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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

METODOLOGIA DO AMOR E DA COMPREENSÃO

                                                                     



O Sol, como um disco de fogo, tenta romper a bruma deste amanhecer... Aos poucos, erguendo-se no firmamento, consegue impor sua luminosidade e brilha intensamente, pairando soberano e inigualável.

A densidade do nevoeiro vai diminuindo e os raios de sol, iluminando a Terra, demonstram sua sublimidade e beleza refletidas nas cores matizadas do infinito.

É o poder da luz rompendo as trevas sem se intimidar...

A mutação da Natureza é percebida pelos que a amam e respeitam, encontrando em seus exemplos motivações para viver... Contemplando este alvorecer, agradeço a Deus a bênção do recomeço, e este momento de quietude leva-me a reflexões em torno das vivências e lutas que todos travamos para seguir confiantes na busca da realização de nossos ideais superiores.

A perseverança, a continuidade dos ciclos, as transformações que se sucedem recompondo a vida em sua plenitude, induzem-nos a prosseguir para que não nos afastemos dos objetivos planejados.

Assim também, em nossas vidas, poderemos agir com esta perseverança na conquista dos ideais e reformulação de nossos planos, para uma vida mais digna e promissora.

Quantas vezes somos impedidos de realizar nossos projetos, requerendo de nós a paciência para aguardar novas oportunidades?

Quantas vezes as circunstâncias adverss nos convidam ao fracasso, ao desânimo e à deserção dos deveres assumidos?

Seria lícito abandonar a luta quando a batalha já está quase ganha?

Prosseguir com determinação ou ficar acomodados sem coragem de dar continuidade aos compromissos?

Há momentos decisivos para todos nós. E é justamente quando os desafios surgem ameaçadores que testamos nossa capacidade de enfrentamento, nossa humildade e coragem de prosseguir.


Joanna de Ângelis no livro Momentos de Harmonia, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal, faz uma linda comparação de nossas lutas com as enfrentadas pela terra abençoada diante da semeação. Adverte-nos a Benfeitora espiritual que, após a semeadura, "superados os graves períodos de amanhar a terra, retirando-lhe calhaus, abrolhos e pedrouços, surge o momento feliz em que as sementes se multiplicam a cem por um, a mil por um, prenunciando abundância de grãos sobre a mesa da esperança" (p.58).

Todavia, os desafios surgem, as lutas crescem e há necessidade de maiores cuidados para não se perder as searas promissoras do futuro. 

Mais do que nunca há de se cuidar para que não se perca a semeadura... As facilidades são aparentes e temos que vigiar e proteger o que já realizamos.

Ao longo de nossas vidas, semeamos através de nossos atos o bem ou o mal, sempre evidenciando nossa condição moral. Nem sempre a semeadura é benéfica, e é natural que colhamos frutos amargos e nos sintamos feridos na colheita pelos espinhos da ingratidão e do desamor.

Estamos num mundo de experiências dolorosas, resgatando débitos do passado, investindo em nosso crescimento espiritual, portanto, as lutas surgem desafiadoras, incitando-nos ao abandono e à deserção. É prudente e imprescindível redobrar a vigilância. 

Orar e trabalhar com afinco para não perdermos a colheita favorável que n os ajudará a crescer em nossa destinação espiritual.

Em nossa vida de relação surgem momentos em que são avaliadas nossas condições de prosseguir na Seara de Jesus.


No livro citado, Joanna de Ângelis leciona:

As defecções de muitos companheiros comprometem o trabalho do Senhor.

A instabilidade de corações afervorados faculta o desequilíbrio e as incursões negativas.

Hoje, como ontem, o cristão decidido não dispõe de tempo para o repouso inútil ou para a colheita de glórias frívolas. Enquanto não prevaleçam a paz, o equilíbrio, a ordem e o amor, no comando das ações, estaremos em conflitos e caminharemos em crise.

O trabalho disso decorrente será frágil, suscetível de desmoronamento. (p.60.)


Analisemos com maior empenho como estamos laborando nas lides espíritas.

