SE COMUNICAR COM O MUNDO INVISÍVEL


O estudo do mundo invisível exige muita sabedoria e perseverança. Somente depois de anos de reflexão e de observação é que se adquire a Ciência da vida, que se aprende a conhecer os homens, a julgar seu caráter, a prevenir-se contra as armadilhas das quais o mundo está semeado.
 Mais difícil ainda de se adquirir é o conhecimento da humanidade invisível que nos cerca e plana acima de nós. 
O espírito desencarnado encontra-se além da morte tal como ele próprio se fez durante estada nesse mundo.
 Não é nem melhor nem pior. Para domar uma paixão, corrigir um defeito, atenuar um vício, é preciso, às vezes, mais de uma existência.

Daí resulta que, na multidão dos espíritos, os caracteres sérios e refletidos são, como na Terra, minoria; os espíritos levianos, apaixonados pelas coisas pueris e vãs, formam numerosas legiões. 
O mundo invisível é, pois, numa mais vasta escala a reprodução, a cópia do mundo terrestre. 
Lá, como aqui, a verdade e a ciência não são a partilha de todos. 
A superioridade intelectual e moral só se obtêm através de um trabalho lento e contínuo, pela acumulação de progressos realizados no decorrer de uma longa série de séculos.

Sabemos, todavia, que esse mundo oculto reage constantemente sobre o mundo corporal.
 Os mortos influenciam os vivos, guiam-nos, inspiram-nos à sua vontade.
 Os espíritos se atraem em razão de suas afinidades. Os que se despojaram da vestimenta de carne, assistem os que dela ainda estão revestidos.
 Eles os estimulam no caminho do bem, mas frequentemente, também, impelem-nos no do mal.

Os espíritos superiores só se manifestam nos casos em que sua presença pode ser útil e facilitar nossa melhoria. 
Fogem das reuniões barulhentas e só se dirigem aos homens animados de puras intenções. 
Nossas regiões obscuras pouco lhes convêm. Desde que possam, voltam para os meios menos carregados de fluidos grosseiros, mas, apesar da distância, não cessam de velar pelos seus protegidos.

Os espíritos inferiores, incapazes de aspirações elevadas, comprazem-se na nossa atmosfera.
 Envolvem-se na nossa vida e, unicamente preocupados com o que cativava seus pensamentos durante a existência corporal, participam dos prazeres e dos trabalhos dos homens aos quais sentem-se unidos pelas analogias de caráter ou de hábitos.
 Às vezes até, dominam e subjugam as pessoas fracas, que não sabem resistir à sua influência.
 Em alguns casos, seu império torna-se tal, que podem levar suas vítimas até ao crime e à loucura. Esses casos de obsessão e de possessão são mais comuns do que se pensa. É neles que se deve buscar a explicação de numerosos fatos relatados pela História.

Haveria perigo de se abandonar sem reserva à experimentação espírita. 
O homem de coração correto, de mente esclarecida e segura, pode nela recolher consolações inefáveis e preciosos ensinamentos.
 Mas aquele que apenas buscasse nesses fatos um interesse material ou um divertimento frívolo, tornar-se-ia fatalmente objeto de mistificações inumeráveis, o brinquedo de espíritos pérfidos que, elogiando seus pendores, seduzindo-o pelas brilhantes promessas, ganhariam sua confiança, para sobrecarregá-lo, em seguida, com zombarias e decepções.

Uma grande prudência é, então, necessária para se entrar em comunicação com o mundo invisível. 
O bem e o mal, a verdade e o erro misturam-se, e, para distinguir um do outro, é preciso fazer passar todas as revelações, todos os ensinos, pelo crivo de um julgamento severo. Só se deve aventurar nesse terreno passo a passo.
 Para expulsar as más influências, para afastar a horda de espíritos levianos ou maléficos, basta tornar-se senhor de si, e nunca abdicar do direito de controle e exame, de procurar acima de tudo os meios de se aperfeiçoar no conhecimento das leis superiores e na prática das virtudes. 
Aquele cuja vida é reta, e que procura a verdade com um coração sincero, nenhum perigo tem a temer.
 Os espíritos de luz nele lêem, vêem suas intenções e o assistem.
 Os espíritos trapaceiros e mentirosos afastam-se do justo, como uma tropa de partidários diante de uma cidadela bem defendida. 
Os obsessores atacam, de preferência, os homens levianos, que negligenciam as questões morais, para buscar em tudo seu prazer ou seu interesse.

