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domingo, 28 de julho de 2013

A PSICOLOGIA DA ORAÇÃO



Convencionou-se, ao longo do tempo, que a oração é um recurso emocional e psíquico para rogar e receber benefícios da Divindade, transformando-a em instrumento de ambição pessoal, realmente distante do seu alto significado psicológico.

A oração é um precioso recurso que faculta a aquisição da autoconsciência, da reflexão, do exame dos valores emocionais e espirituais que dizem respeito à criatura humana.

Tornando-se delicado campo de vibrações especiais, faculta a sintonia com as forças vivas do Universo, constitui veículo de excelente qualidade para a vinculação da criatura com o seu Criador.

Todos os seres transitam vibratóriamente em faixas especiais que correspondem ao seu nível evolutivo, ao estágio intelecto-moral em que se encontram, às suas aspirações e aos seus atos, nos quais se alimentam e constroem a existência.

A oração é o mecanismo sublime que permite a mudança de onda para campos mais sensíveis e elevados do Cosmo.

Orar é ascender na escala vibratória da sinfonia cósmica.

Em face desse mecanismo, torna-se indispensável que se compreenda o significado da prece, sua finalidade e a maneira mais eficaz pela qual se pode alcançar o objetivo desejado.

Inicialmente, orar é abrir-se ao amor, ampliar o círculo de pensamentos e de emoções, liberando-se dos hábitos e vícios, a fim de criar-se novos campos de harmonia interior, de forma que todo o ser beneficie-se das energias hauridas durante o momento especial.

A melhor maneira de alcançar esse parâmetro é racionalmente louvar a Divindade, considerando a grandeza da Criação, permitindo-se vibrar no seu conjunto, como seu filho, assimilando as incomparáveis concessões que constituem a existência.

Considerar-se membro da família universal, tendo em vista a magnanimidade do Pai e Sua inefável misericórdia, enseja àquele que ora o bem-estar que propicia a captação das energias saudáveis da vida.

Logo depois, ampliar o campo do raciocínio em torno dos próprios limites e necessidades imensas, predispondo-se a aceitar todas as ocorrências que dizem respeito ao seu processo evolutivo, mas rogando compaixão e ajuda, a fim de errar menos, acertar mais, e de maneira edificante, o passo com o bem.

Nesse clima emocional, evitar a queixa doentia, a morbidez dos conflitos e exterioridades ante a magnitude das bênçãos que são hauridas, apresentando-se desnudado das aparências e circunlóquios da personalidade convencional.

Não é necessário relacionar sofrimentos, nem explicitar anseios da mente e do coração, porque o Senhor conhece a todos os Seus filhos, que são autores dos próprios destinos e ocorrências, mediante o comportamento mantido nas multifárias experiências da evolução.

Por fim, iluminado pelo conhecimento da própria pequenez ante a grandeza do Amor, externar o sentimento de gratidão, a submissão jubilosa às leis que mantêm o arquipélago de astros e a infinitude de vidas.


Tudo ora no Cosmo, desde a sinfonia intérmina dos astros em sua órbita, mantendo a harmonia das galáxias, até os seres infinitesimais no mecanismo automático de reprodução, fazendo parte do conjunto e da ordem estabelecidos.

Em toda parte vibra a vida nos aspectos mais complexos e simples, variados e uniformes.

Sem qualquer esforço da consciência, circula o sangue por mais de 150 mil quilômetros de veias, vasos, artérias, em ritmo próprio para a manutenção do organismo humano tanto quanto de todos os animais.

Funções outras mantidas pelo sistema nervoso autônomo obedecem a equilibrado ritmo que as preserva em atividade harmônica.

As estações do tempo alternam-se facultando as variadas manifestações dos organismos vivos dentro de delicadas ondas de luz e de calor que lhes possibilitam a existência, a manifestação, o desabrochar, o adormecimento, a espera.