Nossas atitudes de hoje serão refletidas nas conquistas de amanhã e o tempo não perdoa aos que se acomodam na fantasia e na ilusão do poder e das glórias efêmeras.

Compreendemos que o processo da evolução espiritual é lento e desafiador.

Requer de todos nós perseverança, lucidez, humildade e muito amor para manter a linha de equilíbrio que nos favoreça caminhar com segurança e lograr as metas almejadas.

Cabe a todos nós, seguidores de Jesus, que buscamos no trabalho do bem a base de nosso crescimento moral, manter a harmonia íntima, o diálogo fraterno, o respeito às limitações do companheiro que caminha conosco.

Viver intensamente as lições edificantes do Evangelho de Jesus em nosso dia a dia, buscando o autoconhecimento, o exercício do perdão e da fraternidade para cimentarmos as bases da nossa edificação espiritual.

Quem se detenha a ler apenas o Sermão da Montanha, dar-se-á conta da proposta de Jesus às criaturas humanas, iniciando a Era do amor e de paz, de perdão e de misericórdia, de humildade e compreensão, de esperança e de caridade. 

No entanto, o que têm feito muitos religiosos, nos últimos vinte séculos, a respeito desses postulados incomparáveis?¹

Toda religião leva o homem à busca de uma maior proximidade com o bem, com o autoconhecimento e a conquista da paz e da felicidade.

A religião espírita nos leva mais longe, porque nos indica o roteiro seguro para o progresso moral através do amor, alicerçado no perdão, na fraternidade e na compreensão maior do sentido da vida aqui na Terra - escola abençoada de nossas almas!

Os ensinamentos espíritas nos dão subsídios para saber de onde viemos, o que estamos fazendo aqui na Terra, para onde iremos após a morte física, ampliando nossa visão em torno do real sentido da existência, porque a fé raciocinada nos confere um entendimento mais amplo da justiça divina e de suas sábias leis.

Este conhecimento aumenta nossa responsabilidade diante dos desafios existenciais, requerendo maior discernimento e lucidez na solução dos problemas e dos empecilhos do caminho.

As religiões são caminhos que devem conduzir o crente à paz e à felicidade, utilizando-se da metodologia do amor e da compaixão, a fim de serem superadas às más inclinações e induzi-lo ao autoconhecimento, de forma a compreender os limites que o caracterizam e as notáveis possibilidades de crescimento que estão à sua frente.²

Aproveitemos, então, estas amplas vantagens que a religião espírita nos confere, refletindo através de uma análise sincera de nossos atos com relação aos que conosco caminham, e busquemos interagir com mais fraternidade e compreensão, amor e compaixão, como nos recomenda a nobre Benfeitora espiritual.


*¹  Franco, Divaldo P. Libertação do sofrimento. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. Ed. Leal, p. 25.
²  Idem, Ibidem, p. 24.


                                                                              


terça-feira, 24 de novembro de 2015

AMAR A FAMÍLIA OU COMPRAR UMA FAMÍLIA?

                                                               
 


Desde pequenos um hábito se instala em nós:
Resolver problemas comprando coisas.
 
Você já percebeu como essa situação é bastante comum?
Começa quando as crianças vêem anúncios na TV e pressionam 
os pais para que lhes comprem
brinquedos e doces.
 
Por sua vez, pais e mães também são levados a acreditar queseus filhos serão mais felizes se tiverem mais e mais
coisas materiais.
É o consumismo se instalando.
 
Em vez de enfrentarem essa crise educando a criança, em geral os pais a satisfazem.

É uma atitude que reforça a crença de que se pode ter tudo 
e que as coisas materiais são a razão da felicidade.

Muitos pais, inclusive, tentam compensar as longas horas
 ausentes de casa fazendo compras exageradas.

Enchem os filhos de objetos e, rapidamente, as crianças
aprendem a negociar.
 
Tornam-se cada vez mais exigentes e consumistas. 
Na adolescência, as compras continuam:
Aparelhos eletrônicos substituem os brinquedos.
 