Quase sempre, laços cuja origem remonta às existências anteriores unem os obsediados aos seus perseguidores invisíveis. A morte não apaga nossas faltas e não nos livra dos nossos inimigos. 
Nossas iniquidades recaem sobre nós através dos séculos, e aqueles que as sofreram, perseguem-nos com sua vingança e seu ódio além da tumba. Assim o permite a justiça soberana. 
Tudo se resgata e se expia. Aquilo que, nos casos de obsessão e de possessão, parece-nos anormal, iníquo, não é frequentemente, senão a consequência das espoliações e das infâmias efetuadas no obscuro passado.

Fonte: extraído do livro “Depois da Morte”, de Léon Denis.

quarta-feira, 6 de março de 2013

BÍBLIA E O ESPIRITISMO - J. Herculano Pires‏



Capítulo 33    A BÍBLIA E O ESPIRITISMO
 
Há tempos, apareceu em São Paulo um livro intitulado Contradições Bíblicas, que provocou certos rebuliços nos meios espíritas.
Houve mesmo quem temesse pelos efeitos deletérios da obra.
Fui dos que não lhe atribuíram nenhum valor, entendendo que nada se podia temer de um ataque a esse livro que representa um monumento milenar da história
humana e um marco indelével na evolução espiritual da terra: a Bíblia.
O tempo se incumbiu, logo mais, de provar que eu estava com a razão.
O livrinho acusatório passou rapidamente ao esquecimento, e a Bíblia continuou a ser o que sempre foi.
Agora, aparece um livro melhor, escrito com mais cuidado, em bom português, analisando o problema bíblico com um pouco mais de atenção.
Mas a sua posição é a mesma do anterior, sua finalidade é ainda apontar contradições no velho texto.
Da Bíblia aos nossos dias, do confrade Mário Cavalcanti de Mello, está provocando, também, agitações no meio espírita.
E não faltam os que lhe batam palmas, certos de que o livro demolidor tem uma grande missão a cumprir.
Não obstante, aparecem os que se opõem a essa atitude Anti-Bíblica do confrade Cavalcanti de Mello, impedindo que a crítica ao livro se
generalize entre os nossos confrades pouco informados do assunto.
Sinto-me feliz de ter sido um dos primeiros a levantar a pena contra o livro do confrade Cavalcanti de Mello, e de vir mantendo com ele uma polêmica serena e fraterna
em torno do problema, no jornal "Mundo Espírita".
Penso que me cabe o dever de dar alguma contribuição para o esclarecimento de um assunto de tamanha importância doutrinária.
E mais feliz ainda me senti, quando, ao abrir o último número da "Revista Internacional de Espiritismo", encontrei o artigo do confrade Arnaldo S. Thiago, quem não
conheço pessoalmente, mas cujos trabalhos admiro há tempos, refutando as asserções um tanto quentes do confrade Victor Magaldi, que em artigo anterior elogiara a obra.
Penso que nós, espíritas, temos o dever de analisar as coisas de maneira serena e compreensiva, pois foi a lição de Kardec e esse é o espírito da nossa doutrina.
Sim, porque o Espiritismo não é uma doutrina dogmática, de postulados rígidos, mas uma doutrina
evolutiva e amplamente compreensiva, que procura entender a vida em todas as suas
manifestações, entendendo, portanto, o processo geral da evolução humana.
Há espíritas que condenam a Psicanálise, o Darwinismo, o Existencialismo, e outras doutrinas
científicas e filosóficas, numa atitude fechada de fanáticos religiosos, sem procurarem
compreender a razão de ser dessas doutrinas e o que elas representam no imenso esforço do homem para interpretar o mundo e a vida.
Há outros que condenam a Bíblia, como há os que condenam os próprios Evangelhos, e ainda os que condenam o Cristianismo, afirmando
que o Espiritismo nada tem a ver com ele.
Todas essas atitudes dogmáticas discordam daquilo que chamamos o espírito da doutrina.
O Espiritismo não condena: explica.
