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quinta-feira, 30 de maio de 2013

A CILADA DAS ALMAS GÊMEAS


A Doutrina Espírita é clara no que diz respeito às almas gêmeas. 
Não existem metades que precisam se completar para desfrutar a eterna felicidade. 
Cada um de nós é uma individualidade que estabelece laços e afinidades com outras individualidades através dos tempos e das vivencias sucessivas. 
Se substituirmos o termo “gêmeo” por “afim”, vamos perceber que são muitas as almas afins que encontramos e reencontramos por esse mundão de meu Deus!... 
E que todas elas, cada uma seu modo, têm seu espaço e importância em nossa caminhada. 
Podemos dizer então que são várias as nossas “almas gêmeas”. Amigos, filhos, irmãos, pais, mães, maridos e esposas, entre outros, formam a imensa fileira das relações de afinidade construídas vidas afora.
Porém, apesar da clareza dos ensinamentos espíritas, ainda vemos muita gente boa, dentro do nosso movimento, cair nessa armadilha emocional, que está mais pra conto do vigário que pra conto de fadas, e pode gerar graves consequências, não só na vida pessoal como também no núcleo espírita em que trabalham.
Temos presenciado histórias preocupantes. 
Aqui, são aqueles dois médiuns, ambos casados com outros parceiros, que se descobrem “almas gêmeas”; e aí, tentam se enganar que estão “renunciando”... 
Mantém-se em seus casamentos, mas tornam-se “irmãos siameses” na Casa Espírita. Sentam-se lado a lado nas reuniões, são vistos juntos em todos os lugares, dão sempre um jeitinho de fazer parte da mesma equipe (isso quando não arranjam uma missão que “a espiritualidade designou somente aos dois”) e se isolam pelos cantos em conversas particulares sem fim. 
Só tem olhos um para o outro e, em tal enlevo, não se dão conta que à sua volta todos sentem o que está acontecendo, sobretudo seus maridos e esposas, humilhados publicamente no melhor estilo adultério por pensamento e intenção, embora sob a máscara do amor fraternal. 
Sim, porque o fato de não partirem para o ato sexual não os exime do abandono afetivo e da traição emocional em relação aos cônjuges.
Acolá, é aquela irmã solitária e carente, que se depara com o eloquente e carismático orador. Que palestra!... Que palestrante!... Que homem! Ele só tem um defeito: É casado!... E logo com aquela senhorinha já envelhecida e meio sem graça... Que desperdício!... E eis que de repente ele também a vê na plateia... Bonitona, elegante, jovial e olhando-o com aquele olhar de admiração apaixonada que há muito ele não percebe na companheira... Afinal, o casamento - como todos após lá seus trinta anos - já entrou na rotina. Oh céus! Ali mesmo cupido dispara a flecha e zás!... Começam as justificativas íntimas: “Como não tinham se descoberto antes?!... 
Por certo eram almas gêmeas que há muito se procuravam... O casamento foi um equívoco; o reencontro uma programação para que pudessem trabalhar juntos para Jesus.” Resolvem então assumir o romance. 
A mulher dele, abandonada após anos de companheirismo e convivência, entra em profunda depressão, os filhos se revoltam, a família se desestrutura, os companheiros se retraem, decepcionados e temerosos... “Ora, quem tem suas mulheres e maridos que se cuide, pois se aconteceu com o fulano, que era um exemplo, ninguém está livre”...
Instala-se então o tititi e a desconfiança. Daí para o escândalo é apenas um passo, e para o afastamento constrangido dos próprios envolvidos, sua família e outros tantos trabalhadores desencantados com a situação, é um pulo. Sofrimento, deserção e descredibilidade. Tudo pelo direito ao “felizes para sempre” junto à sua “metade da laranja”... 
Mas, onde é que está escrito, no Evangelho, que é possível construir felicidade sobre os escombros da felicidade alheia ou edificar relacionamentos duradouros em alicerces de leviandade e egoísmo?
Temos visto estrondosos equívocos desse tipo mexer seriamente com estruturas de famílias e Casas Espíritas, fazendo ruir Instituições e relações que pareciam extremamente sólidas. 
Temos visto companheiros valorosos das nossas fileiras, que caminhando distraídos de que “muito se pedirá àquele que muito tiver recebido”, de repente resolvem jogar pro alto o patrimônio espiritual de uma vida inteira, em nome do “amor”. 
E assim, cônjuges dedicados e dignos são descartados como se não tivessem alma nem sentimentos, em detrimento de aventuras justificadas por argumentos inconsistentes, sem nenhum respaldo ético/moral ou espiritual. 