São celulares, computadores e jogos eletrônicos de imediatosubstituídos, quando surgem novos modelos.

As mesadas se tornam maiores e logo os filhos
desaparecem de casa, em companhia de amigos.
 
 Vivem em noitadas intermináveis, com fácil acesso ao álcool, fumo e drogatização. 
O passo seguinte é comprar-lhes um carro, um apartamento...
E cabe então a pergunta:
Nessas quase duas décadas em que vivem com
os pais, que aprenderam?
Que exemplos receberam?
Será que conhecem verdadeiramente seus pais?
Estão preparados para amar ou para comprar?
E o que dizer dos pais?
Será que realmente conhecem seus filhos?
Sabem de seus sonhos e aspirações?
 Já ouviram suas frustrações e problemas?
 
Chega-se então ao mundo adulto.
 
 E as situações infelizes continuam a ser resolvidas
à base de compras. 
Roupas e sapatos, carros, vinhos e jóias.
 
A ostentação esconde a infelicidade.
Falsa é essa felicidade baseada em ter coisas.
 
Ela estimula o materialismo e destrói o que temos de
mais belo:
A convivência familiar, a construção de
lembranças preciosas.

Amar a família inclui sustentá-la em suas necessidades,
prover o estudo dos filhos, garantir alimentação e lazer.
Mas, muito diferente é substituir a presença do amor
 pelo presente – por mais ricamente embalado que seja. 
Um filho é uma dádiva Divina.
 
Uma responsabilidade que inclui não apenas dar-lhe coisasmateriais, mas dar-lhe suporte emocional, psicológico.

É preciso falar com os filhos, conhecê-los, sondar o que
pensam, refletir sobre o que fazem.
O mesmo vale para o casal: 
Depois de alguns anos de convivência, as conversas, antes tão íntimas, costumam ser
substituídas por presentes, como flores e jóias. 
Aos poucos se vai a cumplicidade, a parceria e até a atração.
 
E os pais?
 
Envelhecem sozinhos, cercados de enfermeiras ou de
 pessoas pagas para tomar conta deles.
 
Velhos pais, isolados, com suas manias e conversas
que ninguém quer ouvir. Quão felizes seriam com visitas e conversas mais longas. 

Por tudo isso, reflita hoje:
Estou amando ou comprando minha família?
 
* Desconheço o autor.

                                                                           

terça-feira, 17 de novembro de 2015

MENSAGEM PSICOGRAFADA POR DONA MODESTA SOBRE OS ATENTADOS EM PARIS.

                                                                     


Os atentados terroristas em Paris são como uma febre no organismo social. 
Dói, incomoda e leva a procurar um remédio. 
E a febre é apenas o sintoma de um drama de natureza moral e espiritual que nunca esteve tão elevado em toda a história da humanidade terrena. 
O terrorismo nada mais é que a velha necessidade do homem de anular a diferença para preponderar. No caso, usando a lamentável atitude de violência. 
O nome desse sentimento é poder.
Poder é a coroa de ouro das organizações mais sombrias de todos os tempos. É a mais antiga doença do ser espiritual que faz seu aprendizado nessa escola de provas e expiações onde o egoísmo ainda é soberano.

Uma espessa camada miasmática se forma na chamada psicosfera, a parte astral do planeta mais próxima da matéria física. 

Esse cinturão de sombras é o resultado dos dejetos mentais da mente encarnada e desencarnada. Culpa, medo, ódio e poder se aglutinam junto a outras matérias mentais formando essa nuvem cinzenta e com vida própria.

A Terra não colhe o fruto indigesto proveniente apenas das cabeças terroristas orientadas pela ganância extremista de grupos de poder. 

Cada vez que alguém tenta anular a diferença, é uma bomba lançada no fortalecimento desse cinturão de trevas em torno do planeta.

Anular a diferença significa todo ato no qual não se consegue respeitar e reconhecer que o que pertence ao outro é de responsabilidade dele. 

Existe uma compulsiva e desastrosa necessidade no coração humano de convencer, controlar, mudar, transformar e moldar o outro aos seus modelos de viver. Isso é poder. 
Isso é terrorismo nos relacionamentos por meio de micro-violências.

