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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

POR UMA CULTURA DE PAZ

                                                                      



Divaldo Franco estava com 70 anos quando decidiu dar início a um novo projeto em sua profícua existência e nasceu então, 17 anos atrás, o Movimento Você e a Paz, que os londrinenses puderam conhecer na noite de 10 de março último quando da vinda do estimado médium à cidade de Londrina. (Sobre o evento do dia 10, leia a reportagem especial publicada na presente edição.)

Dois anos depois foi dado a lume o Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência, esboçado, a convite da Unesco, por um grupo de laureados do prêmio Nobel da Paz. 

Milhões de pessoas em todo o mundo assinaram esse manifesto e se comprometeram a cumprir os seis pontos nele firmados, procurando agir no espírito da Cultura de Paz dentro de suas famílias, no seu ambiente profissional e em suas cidades.

Na sequência, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou o período de 2001 a 2010 a “Década Internacional da Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do Mundo”.

Os seis pontos constantes do Manifesto são estes:

    Respeitar a vida
    Rejeitar a violência
    Ser generoso
    Ouvir para compreender
    Preservar o planeta
    Redescobrir a solidariedade.

Para atingir esses objetivos, a Unesco trabalha cooperando com os governos em seus três níveis, com o poder legislativo e a sociedade civil, construindo assim uma imensa rede de parcerias, mobilizando a sociedade, aumentando a conscientização e educando para uma cultura de paz.

No Rio de Janeiro, por exemplo, a Unesco está desenvolvendo, em parceria com o Governo do Estado, o programa “Escolas de Paz”, cujo principal objetivo é dar oportunidades de acesso aos jovens, ao mesmo tempo em que procura educá-los para os valores relevantes da vida, para a paz e para a construção da cidadania.

O maior desafio é, evidentemente, transformar os valores da Cultura de Paz em realidade na vida cotidiana, é traduzir cada um dos desafios propostos pela Cultura de Paz em termos práticos e na vida das pessoas.

Desenvolvendo os seis pontos firmados no Manifesto, preparar as condições para que a paz possa reinar na Terra implica:

    respeitar a vida e a dignidade de cada pessoa, sem discriminar nem prejudicar;
   
    praticar a não violência ativa, repelindo a violência em todas suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular ante os mais fracos e vulneráveis, como as crianças e os adolescentes;
   
    compartilhar o nosso tempo e nossos recursos materiais, cultivando a generosidade, a fim de terminar com a exclusão, a injustiça e a opressão política e econômica;
   
    defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural, privilegiando sempre a escuta e o diálogo, sem ceder ao fanatismo, nem à maledicência e ao rechaço ao próximo;
   
    promover um consumo responsável e um modelo de desenvolvimento que tenha em conta a importância de todas as formas de vida e o equilíbrio dos recursos naturais do planeta;
   
    contribuir com o desenvolvimento da comunidade, propiciando a plena participação das mulheres e o respeito dos princípios democráticos, para criar novas formas de solidariedade.

Trata-se de um programa que se afiniza em tudo com o que aprendemos com as lições do Evangelho e com os ensinamentos espíritas.

Que se trata de um trabalho hercúleo e naturalmente lento, todos sabemos.

Mas sabemos também que neles se inserem os elementos indispensáveis para que a guerra, a opressão, a tirania e toda forma de violência sejam varridas do nosso planeta, nessa marcha inelutável rumo a um futuro promissor predito por Jesus, que declarou certa vez que os mansos herdarão a Terra.


 *Editorial - O Consolador.



                                                                        



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