Isso quando ainda há um mínimo de honestidade e se pede a separação, porque alguns preferem continuar comodamente em seus relacionamentos “provacionais”, porém, mantendo na clandestinidade um “afair” paralelo com a tal “metade eterna”, sob a desculpa esfarrapada de que a família deve ser poupada, pois “família é sagrado!!!”
Logo se faz sentir o efeito dominó. Lá adiante, após vários corações feridos e muitas quedas morais, a convivência faz a alma gêmea virar “alma algemada”. 
As desilusões chegam, inevitáveis, com todo o peso resultante das atitudes ditadas pelas paixões. 
Porém, na maioria das vezes, já é tarde pra retomar - ainda nesta existência - o percurso abandonado.
Reflitamos. Ninguém chega atrasado na vida de ninguém. Se chegou depois é porque não era pra ser. 
E se não era pra ser há um bom motivo para isso, visto que as Leis Divinas são indiscutivelmente sábias, justas e providenciais. Não tem pra onde fugir: Quando o teste nos procura, ou somos aprovados ou forçosamente teremos que repetir a lição futuramente, e em condições bem mais adversas...
Podemos reencontrar, no grupo de trabalho espírita, grandes amores e paixões do passado que nos reacendem sentimentos e sensações maravilhosas? Sim. 
Podemos olhar para companheiros de ideal espírita com outros olhos que não sejam os do amor fraternal? Sim. Nada mais natural. Mas sabemos, pelo apóstolo Paulo, que poder nem sempre significa dever... 
Portanto, o bom senso nos diz que investir ou não afetivamente nessas pessoas vai depender de que ambos estejam livres para fazê-lo.
Alguém haverá de argumentar que casamento não é prisão e que aliança não é corrente; que ninguém está preso a ninguém “até que a morte os separe” e que o próprio Cristo admitiu a dissolução do casamento. 
Porém, o espírita não desconhece que na maioria dos casos, muito além dos compromissos cartoriais, existem profundos compromissos e dívidas emocionais entre aqueles que se escolheram como marido e mulher nesta vida. Compromissos muito sérios para serem dissolvidos porque o corpo requer sensações novas, porque a mulher envelheceu, perdeu o brilho ou porque o marido ficou rabugento... Como se o outro estivesse só quebrando um galho enquanto a “outra metade” não chegava...
Todos almejamos felicidade, e no estágio evolutivo em que nos encontramos isso ainda tem muito a ver com realização afetiva. 
Por isso mesmo não devemos ignorar que só a quitação de antigos débitos emocionais é que nos facultarão essa conquista. Precisamos interiorizar, de uma vez por todas, que os casamentos por afinidade ainda são raros neste momento planetário, e que se ainda não conseguimos amar o parceiro que nos coloca em cheque ou aquele que não corresponde aos nossos anseios, o conhecimento das leis morais exige que ao menos nos conduzamos com um mínimo de retidão e tolerância diante deles. 
Tal consciência nos exige também, caso nos sintamos atraídos por companheiros já comprometidos, que nos recusemos terminantemente, sob qualquer pretexto, a desempenhar o deprimente e desrespeitoso papel da terceira pessoa numa relação, pois não há conversa fiada de alma gêmea que dê jeito no rombo emocional aberto pela desonestidade afetiva, nem justificativa de carência e solidão que nos permita desviar da rota do dever sem que tenhamos, forçosamente, que colher amargos frutos, porque “se o plantio é livre, a colheita é obrigatória”.
Não se colhe rosas plantando espinhos. Sejamos responsáveis diante daqueles que escolhemos e que nos escolheram para compartilhar a vida. 
Acautelemo-nos contra as ilusões. Se os nossos anseios são irrealizáveis por agora, respeitemos as limitações impostas pelo momento que passa. 
Por mais possa doer olhar de longe um dos muitos seres amados que cruza o nosso caminho nesta vida, mas que já optou por outra pessoa, só a dignidade de nos manter à distância é que vai possibilitar, pelas justas leis da vida, que conquistemos por mérito, lá na frente, em outras circunstancias, a alegria do reencontro e a partilha do afeto junto àquele que nos é tão caro, porque estaremos redimidos dos ônus afetivos do ontem, através das atitudes renovadas do hoje.
“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça, e tudo o mais vos será acrescentado” (Mateus 6.33)
Saibamos buscar... Saibamos esperar... Trabalhemos por merecer... Afinal, temos pela frente a eternidade!

