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quinta-feira, 29 de maio de 2014

RECLAMAÇÕES E QUEIXAS


          Lenta, mas, sistematicamente, vai-se arraigando na personalidade do homem o hábito infeliz da queixa e da reclamação.
          Insubordinado, em razão da predominância dos próprios instintos agressivos, o indivíduo sempre encontra motivos para apresentar-se insatisfeito.
          Saúde ou doença, trabalho ou desemprego, alegria ou tristeza, calor ou frio, servem-lhe sempre de pretexto para queixar-se,  para reclamar.
          Instala-se, esse vício, fixando-se no comportamento, que se torna azedo e desagradável, ao tempo em que fomenta distonias íntimas, neuroses, abrindo campo para que se originem diversas enfermidades.
          O queixoso padece de hipertrofia da esperança e do otimismo.
          Atrai a desdita e sintoniza com a amargura, passando a sofrer aquilo de que aparenta desejar libertar-se.
          Para quem deseja encontrar, nunca faltam motivos de queixas e reclamações.
*
          Estabelece, no teu cotidiano, o compromisso de solucionar dificuldades, ao invés de gera-las, ou complica-las quando se te apresentem.
          Silencia o queixoso, propondo-lhe fazer o melhor que lhe esteja ao alcance em detrimento do tempo perdido em reclamações.
          O azedume responde pela ideia malsã de tudo ver de forma negativa, engendrando mecanismos de falso martirológio.
          O queixoso, normalmente, gosta da indolência e se compraz no pessimismo.
          Põe sol e beleza nas tuas paisagens, passando de uma para outra área de ação sem o fardo do mau humor, efeito de algo desagradável que por acaso tenha-te acontecido na anterior.
          Quem sabe confiar e trabalha, sempre alcança a meta que busca.

*De “Episódios diários”, de Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Joanna de Ângelis.


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