O terrorismo que explode no Bataclan é o efeito dessa onda miasmática milenar que assola nossa casa planetária. Quando você respeita o outro, quando você reconhece o direito do outro de viver a experiência que lhe convém, quando você percebe que só tem poder real é sobre você mesmo, as relações vão mudar, o mundo começará também a mudar.

Tenham esperança. A febre social em Paris leva todos os continentes a procurarem ajuda na erradicação de suas doenças. Em meio às dolorosas convulsões nasce uma nova ordem que não tardará.

Quer colaborar com esse novo tempo? Comece a desarmar-se. 

Retire esses explosivos de pretensões e endurecimento na conduta. 
Liberte-se dessa ânsia de preponderar seja onde for. Melhor que dominar é ser feliz.

Contribua com a diminuição do terrorismo no nosso planeta abençoado.

Deixe de querer ter razão sempre.

*Eu, Maria Modesto Cravo, amante do Cristo e servidora do bem, lhes abençoo com paz. 14/11/15.


                                                       

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

SEMEIA, SEMEIA

                                                                    



A alma humana é como um celeiro abençoado.

Quando abastecida de ensinos superiores, transforma-se em manancial de luz, saciando a fome de consolação da humanidade sofredora.

Vazia, porém, fica sujeita à poeira de inércia e ao mofo do desânimo.

Se já reúnes as sementes do Evangelho em tua alma, não as guardes só para ti.

Vai ao mundo e semeia, semeia...

Ainda que a ventania da indiferença as disperse pelo espaço, semeia, semeia...

Mesmo que a erosão do egoísmo as arraste para longe, semeia, semeia...

Ainda que o solo estéril do desamor as impeça de se desenvolverem, semeia, semeia...

Onde quer que estejas e com quem estejas, semeia, semeia...

Não exijas, porém, em tempo algum, a colheita farta e rápida porque, se cada espécie vegetal no mundo obedece ao ciclo próprio de desenvolvimento, cada alma humana também tem o tempo certo para despertar e sublimar-se.



* Scheilla - Clayton Levy.

                                                            


sábado, 7 de novembro de 2015

QUANDO A PUREZA ESTIVER CONOSCO

                                                                          



Quando a pureza estiver em nossos olhos, fixaremos na cicatriz do próximo a desventura respeitável do nosso irmão.

Quando a pureza morar em nossos ouvidos, receberemos a calúnia e a maldade, nelas sentindo o incêndio e o infortúnio que ainda lavram no espírito daqueles que nos observam, sem o exato conhecimento de nossas intenções.

Quando a pureza demorar-se em nossa boca, a maledicência surgirá, junto de nós, por enfermidade lamentável do amigo que nos procura, veiculando-lhe o veneno, e saberemos fazer o silêncio bendito com que possamos impedir a extensão do mal.

Quando a pureza associar-se ao nosso raciocínio, identificaremos nos pensamentos infelizes a deplorável visitação da sombra, diante da qual acenderemos a luz de nossa fé para a justa resistência.

Quando a pureza respirar em nosso coração, o endurecimento espiritual jamais encontrará guarida em nossa alma, porque o calor de nosso carinho se irradiará em todas as direções, estimulando a alegria dos bons e reduzindo a infelicidade dos nossos irmãos que ainda se confiam à ignorância.

Quando a pureza brilhar em nossas mãos, a preguiça não nos congelará a boa vontade e aproveitaremos as mínimas oportunidades do caminho para o abençoado serviço do amor que o Mestre nos legou.

Bem-aventurados os puros de coração! – proclamou o Divino Amigo.

Sim, bem-aventurados os que esposam o Bem para sempre, porque semelhantes trabalhadores da luz sabem converter a treva em claridade, os espinhos em flores, as pedras em pães e a própria derrota em vitória, criando invariavelmente o céu onde se encontram e apagando os variados infernos que a miséria e a crueldade inflamam na Terra para tormento da vida.



pelo Espírito Emmanuel - Francisco C. Xavier.