* Joana Abranches - Assistente Social e Presidente da Sociedade Espírita Amor Fraterno – Vitória/ES


terça-feira, 28 de maio de 2013

CRISTA DA INTELIGÊNCIA



O saber se aninha na cúpula das qualidades enobrecedores da alma. 
Ele deixa extravasar e essência da vida, falando mesmo nos seus rudimentos, da existência de Deus. 

A inteligência é a faculdade de executar as ordens do raciocínio e, quando iluminada pelo amor, obedece à vigilância do coração. 
A ciência terrena, há milhares de anos, procura a inteligência nas secreções da matéria. 
Não encontrando, até hoje, recusa-se a buscá-la em outras fontes. 
A natureza divina reserva para o futuro a revelação oficial, aos homens de saber, de onde vem a inteligência. Nesse momento, as portas se abrirão rumo a outras conquistas, interligadas por afinidades a essa verdade. 

O mundo caminha pela força do progresso. 
A coletividade avança nos mesmos paralelos, não havendo regressão. 
Somente esperamos o melhor, por ser Deus a suprema majestade da justiça e do amor. 
Os conhecimentos de um espírito são frutos de longos evos na noite da eternidade. 
O desabrochar da alma deu-se com a garantia de milênios sem conta, e o alvorecer do dia eterno, que jamais terá sombra, se aproxima, para a felicidade de quem o conquistou, sob a égide de Deus. 

Somos herdeiros de tudo e de todo o bem, dependendo da chancela do tempo e dos intervalos do espaço que nos faz compreender o valor da vida, o porquê dos problemas, da dor e dos sacrifícios. 
Avancemos, homens e espíritos livres da carne, pertencentes à Terra. 
Somos os mesmos em faixas diferentes, uns ajudando os outros para que completemos os nossos ideais diante dos nossos compromissos. 
É falsa a idéia de que, ao desencarnarmos, ingressamos no paraíso, na orquestração dos anjos. 
Só não é falsa quando a conquistamos pela consciência, na arte prodigiosa da maturidade espiritual. 
O céu é verdadeiro quando, em primeiro lugar, vigora intimamente, como lei ele-trostática que atrai o semelhante por freqüências iguais. 

A inteligência é um acervo de qualidades inerentes à alma, que já passou por variados processos evolutivos. 
É uma explosão racional da criatura para analisar a criação. 
E o homem inteligente não tem tempo a perder com ilusões por demais passageiras. 
Busca a auto-educação das forças mentais, corrige os impulsos que não favorecem as tendências do Evangelho, e não descansa enquanto a disciplina não fizer parte da família dos valores imortais do coração. 

Às vezes, parece-nos exagerada a filosofia das mensagens que nos levam à educação. 
Por ventura não seria melhor, mas bem melhor, mais praticarmos do que falarmos e escrevermos? 

Certamente que sim. Contudo, a própria natureza nos deixa crer, pela força da lei, que a teoria tem preferência na construção de todo e qualquer empreendimento e, para nós, a maior construção na Terra é a reforma do homem. 
A teoria é o princípio da toda a criação da inteligência, para depois passarmos por outras vias de consolidação. 