O ser humano, enriquecido pela faculdade de pensar e dotado do livre-arbítrio, que lhe propicia escolher, atado às heranças do primarismo da escala animal ancestral pela qual transitou, experiencia mais as sensações do imediato do que as emoções da beleza, da harmonia, da paz, da saúde integral,

Reconhece o valor incalculável do equilíbrio, no entanto, estigmatizado pela herança do prazer hedonista, entrega-se-lhe à exorbitância pela revolta nos transtornos de conduta, como forma de imposição grotesca.

Ao descobrir a oração, logo se permite exaltar falsas ou reais necessidades, desejando respostas imediatas, soluções mágicas para atendê-las, distantes do esforço pessoal de crescimento e de reabilitação.

É claro que aquele que assim procede não alcança as metas propostas, pois que elas ainda não podem apresentar-se por nele faltarem os requisitos básicos para o estabelecimento da harmonia interior.

A oração é campo no qual se expande a consciência e o Espírito eleva-se aos páramos da luz imarcescível do amor inefável.

Quem ora ilumina-se de dentro para fora, tornando-se uma onda de superior vibração em perfeita consonância com a ordem universal.

O egoísmo, os sentimentos perversos não encontram lugar na partitura da oração.

Torna-se necessário desfazer-se desses acordes perturbadores, para que haja sincronização do pensamento com as dúlcidas notas da musicalidade divina.

A psicologia da oração é o vasto campo dos sentimentos que se engrandecem ao compasso das aspirações dignificadoras, que dão sentido e significado à existência na Terra.

Inutilmente, gritará a alma em desespero, rogando soluções para os problemas que lhe compete equacionar, mesmo que atraindo os numes tutelares sempre compadecidos da pequenez humana.

Desde que não ocorre sintonia entre o orante e a Fonte exuberante de vida, as respostas, mesmo quando oferecidas, não são captadas pelo transtorno da mente exacerbada.


Quando desejares orar, acalma o coração e suas nascentes, assumindo uma atitude de humildade e de aceitação, a fim de que possas falar àquele que é o Pai de misericórdia, que sempre providencia todos os recursos necessários à aquisição humana da sua plenitude.

Convidado a ensinar aos seus discípulos a melhor maneira de expressar a oração, Jesus foi taxativo e gentil, propondo a exaltação ao Pai em primeiro lugar, logo após as rogativas e a gratidão, dizendo:

- Pai Nosso, que estais nos Céus...

Entrega-te, pois, a Deus, e nada te faltará, pelo menos tudo aquilo que seja importante à conquista da harmonia mediante a aquisição da saúde integral.


Divaldo Pereira Franco/Joanna de Ângelis



quarta-feira, 24 de julho de 2013

PRECE PELA FAMÍLIA




A minha família, Senhor, é um pequeno jardim plantado entre as tribulações do mundo e onde colho, diariamente, as flores da alegria e as bênçãos do refazimento.
Quando juntos, a vida corre harmoniosa e serena qual se fôssemos um pequeno mundo à parte, isolados do torvelinho humano pelos laços inquebrantáveis da simpatia, do carinho e da compreensão mútua...
No entanto, sei que tudo se transforma, se altera, se dilui e se recompõe nem sempre da forma como desejamos.
Aqueles que eu amo, Senhor, hoje amparados em meu coração pelos laços de sublime afeto, amanhã poderão se encontrar em experiências das quais não me será permitido fazer parte... 
Enfrentarão, talvez, tempestades e angústias que não poderei aplacar, por mais queira; encontrarão desenganos que meus cuidados serão incapazes de afastar e conhecerão, quem sabe, pessoas que os levarão para longe de mim, deixando um ninho vazio e lembranças, apenas, de um tempo feliz e melhor...
Hoje, quando olho para minha família e me embriago entre afagos e carícias, não devo mais esquecer que eles, assim como eu, Te pertencem, para que Tu, Divino Condutor, os guie pelos caminhos que melhor lhes auxiliem a evolução, caminhos estes que nem sempre serão os meus caminhos...
Por isso, embora grato pela felicidade que me proporcionastes ao permitir que tantos corações queridos renascessem junto de mim, rogo-lhe não permita que o egoísmo me isole com eles em meu ninho de amor, transformando-os em bonecos de deliciosa manipulação e fazendo-os sofrer mais tarde, quando o vento da provação afastar para bem distante a minha possibilidade de protegê-los, agravando com isso os sofrimentos que por ventura venham a experimentar.
Rogo-lhe, Senhor, igualmente, que eu jamais deixe de anotar junto a mim os outros irmãos de jornada, nem sempre aquinhoados pela mesma sorte, a vagar desprovidos do pão da ternura e do bálsamo do amor e da compreensão.
Abra meus olhos, Pai, para a vida em torno, a fim de que eu assinale a presença de tantas outras almas merecedoras de todo o meu carinho e atenção, do modo como eu dispenso carinho e atenção aos meus familiares, para que um dia, quando chegar o momento de entregar os meus amados à vida, eu não sucumba, infeliz e vazio, entre o remorso, a saudade e a solidão.