                                                                 


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

O PONTO DE DEUS NO CÉREBRO

                                                                



No livro Missionários da Luz, psicografado por Francisco Cândido Xavier em 1945, portanto há 70 anos, André Luiz nos trouxe dados importantes a respeito de um corpúsculo pertencente ao cérebro, de forma oval, situado no sulco existente entre os corpos quadrigêmeos superiores, ao qual se atribuem funções endócrinas.

Referimo-nos à epífise, também conhecida como glândula pineal.

Da obra mencionada extraímos, a propósito dessa glândula, as informações seguintes:

1.) No exercício mediúnico de qualquer modalidade, a epífise desempenha o papel mais importante. Através de suas forças equilibradas, a mente humana intensifica o poder de emissão e recepção de raios peculiares à esfera espiritual. 

É na epífise que reside o sentido novo dos homens; todavia, na grande maioria deles, a potência divina dorme embrionária. (Missionários da Luz, cap. 1, pág. 16.)

2.) A função da epífise vai muito além do que relatam os livros médicos, que circunscrevem suas atribuições ao controle sexual no período infantil. 

Em realidade, a epífise não é um órgão morto, mas a glândula da vida mental, que acorda no organismo do homem, na puberdade, as forças criadoras e, em seguida, continua a funcionar, como o mais avançado laboratório de elementos psíquicos da criatura terrestre. (Obra citada, cap. 2, págs. 19 e 20.)

3.) A epífise preside aos fenômenos nervosos da emotividade, como órgão de elevada expressão no corpo etéreo. 

Ela é também conhecida dos Espíritos como glândula da vida espiritual do homem, possuindo ascendência sobre todo o sistema endocrínico e, ligada à mente através de princípios eletromagnéticos do campo vital, comanda as forças subconscientes sob a determinação direta da vontade. (Obra citada, cap. 2, págs. 20 e 21.)

4.) Segregando "unidades-força", a epífise é comparável a poderosa usina, que deve ser aproveitada e controlada no serviço de iluminação, refinamento e benefício da personalidade, e não relaxada em gasto excessivo do suprimento psíquico, nas emoções de baixa classe. 

É, pois, indispensável cuidar atentamente da economia de forças, no serviço honesto de desenvolvimento das faculdades superiores. É preciso preservar as energias psíquicas para engrandecimento do Espírito eterno. 
Jesus ensinou a virtude como esporte da alma. Daí a importância da renúncia e a grandeza da lei de elevação pelo sacrifício. O homem que pratica verdadeiramente o bem vive no seio de vibrações construtivas e santificantes da gratidão, da felicidade e da alegria. (Obra citada, cap. 2, págs. 23 a 25.)

Os anos passaram e eis que, várias décadas depois, apareceu nos meios acadêmicos uma proposta curiosa, a chamada Inteligência Espiritual, tema focalizado no livro QS: Inteligência Espiritual, de Danah Zohar e Ian Marshall, que defendem a ideia de que, além do QI (quociente intelectual) e do QE (quociente emocional), a inteligência humana também pode ser medida por meio da inteligência espiritual, o QS, o quociente fundamental de todos. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito e objetivo na vida. 

Ele seria o responsável pelo significado de nossa existência, pelo desenvolvimento dos valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações no dia a dia. 
Conhecer o potencial do nosso QS e desenvolvê-lo nos permitirá alcançar metas com mais eficiência.

Segundo Danah Zohar, essa tese fundamenta-se em pesquisas levadas a efeito por cientistas de várias partes do mundo que descobriram o que está sendo chamado "Ponto de Deus" no cérebro, uma área que seria responsável pelas experiências espirituais das pessoas.

Será uma mera coincidência tal ideia com o que André Luiz escreveu 70 anos atrás a respeito da epífise – a glândula da vida espiritual?

É evidente que não. Trata-se, isso sim, da confirmação de que o cérebro é simples meio, precioso e delicado instrumento, do qual, quando se encontra reencarnada e, portanto, vinculada a um corpo material, a alma se vale para manifestar-se. 