Escutando, vendo e lendo é que o raciocínio se aperfeiçoa, selecionando o que deve ou não fazer, o que precisa ou não aceitar. 
Colidindo com as dificuldades, é que nós nos lembramos das teorias referentes a elas, e armamo-nos de esperanças para vencê-las. 
Quando somos atacados pela maldade, nos apoiamos naquilo que já ouvimos no trato com o perdão e alegramo-nos com a idéia de esquecermos as faltas. 
Perseguidos pelo ódio, é que vamos atrás da filosofia do amor, refratada nos sentimentos, pois ela, em si, assegura a felicidade. 

Teoria e prática estão alinhadas, como edifício e base. Uma depende da outra. 
A crista da inteligência é o esplendor das virtude, é a conquista do homem no terreno das emoções, é a luz de Cristo que já expulsou todas as trevas da razão e as sombras da sensibilidade. 
Vós que estais lendo esta mensagem, esforçai-vos para fazê-lo, como se estivésseis expelindo radiações de otimismo, pelos condutos do verbo. Vós que estais ouvindo, fazei como se respirásseis o ar mais puro do ambiente que vos envolve, alimentando, com expressão de alegria, todo o cosmo orgânico faminto de paz e luz. 

Exercitai e vereis como é bom usar a inteligência aliada à teoria, no enriquecimento da própria vida.

Texto extraído do livro Horizontes da Mente- Miramez (espírito), psicografado por João Nunes Maia. 
Editora Espírita Cristã Fonte Viva.


domingo, 26 de maio de 2013

OPÇÃO DA SIMPLICIDADE





Muitas pessoas reclamam da correria de suas vidas.
Acham que têm compromissos demais e culpam a complexidade do mundo moderno.
 Entretanto, inúmeras delas multiplicam suas tarefas sem real necessidade. 
Viver com simplicidade é uma opção que se faz.
Muitas das coisas consideradas imprescindíveis à vida, na realidade, são supérfluas. 
A rigor, enquanto buscam coisas, as criaturas se esquecem da vida em si. 
Angustiadas por múltiplos compromissos, não refletem sobre sua realidade íntima.
 De que adianta ganhar o mundo e perder-se a si próprio?
Se a criatura não tomar cuidado, ter e parecer podem tomar o lugar do ser.
Ninguém necessita trocar de carro constantemente, ter incontáveis sapatos, sair todo final de semana. 

É possível reduzir a própria agitação, conter o consumismo e redescobrir a simplicidade.
O simples é aquele que não simula ser o que não é, que não dá demasiada importância a sua imagem, ao que os outros dizem ou pensam dele.
Não se trata de levar uma vida inconsciente, mas de reencontrar a própria infância. 

Mas uma infância como virtude, não como estágio da vida.
Uma infância que não se angustia com as dúvidas de quem ainda tem tudo por fazer e conhecer. 

A simplicidade não ignora, apenas aprendeu a valorizar o essencial. 
Os pequenos prazeres da vida, uma conversa interessante, olhar as estrelas, andar de mãos dadas, tomar sorvete...
Tudo isso compõe a simplicidade do existir.
Não é necessário ter muito dinheiro ou ser importante para ser feliz.
Mas é difícil ter felicidade sem tempo para fazer o que se gosta.
Não há nada de errado com o dinheiro ou o sucesso.
É bom e importante trabalhar, estudar e aperfeiçoar-se.
Progredir sempre é uma necessidade humana.
Mas isso não implica viver angustiado, enquanto se tenta dar cabo de infinitas atividades. 

Se o preço do sucesso for ausência de paz, talvez ele não valha a pena. 
As coisas sempre ficam para trás, mais cedo ou mais tarde.
Mas há tesouros imateriais que jamais se esgotam.
As amizades genuínas, um amor cultivado, a serenidade e a paz de espírito são alguns deles. 

Preste atenção em como você gasta seu tempo.
Analise as coisas que valoriza e veja se muitas delas não são apenas um peso desnecessário em sua existência.
Experimente desapegar-se dos excessos.
Ao optar pela simplicidade, talvez redescubra a alegria de viver.
Pense nisso.!

“Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa de sucesso. 

O sucesso é só conseqüência.”
Albert Einstein.



sexta-feira, 24 de maio de 2013

O PODER DA ATITUDE MENTAL





1. A atitude mental é a soma das crenças, valores, identidades, expectativas, convicções, hábitos, decisões, opiniões e padrões de pensamentos e temos em relação a nós mesmos, aos outros e à vida.

2. Muitas atitudes mentais são transmitidas pelas famílias, pela sociedade, pelas autoridades religiosas e pelos professores mas é possível mudar os pensamentos e as atitudes mentais para atrair tudo que desejarmos.

3. A mente compõe-se de corpo, mente consciente e inconsciente.
 A parte consciente dá a ordem e a inconsciente a realiza no corpo. Para escolher um novo caminho, crie uma imagem mental clara de sua nova atitude e direcione toda a sua atenção e energia para esses novos pensamentos, convicções e crenças. 
A antiga atitude mental perderá força e morrerá.

O PODER DA VISÃO
“Por falta de visão, o povo vive sem freios.” – SALOMÃO/ PROVÉRBIOS 29:18

O PODER DAS ATITUDES MENTAIS REVELA QUE podemos de fato mudar nossos pensamentos, crenças, valores, opiniões e convicções de modo a refletir a pessoa que queremos ser, bem como para atrair o relacionamento, a situação e o sucesso que sonhamos ter em nossa vida.


O terceiro Princípio do Poder, o poder da visão, ajuda a criar uma imagem mental perfeita da vida que queremos, além de programar os pensamentos para produzir os resultados desejados.

Como vimos, existe uma lei básica que diz que tudo é energia. Também sabemos, graças à Lei da Atração, que vibrações similares se atraem e que diferentes se repelem. 
Portanto, cativamos pessoas e circunstâncias que vibram em harmonia ou em consonância com nossos pensamentos.

Para sermos bem-sucedidos, precisamos incorporá-los com firmeza em nossa mente. 
Alimentá-los, dar-lhes atenção, direcioná-los e nos tornarmos parte deles. 
E essencial alinhar o corpo, a mente e o espírito com o que desejamos.

O primeiro passo é definir com clareza o que queremos. A Bíblia diz: “Por falta de visão, o povo vive sem freios.”...

O QUE VOCÊ DESEJA?

A maioria de nós não possui o que deseja na vida porque não consegue definir exatamente o que quer. 
Em geral, nos deixamos levar por nossos condicionamentos e aceitamos as atitudes mentais e as opiniões da nossa família, da sociedade, da religião e de outras autoridades.

Essas ideias, crenças e processos mentais do passado se fixam em nosso inconsciente e nós os aceitamos sem questionar. 
A verdade é que criamos as circunstâncias que acatamos.

É preciso entender (ter consciência) esse processo para ter a possibilidade de mudá-lo. 
Quando percebemos que nossas atitudes mentais não nos beneficiam, devemos substituí-las. 
Assim, nos livramos de antigos condicionamentos e criamos nossos próprios sonhos.

Precisamos ter consciência do nosso personagem no filme da vida, quando nascemos entramos na estória da família, nosso personagem filho, criança... 
segue os pais - o carma familiar, a  consciência  de ser um cidadão do mundo, de ser parte da família da unidade, de ser Alma que está no movimento da unidade muda o final da estória.

Mais uma vez, pense na mente inconsciente como um jardim. 
Os hábito, atitudes mentais e perspectivas do passado são como ervas daninhas que crescem sozinhas. Não é necessário cultivá-las para que floresçam. 
Mesmo que cubra suas sementes com concreto, elas crescem através das fendas. No entanto, as belas flores do jardim simbolizam a nova atitude mental e a visão sem fronteiras. 
Essas precisam de amor e cuidado, ou seja, necessitam ser alimentadas regadas, tocadas, mimadas e protegidas das ervas daninhas.

