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terça-feira, 18 de março de 2014

EVANGELHO NO LAR


O Evangelho no Lar é um momento em que a família se reúne para orar, entender e conversar acerca dos ensinamentos do Cristo. Ele deve ter horário de início pré-determinado, a fim de que a espiritualidade auxilie e ampare. Todos são convidados a participar, inclusive os visitantes. 
A inclusão das crianças é importante e os adultos devem encontrar atividades que elas possam realizar, como a prece ou a leitura de pequenos trechos, para que adquiram valores desde tenra idade.

Elevar a vibração mental dos participantes, conhecer as lições de paz, amor e caridade de Jesus, reunir a família, abrir as portas do lar para bênçãos, fortalecer as pessoas para o enfrentamento de dificuldades materiais e espirituais, mantendo ativos os princípios da oração e da vigilância são benefícios do Evangelho no Lar.

Sua realização deve iniciar com uma prece, a fim de harmonizar os participantes. 
Após, é lido pequeno trecho do livro "O Evangelho Segundo o Espiritismo", aberto ao acaso ou na seqüência que está sendo estudado, conforme combinado pela família. 
Esse texto é, então, comentado pelos presentes, cada um explicando o que entendeu de maneira breve e simples.

No momento seguinte são feitas as vibrações. Vibrar é doar amor, paz, saúde, bons fluidos para os familiares, amigos, doentes, para o próximo. Pode-se vibrar também por fraternidade e paz para toda a humanidade, por perdão e união entre as pessoas, pela implantação do Evangelho nos lares, bem como por motivos sugeridos pelos participantes. 
Ao final, alguém faz uma prece de encerramento.

Durante o Evangelho não é o momento adequado para desenvolver faculdades mediúnicas, pois elas devem ser orientadas em um Centro Espírita. Pode-se, porém, colocar um recipiente com água que será magnetizada pela espiritualidade durante a reunião e bebida ao final pelos participantes.

É um momento de estudo, oração e paz. Não deve possuir rituais, velas, incensos ou roupas especiais. São, porém, presenças importantes o amor, a vontade de aprender e a consciência de que é uma ocasião de prece, quando há a ajuda dos amigos espirituais para melhor entendimento dos ensinamentos do Mestre Jesus.

O Evangelho no Lar é fonte de aprendizado e crescimento espiritual e, pelo exercício dos ensinamentos do Cristo, a reforma íntima de cada um é contribuição importante para um mundo melhor.

Baseado no livro Evangelho no Lar à luz do Espiritismo.


terça-feira, 11 de março de 2014

ESPERANÇA SEM FRONTEIRAS



Reuven Feuerstein era filho de um rabino da cidade romena de Botoani. Quando tinha oito anos, um cocheiro analfabeto lhe pediu para que o ensinasse a ler a Torá, o livro sagrado dos judeus, em troca de seu relógio de bolso.

O cocheiro aprendeu a ler, mas o garoto não ganhou o relógio. Esta é a história da vida do psicólogo Feuerstein que, no seu Centro Internacional de Desenvolvimento do Potencial de Aprendizagem, em Jerusalém, faz questão de não cobrar de seus pacientes.

Durante a Segunda Guerra Mundial, ele estudava Psicologia em Bucareste. Participou do movimento de resistência judeu, ajudando a enviar clandestinamente para a Palestina crianças, cujos pais tinham sido mandados para campos de concentração pelos nazistas.

Após a guerra, montou dois acampamentos para jovens traumatizados, sobreviventes do Holocausto, que não iam bem na escola.

Na Suíça, em 1948, estudou com Jean Piaget, o pai da Psicologia do Desenvolvimento.

De volta a Israel, prosseguiu a trabalhar no seu método para ajudar deficientes mentais ou jovens de baixo rendimento.

Seu método ainda é visto com desconfiança em alguns círculos acadêmicos.  Mas, o que é certo é que ele contribuiu, de maneira notável, para a compreensão das habilidades e sua capacidade de modificação.

Enquanto muitos educadores acham que as crianças deficientes devem receber tarefas que não exijam muito, quase sempre manuais, Feuerstein desafia seus alunos com problemas intelectuais complexos.

Em dezembro de 1988, ele entrou em uma sala de aula da Universidade Barillan, próxima a Tellaviv.

Podem me dar os parabéns, falou. Tenho o orgulho de anunciar que acabei de me tornar avô. Meu neto tem Síndrome de Down.

Hoje, Feuerstein afirma: Eu sempre disse aos pais que o nascimento de uma criança com Síndrome de Down era motivo de alegria, e não de tristeza.