Compondo-o, a epífise exerce nesse processo um papel relevante, como André Luiz informou na obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, a que nos referimos.

Respondendo à pergunta “O que é inteligência espiritual?”, Danah Zoar, coautora do livro sobre a Inteligência Espiritual, respondeu: 

”É uma terceira inteligência, que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto quociente espiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. 

O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. 
É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. 
O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. 
É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.” 

De acordo com André Luiz, como dito linhas acima, é preciso preservar as energias psíquicas para engrandecimento do Espírito eterno, ideia que, na expressão utilizada pela filósofa americana, significaria usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, desenvolvendo, em consequência, valores éticos que nortearão a conduta da pessoa ao longo da existência.

*O Consolador.


                                                                                             


terça-feira, 3 de novembro de 2015

O PROGRESSO

                                                                    



O mal já não é uma fatalidade inelutável de que não nos poderíamos libertar; ele aparece como um aguilhão, como uma necessidade destinada a compelir o homem para a estrada do progresso. 
Apesar dos sofismas dos retóricos, o progresso não é uma utopia. 
A existência do homem, na época quaternária, errante através das florestas, ou vivendo nas cavernas, não é comparável à do mais miserável camponês de nossos modernos países.

À medida que penetramos no mecanismo da Natureza, vamos podendo utilizar-nos da Ciência, para melhorar nossa situação física; foi o que sucedeu no correr das idades, pela transformação gradual das plantas, que são úteis à nossa alimentação, pelo saneamento das regiões insalubres, pela dragagem e regularização dos cursos da água, que suprimem as inundações; assim, também, os flagelos naturais como a cólera, a peste, a difteria, a raiva, diminuem dia a dia de intensidade, graças aos imortais descobrimentos de Pasteur e seus discípulos. 

Temos o direito de esperar que, pelos progressos da Ciência, a tuberculose e outras doenças epidêmicas, que dizimam, ainda, a Humanidade, não serão mais, daqui a alguns anos, que um mau sonho, dissipado pela luz da Ciência.

A Civilização dá ao homem uma segurança que seus precursores não conheciam; a agricultura e a indústria lhe têm proporcionado um bem-estar, que os antepassados nunca teriam ousado sonhar. 

As comunicações rápidas fizeram desaparecer as fomes periódicas, esse flagelo da Antiguidade e da Idade Média, assim como a higiene diminuiu as epidemias.

No ponto de vista moral, o progresso tem sido mais lento; a luta pela existência é ainda cruel, mas, quem compararia o proletariado atual com a escravidão antiga? 

Se as guerras não parecem desaparecer, já não se arrancam às populações dos seus lares para serem vendidas em leilão, e os soberanos não gastam os seus ócios, como os da Assíria ou do Egito, furando os olhos dos prisioneiros ou elevando pirâmides com seus membros mutilados.

O sentimento da solidariedade afirma-se hoje pela multiplicação dos hospitais, pelas pensões aos velhos, pelo auxílio aos enfermos, pelas associações contra os riscos da doença e do desemprego.

Sente-se que um novo estado de coisas está em via de elaboração; se ainda se acha rudimentar e defeituoso em muitos pontos, é de crer que vá tomando vôo. 

A evolução para melhor surge como consequência da elevação intelectual da massa social, que a instrução, liberalmente distribuída, começa a fazer sair do seu torpor. 
Não se espera mais a felicidade por uma intervenção sobrenatural. 
Compreende-se que ela será o resultado do esforço coletivo. 
É preciso deixar aos amadores os paradoxos fáceis da negação do progresso, porque este aparece como a lei espiritual que rege o Universo inteiro.
Daí resulta que somos criadores de um determinismo ulterior, que será a consequência de nossas ações passadas; possuímos a possibilidade de modificar nossas existências futuras, no mais favorável sentido, conforme o grau de liberdade moral e intelectual, em relação com o ponto de evolução a que tenhamos chegado.” 



*Gabriel Dellane - obra: A Reencarnação.