Como a natureza abomina o vácuo, não adianta simplesmente arrancar as ervas daninhas. 
Se não forem repostas por novas flores, as pragas crescerão de novo. 
A antiga maneira de pensar deve ser constantemente substituída por novos pensamentos, de modo a manter o jardim de sua vida bonito e saudável.

A melhor forma de fazer isso é manter uma visão clara e forte de sua nova vida. 
Ela o conduzirá a um novo caminho e impedirá que as ervas daninhas voltem a crescer. 
É preciso se desprender do passado para abraçar o novo....

Faça com as crenças destrutivas desapareçam da sua mente, tendo a coragem de seguir  a lei da Unidade e da Atração.

O QUE É UMA VISÃO?

A visão é a imagem mental da vida que desejamos. 
Clareza é poder. Para conquistar o sucesso, crie a imagem mental mais arrojada que puder e a deposite na mente inconsciente.

Antes de iniciar o processo, quero explicar a diferença entre visão e meta. As metas são importantes, além de necessárias para que possamos progredir na vida. 
Mas, uma visão não é uma meta sim algo muito mais amplo e poderoso. 
E a imagem completa de sua vida, inclusive os desafios pessoais e profissionais.

As metas fazem parte da visão e ajudam a nos conduzir aonde queremos chegar. Janet, por exemplo, gostaria de ser médica. 
Esse desejo incluía metas como se formar com louvor na faculdade de medicina, concluir a residência e abrir um consultório. 
Essas metas ajudaram Janet a se manter no caminho certo, porém “ser médica” era um projeto muito maior e inspirador do que “concluir a residência”.

“Ser médica” fazia parte de uma projeto mais amplo, que envolvia constituir família e ter uma casa. 
Essa visão manteve seu coração brilhando e suas emoções vivas mesmo quando eram as metas individuais que guiavam seus passos.

A visão de uma pessoa determina quais são suas metas e estas, por sua vez, são os marcos que registram seu progresso em direção à visão, que continuará influenciando cada pessoa depois que as metas individuais se realizarem.

Só você pode criar a sua visão. 
Outras pessoas — mulher, pais, irmãos, seu chefe e colegas — podem dar sugestões, mas a escolha final é sua.

OS TRÊS NÍVEIS DA VISÃO

Para criar uma visão elevada para você, considere os seguintes aspectos:
• O que deseja ser
• O que deseja fazer
• O que deseja ter
O poder da visão

O que “temos” e “fazemos” são partes importantes e maravilhosas de nossas vidas, mas a única parte imutável é o “ser”. 
É ótimo ter uma bela casa, tirar boas férias e conquistar outras metas materiais, porém é bom não esquecer que somos apenas administradores temporários desses bens.

Nós os aproveitamos durante algum tempo enquanto nosso eu é eterno. 
Você pode criar o sucesso material que desejar, mas precisará também idealizar um “ser” merecedor se quiser vivenciá-lo em sua plenitude. 
A vida não é apenas que temos ou fazemos. É também o que nos tornamos.

Toda mudança e crescimento duradouro acontecem de dentro para fora. 
Você pode fazer e ter o que desejar, porém o ideal é se envolver em algo que nos ajude a nos transformarmos cada vez mais em quem somos de fato.

Ao criar sua visão, inicie com o nível mais importante e poderoso: “ser”. Depois se desloque para o que quer “fazer” e, por fim, explore o que deseja “ter”. 
Johann Wolfgang Goethe disse: “Antes de fazer algo é preciso ser alguma coisa.”

CRIANDO SUA VISÃO

Como começar? As diretrizes para elaborar uma visão são as mesmas usadas para formar uma nova atitude mental:

1. Elabore uma visão tão real, concreta e compreensível quanto possível. Crie uma imagem que inclua seu ser físico, mental, emocional e espiritual. 
Encontre a harmonia entre seu lado pessoal e profissional.

Para algumas pessoas, trabalhar doze horas por dia é um bom equilíbrio. 
Para outras, não. Seja honesto sobre qual é um bom equilíbrio pessoal para você e leve em consideração os três níveis de sua visão (“ser”, “fazer” e “ter”).