E, explicando, justifica os erros humanos, procurando corrigi-los pela compreensão e não pela coação.
No tocante à Bíblia, é o que podemos ver em Kardec.
A Bíblia é para ele um livro de grande importância histórica, pois representa a codificação da I Revelação.
A seguir, vêm os Evangelhos, que são a codificação da II Revelação.
E depois, como sabemos, O Livro dos Espíritos e as obras que o completam, formando a codificação do Espiritismo.
Todo um processo histórico está representado nessa trilogia.
Se o confrade Mário Cavalcanti de Mello tivesse compreendido isso, em vez de escrever um livro demolidor,
aproveitaria o sugestivo título que usou, Da Bíblia aos nossos dias, para mostrar a beleza, a
harmonia e a grandeza dessa extraordinária sequência das fases evolutivas da humanidade terrena.
Citemos um trecho esclarecedor de Kardec em A Gênese.
Trata-se do número 6 do capítulo quatro: "A Bíblia, evidentemente, encerra fatos que a razão, desenvolvida pela
ciência, não poderia hoje aceitar, e outros que parecem estranhos e derivam de costumes que já não são os nossos.
Mas, a par disso, haveria parcialidade em se não reconhecer que ela encerra grandes e belas coisas.
A alegoria ocupa, ali, considerável espaço, ocultando sob o seu véu sublimes verdades, que se patenteiam, desde que se desça ao âmago do
pensamento, pois logo desaparece o absurdo".
Nada se pode querer de mais claro, mais preciso e mais belo.
Kardec revela a mais serena e elevada compreensão da Bíblia, e essa deve ser a nossa compreensão de espíritas em face do grande livro.
O confrade Cavalcanti de Mello, que conheço e admiro, partiu de uma premissa falsa, ao escrever a sua obra de crítica bíblica.
Sua intenção, cuja pureza reconheço e louvo, foi a de defender o Espiritismo contra o fanatismo bíblico.
Mas mesmo nesse terreno a posição de ataque não pode surtir efeito, pois os que se apegam à Bíblia só
poderão revoltar-se com a crítica ferina e impiedosa do grande livro.
Partisse da ideia de que a Bíblia é a codificação da l Revelação, o livro que encerra, na sua linguagem
dramática e alegórica, milenares experiências do homem na procura da Verdade e do Bem,
e chegaria facilmente à conclusão de que é um livro do passado, que os Evangelhos e o Espiritismo superaram.
Não se entenda, porém, que falando de superação, - do ponto de vista histórico, - esteja eu endossando a afirmação de que a Bíblia é objeto de museu.
Não. A Bíblia, como todos os grandes textos que encerram verdades reveladas, é um monumento imperecível.
Como bem disse Kardec, os que souberem levantar os véus da alegoria encontrarão na
Bíblia os mesmos e eternos princípios esclarecidos mais tarde por Jesus e pelo Espírito da Verdade.
As matanças, os horrores, as imoralidades que o confrade Cavalcanti de Mello
aponta na Bíblia, não são mais do que decorrências lógicas e naturais da época a que o livro se refere.
É um pouco de exagero, querermos condenar hoje os costumes de tempos tão distantes.
Tenho dito e repetido, em meus artigos de polêmica doutrinária com os confrades da
Escola de Niterói, - Imbassahy e Cavalcanti de Mello -, que lhes falta perspectiva histórica no exame dos problemas religiosos do Espiritismo.
E a prova disso está aí, bem clara, no livro Da Bíblia aos nossos dias.
Um pouco de perspectiva histórica teria modificado radicalmente a posição do confrade Mário Cavalcanti de Mello em face da Bíblia.
Queira Deus que, no meio espírita, já tão cheio de incompreensões e confusões, este livro,
fundamentalmente errado, não venha criar uma nova escola, absolutamente contrária ao espírito da nossa doutrina.
 
 
Do livro VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA, de J. Herculano Pires.