Assim seja!
(Oração recebida no Instituto André Luiz em 25.10.2002)


domingo, 21 de julho de 2013

SEXO E CULPA




A sexualidade é a área em que a culpa mais floresce na sociedade.
 Como pouco sabemos sobre ela, ficamos praticamente confinados às ideias e opiniões alheias. 
Nossa limitação na compreensão dos outros seres humanos se deve ao pouco ou a quase nada que sabemos sobre nós mesmos, ou seja, ao desconhecimento de nossa sexualidade. 
Por isso é que temos dificuldade de admitir a diversidade de sentimentos e emoções afetivas e sexuais.
Confundimos constantemente a nossa habilidade para o sexo com a nossa capacidade sexual.
 Por acreditarmos saber distinguir a diferença biológica entre o macho e a fêmea, julgamos conhecer tudo sobre o conjunto dos fenômenos sexuais que se podem observar nos seres vivos.
Na atualidade, as crianças são introduzidas prematuramente na esfera dos adultos por inúmeras revistas, filmes, cartazes, fotografias e pela publicidade da televisão e do radio, 
o que lhes provoca a malícia numa idade desprovida da lógica e do bom senso contra essa espécie de afronta sexual.
Desde cedo, os ensinamentos de valores éticos e morais deverão ser ministrados aos menores, 
para que eles possam absorver, inconscientemente, através dos gestos, atos, ideias e palavras dos pais, tudo o de que necessitam para formar um padrão normal psicossexual e emocional.
Orientar, a nosso ver, não é a mesma coisa que educar. 
A educação sexual é assimilada, basicamente, na experiência de vida no lar; traz a marca ou o caráter distintivo e particular dos pais. Já a orientação sexual engloba métodos de ensino, 
informação e notícias transmitidas e/ou aplicadas à criança pelos parentes, religiosos, professores, psicólogos, médicos e outros profissionais especializados.
Ainda que os pais não tenham fornecido, intencionalmente, educação sexual aos filhos, 
mesmo assim as crianças formaram hábitos, conceitos e ideias sobre o sexo, absorvidos no dia-a-dia da vida familiar nos mais diversos exemplos que recolheram dos atos e crenças dos adultos.
Noções, crendices, preconceitos e concepções já existem nas crianças, pois são frutos de suas existências pretéritas. 
Além disso, somam-se à sua “bagagem espiritual” as ocorrências e aprendizagem da vida atual. 
É importante, no entanto, para desenvolver adultos maduros e ajustados psicossexualmente, fundamentar o ensino da orientação sexual sobre métodos pedagógicos e psicológicos de cunho reencarnacionista, pelos quais os menores são observados como almas milenares e educados sob uma atmosfera de vida eterna.
Em certas circunstâncias evolutivas, encarnamos como homem; em outras, como mulher. 
E, ainda, em determinadas oportunidades de aprendizagem e de renovação, o espírito pode vir ocupar uma vestimenta corporal oposta à tendência íntima que vivenda. 
O fenômeno é análogo ao que se refere à área masculina tanto quanto a feminina. Independentemente da forma de sexualidade que estamos vivenciando no presente, procuremos aceitá-la em plenitude, visto que há sempre, em qualquer condição, a oportunidade de adquirirmos experiências e, 
por consequência, progredirmos espiritualmente, vencendo desafios e promovendo realizações.
 “(…) o mal depende principalmente da vontade que se tenha de o praticar. 
O bem é sempre o bem e o mal sempre o mal, qualquer que seja a posição do homem. 
Diferença só há quanto ao grau da responsabilidade”.
Não podemos nos esquecer de que o “grau de responsabilidade” deve ser sempre coerente com a estrada evolucionai por onde transitam as almas. 
Portanto, os indivíduos responderão adequadamente por seus atos e atitudes e serão responsáveis somente por aquilo que conhecem, não pelo que ignoram.
Devemos, assim, viver em paz com nossa experiência sexual atual, valorizando nosso aprendizado e, em tempo algum, culpar-nos ou atribuir culpa a alguém.
Todos os seres humanos são regidos pela “Lei das Vidas Sucessivas”. 
Cada um de nós está vivendo um aprendizado particular e único em todos os aspectos e, obviamente, também na área sexual. 
Efetivamente, existem tantos níveis de entendimento e amadurecimento sexuais quanto indivíduos que os possuem.
Não podemos determinar exatamente a extensão das dificuldades e das carências de conhecimento e discernimento de uma criatura em seu desenvolvimento afetivo. 
Mesmo porque estamos na Terra a fim de aprender e é através de nossos acertos e desacertos que ficaremos sabendo como agir corretamente nas experiências subsequentes.
Podemos julgar a promiscuidade sexual, moralmente errada mas não podemos julgar o indivíduo promíscuo, por desconhecermos sua necessidade evolutiva e seu “coeficiente de maturidade”.
Na fisiologia, o denominado “ponto cego” é um local no campo da visão em que não há células sensíveis à luz. É nesse ponto que as fibras nervosas da retina convergem para formar o nervo óptico, que transmite os sinais nervosos ao cérebro para a decifração em imagens visuais. 
Transportando o significado deste termo fisiológico “ponto cego” para a área psicológica, poderemos fazer uma analogia entre esta lacuna em nosso campo visual com nossa falta de visão íntima para ver as coisas como realmente são. 
Nossos “pontos cegos” interiores se prendem à nossa inexperiência e à nossa incapacidade evolutiva.
Querer ser iguais aos outros e nos comparar sexualmente indicam ausência de peças importantes em nossa consciência profunda, o que nos torna incapacitados para perceber a extensão das Leis Divinas que regem a todos nós.