A vida foi feita para ser plena em todos os níveis. Isso pode ajudá-lo a refletir sobre como quer ser lembrado. 
O que gostaria que as pessoas dissessem a seu respeito após sua morte? Como desejaria que as pessoas se referissem a você? 
Pense no bem que pode fazer às pessoas à sua volta e depois imagine-se nessa posição. 
Sinta como é ser essa pessoa. Torne-se essa pessoa em sua mente.

2. Pense de maneira livre. Liberte-se de todas as limitações em seu pensamento e permita-se sonhar. 
Aborde sua visão sabendo que pode ter qualquer coisa que desejar. Tudo é possível por meio da força de sua mente extraordinária.

3. Use sempre o presente do indicativo. Você é capaz de vivenciar o que deseja. Diga “Sou um bilionário” em vez de “Serei bilionário”. Seus bilhões ainda não chegaram, mas estão programados em sua mente inconsciente.

Se disser “Serei um bilionário”, não está se comportando como um. Se disser “Quero um carro novo”, sua mente inconsciente reproduzirá o desejo, não a realidade. 
Portanto, escreva: “Estou feliz e entusiasmado ao dirigir meu carro tão sonhado.”

4. Crie uma visão emocional. Deixe a emoção estimular sua visão. Seu inconsciente não consegue distinguir entre o que de fato acontece e algo que é intensamente imaginado.
 Por isso use palavras intensas, vibrantes e emocionantes que reforcem o poder de sua visão.

S. Seja cuidadoso ao expressar o que quer, em vez do que não quer. Se eu disser “Não pense numa casquinha de sorvete”, você terá de refletir sobre o que não pensar a fim de não pensar no sorvete. 
Se uma de suas metas for “não ficar doente”, pensará em doença, mas é melhor pensar em ser “sempre saudável”.

6. Inclua-se na imagem, não seja um mero observador. 
Quando peço para as pessoas fazerem esse exercício, elas quase sempre acham que estão olhando para si mesmas na imagem. 
Isso não funciona. É preciso fazer parte da nova visão.

 Se estiver vendo a si mesmo na cena, transmitirá ao seu inconsciente que ainda não se encontra na imagem. 
Só quando estiver nela, terá iniciado uma nova vida. E poderá dizer ao seu inconsciente: “Isso é real!” Ele então criará imediatamente essa realidade. 
Observe o que imaginaria ver se estivesse na cena, não se ficasse olhando para você na imagem.

COLOCANDO TUDO NO PAPEL

Pegue três grandes folhas de papel e escreva no cabeçalho de uma delas: “O que Quero Ser.” 
Assegure-se de incluir os aspectos físicos, mentais e espirituais do que deseja ser. 
Escreva durante cinco minutos sem papar. Lembre-se de que tudo é possível.
Pegue outra folha de papel e escreva no alto: “O que Quero Fazer.” Redija tudo que deseja fazer na vida durante cinco minutos sem parar, considerando o ponto de vista físico, emocional e espiritual

No alto da terceira folha escreva: “O que Quero Ter.” Mais uma vez, inclua os aspectos físicos, mentais e espirituais que deseja possuir e redija por mais cinco minutos sem parar.

Não se preocupe com o futuro, com o que fará ou se terá o que deseja. 
Basta que a intenção seja clara e o envolvimento com a visão verdadeiro os meios para sua realização surgirão e as diretrizes se manifestarão de maneiras extraordinárias, muito além de sua imaginação.

Está entusiasmado com que escreveu? 
Ficou envolvido emocionalmente? Se a resposta for afirmativa, ótimo! Caso contrário, reescreva suas respostas.

A seguir, conte o número de itens de cada uma das páginas (“ser”, “fazer” e “ter”) e divida em três grupos. Se tiver quinze itens na página “ser”, por exemplo, você terá três grupos de cinco; tiver doze itens, terá três grupos de quatro.

