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quinta-feira, 18 de abril de 2013

A FELICIDADE



Um dia, perguntei ao Dr. Bezerra de Menezes, qual foi a
sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual.
Ele respondeu-me:
— A minha maior felicidade, meu filho, foi quando
Celina, a mensageira de Maria Santíssima, se aproximou
do leito em que eu ainda estava dormindo, e, tocando-
me, falou, suavemente:
— Bezerra, acorde, Bezerra!
Abri os olhos e vi-a, bela e radiosa.
— Minha filha, é você, Celina?!
— Sim, sou eu, meu amigo. A Mãe de Jesus pediu-me
que lhe dissesse que você já se encontra na Vida Maior,
havendo atravessado a porta da imortalidade. Agora,
Bezerra, desperte feliz.
Chegaram os meus familiares, os companheiros que­
ridos das hostes espíritas que me vinham saudar. Mas,
eu ouvia um murmúrio, que me parecia vir de fora.
Então, Celina, me disse:
— Venha ver, Bezerra.
Ajudando-me a erguer-me do leito, amparou-me até
uma sacada, e eu vi, meu filho, uma multidão que me
acenava, com ternura e lágrimas nos olhos.
— Quem são, Celina? — perguntei-lhe — não conheço a
ninguém. Quem são?
— São aqueles a quem você consolou, sem nunca
perguntar-lhes o nome. São aqueles Espíritos
atormentados, que chegaram às sessões mediúnicas e a
sua palavra caiu sobre eles como um bálsamo numa
ferida em chaga viva; são os esquecidos da terra, os
destroçados do mundo, a quem você estimulou e guiou.
São eles, que o vêm saudar no pórtico da eternidade…
E o Dr. Bezerra concluiu:
— A felicidade sem lindes existe, meu filho, como
decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que
enxugamos, das palavras que semeamos no caminho,
para atapetar a senda que um dia percorreremos.



('Lindos casos de Bezerra de Menezes - Ramiro Gama'')

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