  Espírito Hammed - Psicografia de Francisco do Espírito Santo Neto.


sexta-feira, 19 de julho de 2013

O VALOR DA VIDA




Uma pessoa procura um guru indiano e lhe faz a seguinte pergunta:

- Guruji, eu perdi todos os meus bens num incêndio que destruiu minha residência. 
Por que a vida me fez perder tudo o que eu tinha?

O guru respondeu:

- Para você aprender a valorizar o que você é em essência, e não suas posses. 
As pessoas perdem as coisas geralmente para que possam aprender o valor do ser e não do ter.

Uma semana depois outra pessoa procura o guru e diz:

- Senhor, perdi meus pais e meu irmão numa batalha entre as cidades. 
Por que as pessoas precisam guerrear umas com as outras?

- As pessoas fazem a guerra e sofrem seus efeitos para descobrir o valor da paz e da convivência pacífica, respondeu o guru. 
Enquanto o ser humano não compreender a importância da paz, as guerras continuarão assolando nosso mundo.

Duas semanas depois, outra pessoa foi conversar com o guru, e lhe contou:

- Mestre, estou sofrendo de uma grave doença, que os médicos dizem não haver cura. 
Estou arrasado com isso. Por que preciso passar por essa enfermidade?

- Para aprender o valor da saúde. 
O ser humano precisa atravessar a dura provação das doenças para saber aproveitar as fases de sua existência em que goza de bem estar e de uma condição saudável, respondeu o guru.