Quando souber o número, retorne e disponha cada grupo por ordem de prioridade crescente. 
Designe um terço dos itens da página “ser” como mais importante e o classifique como “A”. 
Faça o mesmo com as páginas “fazer” e “ter”. 
Dê um “B” para o terço dos itens em cada uma das páginas consideradas menos importantes e um “C” para aqueles itens que são menos importantes em cada página. Se tiver quinze itens em cada página, então cinco deles serão “A”, cinco “B” e cinco “C”.

Quando terminar, numere todos os “A” em ordem de prioridade crescente, com 1 para o mais importante e assim por diante. Questione-se: “Se eu pudesse ter apenas um desses itens, qual seria?” 
Classifique o item que escolher como “1” em ordem numérica. Então pergunte-se novamente: “Se eu pudesse ter um  item a mais, qual seria?” Selecione todos os seus itens “A” e coloque-os em ordem alfabética.

Repita esse processo com as páginas “fazer” e “ter”.
Ao acabar, terá três metas “A1”, referentes às páginas “ser”, “fazer” e “ter”. 
Esses objetivos são as três coisas mais relevantes em sua vida. Como aproximá-los de sua realidade? 
Escreva numa folha em branco que atitudes tomará nas próximas 24 horas para ter contato com sua visão.

Caso ela preveja uma situação financeira independente, por exemplo, vá ao banco e abra uma conta de poupança, mesmo que seja com o valor mínimo permitido.

Se fizer parte de sua visão ser um ótimo pai, marque um passeio com seu filho, mas se for dar a volta ao mundo num cruzeiro ligue para o agente de viagem e solicite um prospecto. 
Se existe um carro novo em sua visão, vá a uma concessionária e faça um test-drive. 
Sua ação de aproximação precisa apenas demonstrar algum grau de comprometimento com a visão.

USE A EMOÇÃO COMO ESTÍMULO

A emoção é o estímulo que transforma qualquer visão em realidade. Você só terá sucesso se sua visão o fizer vibrar de paixão. 
Não há palavras suficientes para descrever o papel crucial da energia emocional para o êxito de uma visão. 
A única maneira de realizar uma visão é se apaixonando por ela. 
Para ser bem- sucedida, a visão precisa possuir uma força irresistível.

Quando compreendemos que quando o desejo, a Vontade e a necessidade tecem o nosso destino, então seguimos em direção a Vitória.

Durante 33 anos Jim Webb desejou participar da corrida das 500 Milhas de Indianápolis. 
“Antigamente, eu achava que precisava de dinheiro para que pudesse participar da prova, mas percebi que pensava da maneira errada”, afirma.

Essa mudança de percepção aconteceu porque Webb começou a estudar o que chamo de poder da visão. 
Ele passou a rever diariamente sua visão e suas metas. Visualizava-se correndo cada etapa, classificando-se e vencendo a lndy 500. Imaginava-se recebendo os prêmios e o cheque do vencedor de US$1,6 milhão. 
Começou, então, a procurar empresas que estivessem dispostas a patrocinar sua equipe. 
No fim do dia, relaxava e pensava em sua visão. 
“Depois de usar as técnicas de visualização, estou empolgado em dizer que vou correr as 500 Milhas de Indianápolis” escreveu.

A emoção impulsiona a ação. 
Caso não acredite nisso, olhe seu relógio de pulso. 
Se você pagou mais de US$40 é porque fez uma compra emocional. Um relógio de US$40 mostra as horas tão bem como um de US$4 mil. Portanto, se pagou mais de US$40, comprou o relógio em razão de como ele o faria sentir.

Algumas pessoas gostam de dizer que são sensatas, racionais e lógicas e que não tomam decisões baseadas em emoções. 
Acredito que, mesmo sendo sensatos e racionais, tomamos decisões baseadas na força da percepção de que aquilo é sensato ou racional. Não é preciso estar envolvido emocionalmente de forma óbvia — amor, ódio, tristeza e alegria — para tomar decisões emocionais.

A emoção é uma grande motivadora. 
É nosso espírito falando conosco e nos impulsionando. 
Todos os pensamentos que misturarmos com emoção se transformam em sementes que plantamos em nosso inconsciente. Essa semente crescerá se for alimentada com repetição, fé e crença.
Ray A.