Quando meu neto nasceu, aconteceu comigo. Muitas vezes eu havia me perguntado qual seria minha reação. Mas passei no teste. O menino é uma fonte de alegria para mim.

Aos treze anos, ele está matriculado em uma escola comum.

Diz o avô: Ele vai crescer, casar-se e ter um emprego normal, como qualquer outra pessoa.

E quando lhe perguntam: Que tipo de emprego, responde depressa o sábio Feuerstein: O de professor, talvez.


Todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai, conforme ensinou o Mestre Jesus.

O psicólogo Feuerstein, em seu Instituto, dá provas desta verdade. Por suas mãos, passaram meninos novaiorquinos, como o pequeno Daniel, de onze anos; o pequeno autista da Costa Rica; o inglês Alex que, aos oito anos, teve removido o hemisfério esquerdo do cérebro e aos dezenove anos, aprendera a ler e a fazer as operações matemáticas básicas.

Mais do que isso: o rabino permitiu que seu método, que visa melhorar a inteligência e a capacidade de aprendizado, fosse traduzido para dezessete idiomas. Hoje, é ensinado em mais de cinquenta países, inclusive no Brasil.

Isso se chama fraternidade. Isso se chama esperança sem fronteiras.

( Com base no artigo Os milagres do Dr. Feuerstein, de Christopher Matthews, de Seleções Reader´s Digest, de abril de 2002).



segunda-feira, 3 de março de 2014

A VALORIZAÇÃO DO ESFORÇO



Um pai tinha três filhos. Desejando ensiná-los a serem trabalhadores e diligentes, de forma que pudessem aproveitar as oportunidades que lhes fossem concedidas durante a existência, um dia chamou-os e lhes disse: 

— Meus filhos, vou viajar. Antes, porém, vou dar-lhes algumas moedas para que vocês as utilizem da melhor maneira possível, de forma a fazê-las render. Em uma semana estarei de volta e quero ver o que cada um conseguiu fazer com o dinheiro que lhes dei. 

Chamou um filho e deu-lhe cinco moedas, duas moedas ao outro e uma moeda ao terceiro filho. 

Os garotos ficaram muito felizes com seu tesouro. 

O filho que ganhara cinco moedas, após muito pensar, resolveu comprar material e fazer pipas para vender. 

Assim, trabalhou bastante e, quando ficaram prontas, vendeu todas elas rapidamente.
 Dessa forma, conseguiu recuperar o que havia gasto e ganhar mais cinco moedas, ficando com dez. 

O garoto que ganhara duas moedas pensou bastante, pois não tinha muito dinheiro. O que fazer? Afinal, resolveu. 

Foi até o supermercado, comprou pacotinhos de suco e os preparou. 

Depois, arrumou uma barraquinha e vendeu copos de suco para os amigos. 

Assim, recuperou o que havia gasto e ganhou mais duas moedas, ficando com quatro. 

O terceiro filho, que recebera uma única moeda, colocou-a no seu cofrinho, com medo de perdê-la, e não fez nada. 

Uma semana depois o pai voltou e pediu contas aos filhos das moedas que lhes entregara. 

O que havia ganho cinco moedas, entregou dez ao pai, explicando, todo entusiasmado, o que fizera. 

— Muito bem, meu filho! Gostei de ver o seu esforço. Parabéns! 

O segundo filho, que ganhara duas moedas, entregou as quatro moedas ao pai e, muito animado, explicou o que tinha feito para consegui-las, recebendo os cumprimentos: 

— Parabéns, meu filho! Você soube fazer seu dinheiro render de forma útil. 

O terceiro filho, que recebera uma única moeda, aproximou-se um pouco envergonhado ao ver o relato dos irmãos e justificou-se, devolvendo a moeda ao pai: 

— Aqui está sua moeda, meu pai. Fiquei com medo de perdê-la e guardei-a nesse cofrinho para devolvê-la ao senhor quando voltasse. 

O pai, muito desapontado, falou com severidade: 

— Você foi preguiçoso, meu filho, e não mereceu a moeda que lhe confiei. Por isso, como você a devolveu sem fazer nada, vou entregá-la a um de seus irmãos que saberá usá-la de forma útil. 

E assim, corando de vergonha, o menino perdeu a oportunidade que o pai lhe concedera. 

Também assim acontece conosco na vida. 

Deus, que é nosso Pai, nos concede “talentos” que são oportunidades para algo fazermos de bom na vida, e que precisamos fazer com que frutifiquem a benefício da nossa evolução, ajudando ao nosso próximo e a nós mesmos. 


(Adaptação da Parábola dos Talentos, Evangelho de São Mateus, XXV:14 a 30.) 


Fonte: O Consolador - N° 31 - 16 de Novembro de 2007