Após ter se passado um mês depois, um homem procura o guru e pergunta:

- Grande Sábio! Dizem que peguei uma doença incurável e tenho poucos dias de vida. 
Vou morrer em breve e estou sofrendo muito por isso. 
Por que eu e outras pessoas precisamos morrer dessa forma?

- As pessoas constantemente ficam na iminência da morte para aprenderem o valor da vida. 
A vida é a dádiva mais preciosa que os seres dispõem. 
Com a expectativa da morte, todos passam a valorizar mais a própria vida. 
Se não houvesse a morte, as pessoas não iriam respeitar e nem valorizar o caráter sagrado da vida.

Um discípulo do guru acompanhou todas as pessoas que no último mês procuraram sua ajuda e que obtiveram respostas parecidas. 
O discípulo achou muito procedente todos aqueles ensinamentos, e por isso perguntou ao mestre se ele poderia resumir tudo o que foi dito dentro de uma lei universal comum, e de simples assimilação.

O Mestre respondeu:

- Claro. Isso é bem simples... Para se compreender o valor da saúde, precisamos passar pela doença. 
Para se compreender o valor das coisas, é necessário que elas sejam retiradas de nós. 
Para se compreender o valor da conquista, é necessário muito esforço para alcança-las. 
Para se compreender o valor da luz, é necessário atravessar a densa escuridão. 
Para se compreender o valor do bem, é necessário experimentar intensamente o mal. 
E, finalmente, para se compreender a dádiva sagrada da vida é necessário que as pessoas passem pelo vale sombrio da morte. 
O ser humano precisa passar pela árdua e severa perda para dar valor ao que realmente é importante na vida. 
Toda perda exterior implica num ganho interior, e este sim, se fixa em nossa consciência e torna inerente ao nosso espírito.

Autor: Hugo Lapa.


quarta-feira, 17 de julho de 2013

A PRISÃO DA MENTE


No filme V de Vingança temos o protagonista V e Evey, simbolizando aspectos opostos e complementares. 
Há a cena em que Evey é aprisionada por um desconhecido e mantida em cativeiro. 
Depois ela descobre que sua "prisão" nada mais era que uma farsa. 
E que o que V estava ensinando o que era, de fato, a verdadeira liberdade.

Isso ecoa um ensinamento de Masaharu Taniguchi, da Seicho-No-Ie, que diz:

Aquele que vive apenas no mundo da matéria e da carne é como um prisioneiro encarcerado dentro das paredes da matéria, porta de matéria e grades de matéria. Ele não pode fugir do mundo da matéria. 
O carcereiro meteu-o dentro da cela de matéria, trancou a porta e foi embora. 
Na ausência do carcereiro, ele resolve fugir da "cadeia de matéria", tenta empurrar a porta, mas esta não cede. Talvez o carcereiro tenha trancado a porta com a chave.

Dentro do cárcere havia uma estante com uma porção de livros, entre os quais se encontrava um com o título A VERDADE DA VIDA. Ele pegou o livro, abriu e leu. 

Estava escrito o seguinte: "O mundo da matéria visto no exterior é sombra projetada do mundo interno. 
Porém, o homem está com sua atenção toda tomada pelo mundo exterior e pensa que se pudesse dar um jeito na matéria poderia sair para um mundo livre. Então empurra a porta para fora, e bate mas não abre. 
Nesse momento de desespero, se ele volver a mente e abrir a "porta da mente" para dentro, libertar-se-á a força infinita do filho de Deus que nele se aloja. Então o homem alcança a plena liberdade".

Quando o prisioneiro acabou de ler isso, passou pela sua cabeça, como um relâmpago, a inspiração seguinte: "Se eu abrir a porta para dentro, poderei libertar-me". 

Ele se levantou, pôs a mão na maçaneta e puxou-a para dentro. A porta se abriu sem nenhuma resistência. 
O carcereiro não havia trancado a chave. A porta não estava trancada. Era ele mesmo que, na ilusão, pensava: "Está trancada e eu não posso sair". Não existia também o carcereiro que o tivesse prendido dentro das grades de matéria. A "sua mente" é que era o carcereiro. E a porta do cárcere não se abria enquanto não mudava a mente carcereira. Realmente era uma auto prisão. 
Não existe ninguém além da sua mente para prendê-lo.

