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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

LAÇOS ESPIRITUAIS E LAÇOS CARNAIS





Laços Espirituais e Laços Carnais

     “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos? — E olhando para os que estavam sentados à roda de si: Eis aqui, lhes disse, minha mãe e meus irmãos. Porque o que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã e minha mãe. (Marcos, III: 20-21 e 31-35 – Mateus, XII: 46-50).

     Percebemos, que Jesus ensina seus discípulos a diferença entre os laços espirituais e os laços corporais. Mostrando que as nossas famílias são constituídas por esses dois laços.
     Os Laços espirituais são aqueles que nos unem aos seres, por afinidade verdadeira, pela comunhão de idéias e valores. Esses laços são duráveis e fortes, se perpetuam por muitas encarnações, inclusive na vida espiritual.
     Já nos Laços corporais, as uniões se dão pela necessidade de aprendizado e de refazimento de erros do passado. Reunimos na mesma família antigos desafetos,  tendo a oportunidade de regeneração.
     São uniões frágeis, que exigem de todos os familiares, união, respeito, tolerância e muito Amor. São laços, que muitas vezes se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já nessa existência.
     É importante ressaltar que cada um de nós escolhe a família onde viverá, com os afetos e desafetos necessários para a nossa evolução moral.
     O passado, em forma de presente, nos faz chamar, para junto de nós, não só os afetos, mas principalmente, aqueles com os quais temos graves dívidas a resgatar.
     A minha família será composta por membros tanto de laços espirituais,  quanto de laços corporais.
     Entendamos então que a  família é um poderoso instrumento para eliminar rancores seculares e      viabilizar a transformação moral das criaturas.
     Conta-se que durante a era glacial, os porcos-espinhos morriam por causa do frio.
     Para não morrerem viviam bem próximo um do outro, porém essa proximidade provocava pequenas feridas causadas pelos espinhos.
     Tiveram então que fazer uma escolha ou morreriam de frio, ou conviveriam com as pequenas feridas.
     Sabiamente optaram em viver juntos, mesmo com as pequenas feridas.

     Moral da História...

     O melhor relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mas aquele onde cada um aprende a conviver com os defeitos do outro e admirar suas qualidades.

     A espiritualidade nos diz que perder um ente querido, pelo desencarne é uma situação inevitável, que nos traz dor  e  tristezas.  Porém temos que lembrar que os nossos laços, se sinceros, não se rompem com a morte física e que em breve todos iremos rever os entes queridos que já partiram.
     Mas perder um ente em vida é muito pior, pois está nas nossas mãos, e mesmo assim optamos em deixá-lo morrer dentro de nós, rompemos os nossos laços afetivos, os laços de amizade e de amor,  dando lugar as mágoas , as culpas e as tristezas.Sentimentos  esses que mais cedo ou mais tarde teremos que aprender a transformá-los em;  tolerância, compreensão, paciência  e AMOR.     

     Cientes dessa realidade, valorizemos a nossa família!
     
     Que o Pai possa tocar os nossos corações, para que não deixemos a vida separar os nossos familiares. Que as famílias possam estreitar ainda mais os seus laços. 

Por Márcia Petrin

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