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domingo, 5 de abril de 2015

PONHA-SE DE PÉ



Companheiro, ponha-se de pé e siga os corações que rumam confiantes. 
Doe as aflições ao tempo, cubra-se com o manto da esperança e avance intimorato.

A multidão chora e sorri. Misturam-se lágrimas e sorrisos, abafados pelo retinir das taças finas que contêm os vapores da morte e os fluidos da loucura.

Possivelmente, os anseios atormentam-lhe o coração ansioso... Mas os que buscaram a enganosa liberdade demoram-se nas prisões que a própria delinquência ergueu, inquietados pelo tigrino clamor das multidões desvairadas e o zurzir impiedoso da consciência em desalinho.

Alçando o pensamento ao Grande Bem, você pode chegar à paz íntima, embora carregue as cicatrizes do sentimento, porfiando na conduta reta.

O tempo é mestre: benfeitor e justiceiro. Tudo refaz, tudo apaga, tudo corrige.

Com o tempo, o grão de areia se transforma em valiosa pérola aprisionada no íntimo da ostra, até um dia...

Com o tempo, o carvão humilde transforma-se em diamante precioso encastelado na montanha poderosa, até um dia...

Com o tempo, a semente pequenina incha no seio da terra, transformando-se, até um dia...

Com o tempo, o débil embrião da vida desenvolve-se modificando a própria estrutura, até um dia...

Com o tempo, o regato humilde atinge o mar, vencendo distância e obstáculo.

Com o tempo, a Mensagem do Cristo se espalhou sobre a Terra, convidando o homem à tecelagem do manto nupcial para o matrimônio da Humanidade com a Vida, um dia...

Enxugue o suor da ansiedade.

Guarde as lágrimas da inquietação.

Amanhã, talvez, o trabalho exija suor e lágrimas em honra à felicidade de ser feliz.

Escude-se na dor dos outros e avance.

Lembre-se dos que caíram somente para os ajudar.

Olhe os vitoriosos da luta e siga com eles.

Não se preocupe por você ter tombado ontem, na escuridão. Agora brilha a luz da verdade em seu caminho.

Vença a tristeza nascida na recordação da própria fraqueza. Encha a alma com a alegria de tudo poder em Cristo.

Todas as coisas passam, na Terra, à semelhança das belas flores e dos espinheiros no mesmo jardim.

No Grande Além, no entanto, há sempre luz.

Não se aflija com as necessidades imperiosas de abandonar as flores da ilusão, sofrendo os espinhos que conduzem à reflexão.

Aceite hoje os acúleos, coroando-lhe a cabeça para que um braseiro de remorsos não lhe arda na consciência mais tarde.

Atenda e socorra o próximo, atendido e socorrido pelo Céu.

Sem desfalecer nem recear, repita: Com Jesus vencerei!, e mais fácil lhe parecerá a redenção.

Amigo do Cristo, ponha-se de pé e siga arrimado ao espírito de luta dos que se alçam à Vida, carregando, como você mesmo, sofrimentos e aflições.


*Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Crestomatia da Imortalidade. Ditado pelo Espírito Scheilla.

                                                                 



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