Esse ensinamento contém o núcleo do que está por detrás dos nossos relacionamentos, dos nossos fracassos, culpas, apegos, etc. 
Continuamos e continuaremos a repetir os mesmos erros independente da situação, pessoa, idade e conhecimento ATÉ QUE COMPREENDAMOS - e mudemos - OS MECANISMOS POR DETRÁS DE NOSSAS ATITUDES DIANTE DA VIDA. 
Algumas vezes não queremos mudar. Outras vezes a pessoa com a qual nos relacionamos acaba trazendo o pior em nós. É uma oportunidade de ouro pra nos trabalharmos e reconhecermos nossos vícios e defeitos, mas pode também ser um convite ao masoquismo (o que seria outro mecanismo da mente). 
Cabe a nós decidir em que velocidade nós iremos progredir e se é possível aguentar a dor do processo de amadurecimento.
Referência: Templo dos iluminados.


segunda-feira, 15 de julho de 2013

DIÁLOGO





Marido e esposa tomavam, num restaurante, suas respectivas bebidas.

Ele, algo alcoólico; ela, suco de laranja natural.

Permaneciam em silêncio.

Poderia ser aquela quietude tranquila, sem constrangimento, nascida da intimidade, mera pausa na conversação.

Mais provável fosse o silêncio do casal que perdeu o gosto pela conversa, sinal evidente de relacionamento em crise.

Em dado momento ele a surpreendeu, dizendo, carinhoso:

- Eu te amo!

Ela o contemplou, atônita, surpreendida.

Há séculos o marido não lhe falava assim!

Seria efeito do álcool?

Exprimiu sua dúvida, perguntando:

- É você quem está falando ou o álcool?

E ele:

- Estou falando com a bebida.



Bem, leitor amigo, não sei se ela agrediu o marido atrevido ou simplesmente procurou o advogado para pedir divórcio, mas esse episódio nos remete a algumas ponderações sobre a vida conjugal.

Aprendemos com o Espiritismo que, geralmente, os casamentos são planejados na Espiritualidade, pelos próprios cônjuges ou seus mentores.

Os objetivos são variados, mas basicamente atendem à necessidade de desfazer aversões ou consolidar afeições, decorrentes de relacionamentos passados, num empenho de harmonização.

As estatísticas demonstram que em boa parte das uniões conjugais esses objetivos não são alcançados.

Na atualidade, sobe sempre o número de divórcios porque a afeição acabou ou recrudesceu a aversão.

Considere-se que isso costuma acontecer mesmo entre os casais que permanecem juntos, dispostos a se suportarem por amor aos filhos ou respeito à religião.



Diz o espírita:

- Já que é meu compromisso cármico, carregarei essa cruz até o fim de nossos dias. 

Depois, na vida espiritual, será cada um por si! Praza aos céus não nos vejamos nunca mais! 
Quero esquecer que um dia estivemos juntos.

Quem age assim, meu caro leitor, provavelmente reencontrará o cônjuge em futura reencarnação.

Viverão nova experiência em comum, já que não foi cumprido o objetivo fundamental do matrimônio, que é a harmonização das almas, ensejando convivência pacífica.



Em favor desse objetivo há algo indispensável: o cultivo do diálogo, a disposição de conversar, trocar ideias, exercitar os miolos, abrir o coração...

Um homem culto e inteligente apaixonou-se por linda jovem. 

Sentindo que era correspondido, pretendeu pedi-la em casamento, mas não usou a fórmula tradicional:

- Você me daria a honra de casar-se comigo?

Disse-lhe, simplesmente:

- Você gostaria de passar os próximos 40 anos conversando comigo?

Eis a base do casamento perfeito: longa conversa, a estender-se vida afora.

Pode o tempo passar, a paixão esgotar-se, a beleza física desfazer-se, mas, se o diálogo permanece, o amor fica.

Um amigo dizia:

- Não ocorre o contrário? Cessa o diálogo porque o amor foi embora?

Está confundindo amor com paixão.

Se o casamento foi baseado na paixão, na atração física, o diálogo acaba quando se esgota o desejo.

Isso acontece frequentemente na atualidade, de liberdade sexual confundida com libertinagem.



Diálogos frequentes, francos, abertos, aquele desvelar a alma, representam a poção mágica para uma união amigável e perfeita, com pleno entendimento entre os cônjuges.

Naturalmente, diálogos civilizados, de respeito mútuo, jamais resvalando para a lamentável pancadaria verbal, quando as pessoas põem-se a gritar e a ofender, conturbando a vida conjugal.

Diálogos bem-humorados, sinceros, amigos, de tal forma que sempre haverá o que conversar, e quando o marido disser "eu te amo", a esposa saberá que ele não está falando com a bebida.



(Richard Simonetti)




sexta-feira, 12 de julho de 2013

DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS



Quando perguntam aos orientais sobre doenças psicossomáticas, se essas realmente existem
 e se é verdade que a mente do ser humano é capaz de causar doenças físicas mesmo sem o real intento, este responde:

"Quando a boca cala... o corpo fala!!!
O resfriado escorre quando o corpo não chora.
A dor de garganta entope quando não é possível comunicar as aflições.
O estômago arde quando as raivas não conseguem sair.
O diabetes invade quando a solidão dói.
O corpo engorda quando a insatisfação aperta.
A dor de cabeça deprime quando as duvidas aumentam.
O coração desiste quando o sentido da vida parece terminar.
A alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável.
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas.
O peito aperta quando o orgulho escraviza.
O coração infarta quando chega a ingratidão.
A pressão sobe quando o medo aprisiona.
As neuroses paralisam quando a"criança interna" tiraniza.
A febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade.
Preste atenção!



quarta-feira, 10 de julho de 2013

A DIFÍCIL ARTE DA PACIÊNCIA

 


Ai, que esperar cansa!!!
E causa desânimo!
E pré-ocupa nossas mentes.
Por que preocupar tem sempre uma
conotação negativa, se na realidade
significa ocupar com antecipação? 
Deve ser por causa dessa nossa mania
de que quando devemos pré-ocupar nossa
cabeça, já pré-ocupamos com problemas,
 tragédias, coisas ruins.
Alguns, mais sábios, pré-ocupam com
 sonhos, mas nem mesmo chamam isso
de preocupação.
Sabemos perfeitamente como funciona a vida
e que precisamos saber esperar o que
 não temos controle.
 Mesmo as flores esperam sua hora
de desabrochar.
E pra vida não queremos esperar.
Queremos desejar e no minuto seguinte
ver o resultado, como se não fosse preciso
a maturação dos nossos desejos.
Trazemos para nós, antecipadamente e
muitas vezes inutilmente, doenças físicas
e espirituais.
Muitas vezes pegamos um atalho e chegamos
mais rápido, mas com isso perdemos muito
 da beleza do caminho.
Chegamos mais cedo sim, mas de certa forma
 alguma coisa ficou faltando.
Não é assim com as crianças e adolescentes
 que vivem cedo demais a vida adulta?
Se colhemos uma flor em botão, impedimos
a ela e a nós a sua plenitude.
Mas que é difícil ser paciente, isso é!
 Há horas em que queremos pegar o relógio
 do tempo e girar os ponteiros com nossas
mãos para que o dia seguinte chegue logo;
queremos dormir muito para não ver as
 horas se desfilando graciosamente diante
dos nossos olhos; queremos pensar em outras
 coisas, mas não conseguimos.
Sacrificamos, dessa forma, nosso presente,
 por um futuro desconhecido, que nem sempre
será de acordo com o que pensamos.
Pessoas que esperam por um dia feliz jogam
fora a felicidade do presente com a
ansiedade do amanhã.
Pior é quando esperamos pelo resultado de um
exame com probabilidades negativas.
Aí então, nosso hoje fica realmente perdido.
Choramos antes, temos dores de cabeça
antes, não dormimos antes...
o presente torna-se não somente inútil,
 mas quase insuportável.
Não temos, infelizmente, essa capacidade
gloriosa de nos dizer: "deixa para eu sofrer
para quando souber do resultado definitivo e
se não for o que se espera, não sofri por nada."
Se há um tempo para todas as coisas, deixemos
então que cada coisa chegue na sua vez.
Vamos abraçando-as uma à uma à medida que
 chegam até nós, vivendo o minuto presente
que é a graça diária que Deus nos oferece.
Aprender a paciência é uma arte,
provavelmente a mais difícil de todas.
Ela exige muito de nós, exige auto-controle,
 exige determinação.
Viva o hoje! Viva a hora de agora!
O amanhã pode tanto esperar por você quanto
 você espera por ele.
 
(Autora: Letícia Thompson)


sábado, 6 de julho de 2013

ENTRE O CORPO E A ALMA

Um documentário sobre a esquizofrenia.
Este vídeo tem por objetivo contribuir para uma melhor compreensão da esquizofrenia
e também oferecer uma esperança realista aos que convivem com o transtorno.






sexta-feira, 5 de julho de 2013

SUA VIDA É OBRA SUA



"Nosso subconsciente trabalha na materialização de nossas crenças. 

Ele não tem senso de humor. Faz sempre o que acreditamos. 

Não falha. Dessa forma, o fracasso não existe. 

Você foi sempre um sucesso! Sua vida é obra sua. 

Você é responsável por suas experiências. 

Mesmo aquelas que parecem não depender de você foram atraídas por sua forma de pensar.

As coisas não vão bem? Só colhe infelicidade? 

É hora de perceber como você consegue fazer isso. Certamente não escolheu a atitude adequada para obter bons resultados. 

Mudando essa atitude, tudo se modificará.

A vida deseja que você desenvolva seus potenciais de espírito eterno e aprenda a ser feliz. 

A felicidade é nosso destino e só o bem é verdadeiro. 

Para nos ensinar isso, a vida programa nossas experiências de acordo com nossas necessidades. 

Através do resultado dessas experiências conquistamos a sabedoria.

Na queixa há sempre uma justificativa para continuarmos a ser como somos, mas há também uma auto-imagem negativa. 

Você pensa que não pode fazer nada, que é incapaz e não merece. 

Conforma-se em ser pobre, em ficar em segundo plano, em pensar primeiro nos outros (“é feio pensar em você primeiro”). 

Acha que, para você ter, outros terão que dar e perder. 

Como se Deus fosse pobre e tão limitado que para dar a uns teria que tirar de outros. 

Esses pensamentos são altamente depressivos e atraem infelicidade.

Seu subconsciente obedece às mensagens que você lhe envia. 

Você tem todo o poder de criar seu próprio destino. 

Se deseja viver melhor, reconheça isso.

Faça uma lista de suas crenças e até das frases que costuma dizer. 

Se puser atenção e for sincera, logo vai perceber quais as crenças que são responsáveis por sua infelicidade. 

Não pense mais nelas. Esqueça-as. 

Quanto mais se preocupar em eliminá-las, mais pensará nelas e as alimentará.

Trate de cultivar o oposto. Faça afirmações positivas sempre usando o presente. Exemplo: “Eu sou feliz”, “Tenho muita sorte”, 

“Minha saúde está cada dia melhor”, etc. Escreva-as e espalhe-as em sua casa, nos lugares onde você possa vê-las constantemente. 

Repita-as várias vezes por dia.

Mas não se esqueça de pôr emoção nelas, acreditar realmente no que afirmar. Ignore aquela vozinha que lhe diz que não vai funcionar. 

Não custa nada experimentar.

Lembre-se de que todos os problemas de sua vida foram criados por você. Você foi, é e sempre será um sucesso. 

Suas escolhas podem ter dado um resultado diverso do que você esperava, mas você conseguiu materializa-las. 

Refletem o que você crê, e o que você crê seu subconsciente materializa…

"Reflita nisso."


Zíbia Gasparetto.